PÁGINA
1
Editorial
Arsélio Martins
PÁGINA 2
Medidas Peda-
gógicas
João
Paulo C. Dias
PÁGINA 3
Dificuldades
escolares no
SEUC Sec.
Helena Silva &
Rosário Ruivo
PÁGINA 4
A árvore da
amizade
Um olhar sobre
a velhice
O Poeta
Ana Cláudia Almeida / Ana
Maria Silva /
Liliana Borrego
PÁGINA 5
Contos portugueses
A riqueza e a
Fortuna
PÁGINA 6
11 de Setembro de 2001
PÁGINA 7
Natal
2001:
Um conto e um
poema
João Paulo Correia
& Henrique J. C. de Oliveira
PÁGINA 8
Ciência
na nossa
Vida
Núcleo de Estágio
de Fís.-Química
PÁGINA 9
Braga - A minha
cidade
Paulo Soares
PÁGINA 10
S.
Martinho festejado
na escola
H.J.C.O. PÁGINA 11
Tempo
Isabel Bernardino
PÁGINA 12
Divulgação
e
Internet
H.J.C.O.
PÁGINA 13
Francês -
Actividades
extra-curriculares
Alunos de Francês
PÁGINA 14
Se bem me
lembro
Paula Tribuzi
PÁGINA 15
Hora do
Recreio
PÁGINA 16
Fac-símile
da 1ª página |
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A escrita dos nossos alunos
|
A árvore da Amizade
Vivemos desde o
nascimento rodeados de pessoas... Podemos até imaginar um
filme, em que entram todas estas pessoas e, como todos os
filmes, tem personagens principais, secundárias e meros
figurantes. Na vida, o cenário é idêntico...
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Existem pessoas
na nossa vida que nos fazem felizes, pela simples razão de
terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem o caminho ao
nosso lado, vendo muitas estações, muitas luas passarem...
mas outras, apenas entre um passo e outro, muito devagarinho e
de mansinho. A todas chamamos amigos e há muitas classes
deles: os amigos de escola, de brincadeiras, de aventuras...
os companheiros... e os Amigos...
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Para melhor
percebermos, imaginemos uma árvore com folhas, em que cada
folha representa um amigo nosso. O primeiro que nasce é o
nosso amigo «pai» e a nossa amiga «mãe», que, à sua
maneira, nos ensinam a viver e nos mostram o que é a vida.
Para alguns, surgem ainda os amigos «irmãos», com os quais
se divide o espaço, para que ao nosso lado possamos juntos
crescer, florescer e descobrir o mundo. Crescemos e, passamos
a vida a conhecer folhas que, pouco a pouco, vão constituindo
a nossa família, a quem respeitamos e queremos bem.
Mas o destino
apresenta-nos outros amigos, que não sabíamos que iriam
cruzar-se no nosso caminho... A muitos deles chamamos amigos
de alma, do coração... São sinceros e verdadeiros AMIGOS!!
Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz felizes...
Esses, poucos por natureza, são os que nos dão brilho aos
olhos e música aos ouvidos, nos momentos difíceis.
Há também
aqueles amigos de passagem... talvez umas férias, uns dias ou
umas horas!... Eles colocaram-nos sorrisos no rosto e, durante
esse tempo em que estivemos juntos, passámos bons momentos.
Não podemos
também esquecer os amigos distantes, aqueles que estão na
«ponta da rama», bem lá no cimo da árvore e que, quando
sopra o vento, sempre aparecem entre uma folha e outra... O
tempo passa, veloz... Primavera e Verão... Aproxima-se o
Outono e, perdem-se algumas folhas... Algumas, arrastadas por
brisas outonais, acabam por nascer noutro local, noutro
Verão!... Outras permanecem ainda por muitas e mais
estações!... Mas o que nos deixa mais felizes é ver que
algumas que caíram continuam junto de nós, a alimentar a
nossa raiz com alegria. São recordações de momentos
maravilhosos e verdadeiramente épicos de uma Primavera
fresca, de um Verão escaldante, de quando os nossos caminhos
se cruzaram.
Uma «folha»
deixa sempre um pouco de si e leva um pouco de nós... E esta
é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova de que
«duas almas não se encontram por casualidade»!
Ana Cláudia
Almeida, n.º 132 - SB
Um olhar sobre a
velhice
Depois de uma
vida cheia de azáfama, de vivacidade, de um constante
andarilhar de um lado para o outro, eis que chega o
inevitável, a velhice. É o sentimento mais doloroso para a
maior parte dos seres humanos.
Mãos
enrugadas, encolhidas de tantas labutas diárias, corpos
corcundas do peso da dor, da constante pressão. Rostos
degradados, olhos tristes, profundos, mirando o horizonte, que
se adivinha tão triste!
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Numa rua qualquer,
Cambaleante uma mulher,
Olhar vazio e tristonho,
Corpo entorpecido... enfadonho.
Semblante de dor e fraqueza,
Mostrando toda a tristeza,
No final de uma jornada,
Num canto desumanamente jogada.
Nas mãos o pobre alimento,
Para que sirva de aquecimento
A essa alma tão sozinha,
Que tremula... tenta e caminha.
Simplicidade no vestir,
Não sabe já sorrir,
Este ser tão mal amado
Pelos seus posto de lado.
Vai andando... e recordando,
Uma vida, por vezes, de dor
E algumas de terno amor.
Adormecida vai andando.
Outrora dádiva de amor,
Hoje sofre a dor
De uma lembrança esquecida,
De uma vida já perdida.
Inconsciente, esta Humanidade,
Neste mundo sem idade,
Que sofre e faz sofrer,
Quem somente quer...
Viver.
Ana Maria da Silva, n.º 64 - SB
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O POETA
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O poeta faz da vida
uma brincadeira,
das palavras o seu brinquedo,
brinca sem sentido,
chora por ser esquecido,
por ver que os Outros não fazem
da vida uma brincadeira.
Por a tentar embelezar
e ver que o Homem não sabe amar,
por Ter que criar o amor
dentro de cada um,
por de tudo fazer um simples romance,
por ser um Ser apaixonado,
envolvido pelo ar enamorado
que lhe invade o sentimento,
Por ser só um no meio de tantos.
Ele é o Poeta,
não um poeta imaginário,
não um Homem ao contrário.
Ele vive, ama e encanta.
Ele é a criança
invadida na sua lembrança.
Ele é a esperança,
a alegria e a tristeza,
Ele é o drama,
O cavalheiro e a dama.
Ele é o mar,
é a água pura da nascente
derramada por um ventre,
amparada por uma Mãe,
que dele faz um olhar encantador,
que o guia e o ensina
que dele faz, por vezes,
um poeta da verdade
esquecida como Ele,
chorada por uma Mãe
que morre sufocada
com tanto que há por dizer.
Por todo o poeta
pelo verdadeiro poeta
as palavras nunca hão-de faltar.
Vou fazer de mim
o poeta protegido
pelas imensas letras
que já escreveste.
Tu, poeta.
Liliana Borrego, SEUC Sec.
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