Os romanos usaram o alfabeto para
representar números. Ainda
hoje a numeração romana é conhecida e até usada.
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I II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
L
C D
M |
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Apesar destes numerais serem
suficientes para escrever qualquer número sem confusões,
acontecia haver números com um numeral muito grande (por
exemplo, 5878 = MMMMMDCCCLXXVIII). As multiplicações e divisões
eram praticamente impossíveis.
Na verdade, os algarismos Romanos não
são sinais que sirvam para efectuar operações aritméticas,
mas abreviações destinadas a notificar e reter os números.
E é por isso que os contadores Romanos (e os calculadores
Europeus da Idade Média depois deles) sempre apelaram para Ábacos
de Fichas para efectuar cálculos.
Como a maioria dos sistemas da
Antiguidade, a numeração Romana foi regida, sobretudo, pelo
princípio da adição: os seus algarismos
(I=1,
V=5, X=10,
L=50, C=100,
D=500 e
M=1000)
eram independentes uns dos outros.
A sua justaposição implicava geralmente na soma dos valores
correspondentes:
CLXXXVII = 100 +
50 + 10 + 10 + 10 + 5 + 1 + 1 = 187
MDCXXVI = 1000 + 500 +
100 + 10 + 10 + 5 + 1 = 1626.
Os Romanos, contudo, complicaram o
sistema introduzindo nele a regra segundo a qual qualquer sinal numérico colocado à esquerda de um algarismo de valor superior diminui-se dele. E assim
os números 4, 9, 40, 400, por exemplo, foram frequentemente
escritos sob as formas seguintes:
IV = 5 – 1
IX = 10 – 1
XL = 50 – 10
CD = 500 - 100
Os Romanos foram um povo que, em poucos séculos,
atingiu um nível técnico muito alto, e conservou assim,
curiosamente, durante toda a sua existência, um sistema
inutilmente complicado e não operatório, o que denota um
arcaísmo no pensamento.
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