Um, Dois, Três,...  

A evolução dos numerais

 

 

A Gralha...

 

 

História dos números gigantes

 

 

Actividades de aplicação

 

 

Bibliografia

 

 

Listagem de programas inseridos no servidor do Prof2000.

 

"O homem, na sua casa não habita a escada, mas serve-se dela para subir e penetrar em toda a parte; assim, o espírito humano não mora nos números, mas chega por eles à ciência e a todas as artes."

Rivarol

Os algarismos, longe de serem os símbolos secos e áridos que muitos denunciam como as armas e os vectores da nossa sociedade técnica, foram em todos os tempos os suportes do sonho, de fantasmas, da especulação metafísica, materiais da literatura, sondas do futuro incerto ou ao menos do desejo de predizer.  Os algarismos são uma substância poética.  Tanto quanto as palavras, ou quase, foram, a um só tempo, as ferramentas do poeta e os instrumentos do contador e do homem de ciência.  Assim, por universalidade que transparece através da multiplicidade das soluções propostas para o problema da numeração, por sua história que converge, lenta mas seguramente na direcção dessa fórmula que prevaleceu por toda a parte hoje em dia, os algarismos levam o testemunho, melhoram e mais do que a Babel das línguas, da unidade profunda da cultura humana.  Os algarismos não são toda a história do homem, mas religam-na.  Os algarismos são feitos de humanidade. E são talvez as crianças que o sentem melhor, quando aprendem a descobri-los.  Para nós, que conhecemos o desembocar dessa apaixonante aventura do espírito humano, eis aí uma história caótica e turbulenta, cheia de transpassos fulgurantes e recaídas em que a marcha tacteante, marcada de ensaios e de erros, de impasses, esquecimentos e abandonos da espécie humana, parece, por assim dizer, o passo titubeante de um ébrio.

 

 Aveiro
2001

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