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Ver e ouvir / Ler e escrever |
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Cenários para Garrett |
Ana Marinho_11º B |
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John Stuart Mill afirmou em vida que "o
aluno a quem nunca se pediu para fazer o que não é capaz, nunca faz
aquilo que realmente consegue fazer". Partindo desta citação infiro
que o verdadeiro professor deve motivar os alunos a elaborarem
tarefas que à primeira vista suscitam ao aluno a sensação de
incapacidade de as elaborar. Com estas actividades o professor deve
ambicionar que o aluno se supere, vá além do que já sabe, desenvolva
outras capacidades. Foi esta superação que a professora de Língua
Portuguesa, Aurora Cerqueira, pretendeu ao pedir aos alunos do 11º B
para criarem cenários possíveis de acordo com a descrição existente
no início do Acto II da obra Frei Luís de Sousa de Almeida
Garrett.
Este trabalho apelava sem sombra de
dúvidas à criatividade de cada aluno podendo ser feito um desenho ou
uma maqueta. Não era um trabalho vulgar e poderia ser levemente
abordada a descrição do cenário durante as aulas não implicando
esforço aos alunos. |
No início, todos, ou pelo menos a maior parte, sentiu-se incapaz, ou
pelo menos desmotivado, para o realizar. Mas o trabalho apenas
assusta as almas fracas como declarou Luís XIV e portanto aqueles
cuja "alma é forte" persistiram e realizaram a tarefa pedida. Foram
feitas maquetas e desenhos que estiveram expostos na Biblioteca da
nossa escola para que fossem de alguma maneira reconhecidos pelos
demais elementos da escola.
Espero muito sinceramente que outros professores aspirem a que os
seus alunos se transcendam e, acima de tudo, que eles próprios sejam
ambiciosos no sentido de desenvolverem outras capacidades para além
das exigidas pelos programas, para além daquilo que é avaliado em
provas quer sejam testes ou exames.
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Pensar o
SILÊNCIO |
Andreia Santos_12º
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«Se não tens nada de mais belo para dizer que o
silêncio, então cala-te!» |
O silêncio é o sossego, a abstenção de alguém falar. Mas talvez o
silêncio seja algo um pouco mais profundo. O silêncio é tudo e nada.
Está em todo o lado e em lado nenhum. Talvez seja, por isso, algo
difícil de explicar.
Quando nos encontra-mos no meio de uma multidão, o sossego parece ser um
bem inexistente. Pessoas a falar, música, sons diversos que se propagam
no ar e que nos "enchem" a cabeça de ruídos. Porém, o silêncio está ali
pressente. Se fecharmos os olhos, podemos senti-lo à nossa volta, quando
nos abstraímos de todos os sons. E como sabe bem senti-lo!
Dizem os populares, "se não tens nada de mais belo para dizer que o
silêncio, então cala-te!". De facto, o silêncio é algo de muito belo,
que nos permite pensar e pode surgir num simples instante. Pode ser tudo
o que temos num momento e no momento seguinte não ser nada, pois já se
perdeu. Aparece nos piores e nos melhores momentos. Pode transmitir
alegria, consentimento, sentimento de perda, desilusão, tristeza… o
silêncio é uma imensidão de coisas.
Por vezes, encontramo-nos fechados no nosso mundo, afastados de tudo o
que nos rodeia, deixando o silêncio ser o único elemento que nos envolve
e ser ele o nosso meio de fugir ao que nos perturba. Contudo, até a mais
bela rosa tem os seus espinhos e, portanto, o silêncio pode ser
devastador. Poderá indicar-nos a solidão e fazer-nos sentir pequenos,
tão peque-nos que quase desaparece-mos. O silêncio pode conter a beleza
de uma poesia, ou ser tão aterrador como o medo.
Em suma, o silêncio consegue ser tão oportuno como inoportuno. Pode ser
o génio saído da lâmpada ou o monstro que afastamos. Enfim, este simples
vocábulo é ao mesmo tempo algo tão difícil de explicar. |
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A leitura no desassossegar das
consciências |
Andreia Santos_12º D |
Quanto mais desenvolvermos a percepção do que nos
rodeia, mais cultos e conscientes ficamos.
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Todos nós temos consciência daquilo que
somos. E temos, por isso, ideias e teorias acerca das coisas.
Opiniões que se formam de acordo com o que vivemos. A experiência
torna-nos inteligentes e conscienciosos do que somos e do que
fazemos. Quando a nossa consciência é posta em causa, sentimo-nos
perdidos e inquietos, pois não sabemos que caminho seguir. A leitura
é um dos elementos que nos faz ficar apreensivos.
Por todo o mundo, existem livros que nos ensinam. Ao longo dos
séculos, os amantes da leitura foram aumentando e tornando-se mais
exigentes. Os livros podem ser os nossos professores, os nossos
mestres. Os seus autores podem pretender transmitir uma ideologia,
fazendo-nos ver o mundo com outros olhos. Podem tecer criticas à
sociedade em que vivemos, aos nossos costumes, à nossa forma de
encarar os obstáculos. Podem, portanto, ser designados como
intemporais. Por vezes, apesar de escritos numa época, eles
adequam-se a outra, ainda que tenham passado anos, como por exemplo,
Os Maias de Eça de Queirós, ou Memorial do Convento de
Saramago. Apesar de não terem sido escritos no nosso século, as
críticas sociais neles patentes encaixam na perfeição na
actualidade. Tornaram-se obras "revolucionárias" e dignas de serem
estudadas. |
Filipa Rocha, Victor Marquez e André Pires_8º A |
O desassossegar da nossa mente pode ser conseguido de muitas formas,
mas sem dúvida que a leitura nos fará pensar se estamos a fazer as
escolhas certas ou erradas, se devemos seguir o caminho do "bem" ou
do "mal". Até as obras menos complexas, como alguns livros de
aventuras, nos ensinam a viver e nos transmitem juízos de valor.
Quando estamos certos de que sabemos tudo e não precisamos de
aprender mais nada, estamos completamente errados, mas não nos
apercebemos e, portanto, quando lemos alguma coisa, que, de certo,
irá pôr em causa essa certeza, ficamos baralhados e inquietos.
Ficamos na dúvida se afinal estaríamos correctos. A leitura faz-nos
desassossegar a mente, e, ao mesmo tempo, faz-nos crescer, ao
questionarmos a sociedade em que vivemos.
O despertar da consciência parte da sua inquietação, conseguida
quando posta em causa. Os livros mostram-nos o mundo em que vivemos,
que não é o melhor, mas o único que temos. Quanto mais
desenvolvermos a percepção do que nos rodeia, mais cultos e
conscientes ficamos. Assim, podemos aperfeiçoar o nosso ser e
tornamo-nos cada vez melhores e mais interventivos. |
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1ª
página -
Editorial -
Inauguração da Escola - Espaço
poético - Fumo ou não? -
Toxicodependência -
Onde estão as mulheres?
Mestiço me confesso -
Fomos ao teatro -
Cenários para Garrett - Pensar o silêncio
- A leitura no desassossegar das consciências
- E se...
Olga,
visão diferente - Repensar Escolíadas
-
Alunização e crise da Escola -
Projectos Científicos -
Jornadas Técnicas -
Dia do Patrono
Algumas Palavras do Presidente -
Cinquenta anos de História -
Visita à APPACDM -
É bom ajudar -
Londres, uma meta -
Parchanas...
Imagem digital - Jornadas
Técnicas - Troca de saberes -
Cruz Vermelha - Dia da
Floresta - As árvores -
Violência doméstica -
Artes plásticas
Arte por antigos alunos -
Energia renovável -
Canguru matemático -
Clube do Ambiente - Passatempos - A
aventura de passear |
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