1ª página

N.º 18

Junho 2006

Ver e ouvir / Ler e escrever


Fumo ou não?

Amélia Moreira, Vice-presidente do Conselho Executivo,

Paula Mata, Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação

No âmbito de uma campanha contra o tabagismo desenvolvida na escola, durante o 1º e o 2º período, foram distribuídos aos alunos do ensino básico e do ensino secundário inquéritos sobre a idade de início do consumo e as causas que julgam estar na origem desse consumo.

  O inquérito, de carácter anónimo, foi constituído pelas seguintes questões:

Idade do aluno (actual)

Indicação para fumador ou não fumador

Indicação da idade de início do consumo de tabaco (para os fumadores)

Questão sobre a causa própria do início ao consumo: "Comecei a fumar porque…"

Questão sobre as causas que levam os jovens a consumir tabaco: "Porque é que os jovens começam a fumar tão cedo?"

 

R e s u l t a d o s

84% dos alunos declaram-se não fumadores

apenas cerca dos 16% da população de alunos é consumidora de tabaco;

a idade de início ao consumo de tabaco foi identificada por volta dos 13 anos

as causas mais importantes identificadas pelos alunos para o consumo do tabaco são atribuídas a "influência" e/ou "curiosidade" (30%-50%), sendo esta última a mais apontada pelos alunos fumadores como a principal razão que os levou a fumar (cerca de 40%);

a questão da "afirmação" surge apenas na indicação das causas que respondem à pergunta " Porque é que os jovens começam a fumar tão cedo?" e nunca surge como razão para o consumo de tabaco pelos próprios alunos fumadores ("Comecei a fumar porque…"), sendo apenas referida como uma das razões dos "outros" fumadores;

apesar de se apresentar com menor importância, o factor "stress" surge sempre na resposta às duas questões atrás referidas assumindo maior importância como causa própria para os fumadores.

Estes resultados revelam-se algo surpreendentes quanto à percentagem de alunos fumadores identificada através do inquérito.

Deve ser observada a hipótese de, apesar dos alunos terem sido informados sobre o anonimato das suas respostas, tal informação ter passado despercebida a parte significativa da população de alunos, em particular aos de menor idade.

A reincidência deste tipo de acção no futuro poderá ter, sobre os alunos, um efeito de "habituação" à própria solicitação, minorando a ocorrência de atitudes "defensivas" na resposta aos inquéritos. A atitude "defensiva", por o aluno achar que o inquérito não é anónimo ou não se ter apercebido que o era, pode, eventualmente, estar a "mascarar" os resultados que agora se obtiveram.

Futuras acções do mesmo tipo poderão constituir um programa de monitorização do tabagismo na escola que permita seguir a evolução desta questão, em particular, sobre os alunos que agora se encontram no ensino básico. n


Sobre a toxicodependência
Equipa de intervenção Directa

Tudo começa na experiência, passa para o vício e, quase sempre,

acaba em tragédia

Ana Ferreira, Diana Oliveira,
Lucinda e Paulo Anjos_8º B

No âmbito da disciplina de Formação Cívica, recebemos a Equipa de Intervenção Directa das Florinhas do Vouga, sediada no Bairro de Santiago, que nos veio falar sobre a tóxicodependência.

Através de um vídeo, pudemos ver e ouvir relatos de toxicodependentes, que têm o apoio da equipa para ocupar os seus tempos livres (música e desporto) e sobretudo para serem encaminhados para tratamento. A EID vai ganhando a confiança dos toxicodependentes, através de acompanhamento a lugares públicos para os ajudar a perder a mania da perseguição.

De seguida, passámos ao debate com os três elementos da equipa. O assunto mais debatido foram as drogas. Falaram-nos dos diferentes tipos e das suas consequências. Também nos informaram sobre as características das drogas e os seus efeitos. Distinguiram as drogas ditas mais pesadas e as mais leves, falaram das consequentes doenças. Explicaram as consequências do consumo de drogas. Disseram-nos que tudo começa na experiência, passa para o vício e, quase sempre, acaba em tragédia.

Contaram-nos o dia-a-dia de um toxicodependente: quando acorda, a primeira coisa em que pensa é arranjar dinheiro para droga, comprar e consumi-la. Como arranjam dinheiro? Roubando, prostituindo-se, pedindo e, alguns, trabalham.

As pessoas deixam de pensar em si próprias, na sua higiene e nas pessoas que as rodeiam.

As mulheres grávidas que consomem drogas causam danos ao bebé, que pode nascer toxicodependente ou pode vir a tornar-se num. Há mesmo bebés que nascem "ressacados". Quando é o pai a consumir as drogas, pode provocar malformações físicas no feto, danos nos neurónios, e a criança pode nascer com problemas mentais.

No dia 20 de Fevereiro esta equipa, constituída por um professor de Educação Física, uma Psicóloga e uma Assistente Social, disponibilizou o seu tempo para vir divulgar o seu trabalho diário na luta contra a toxicodependência. Recebemo-los na aula de Estudo Acompanhado.

No final da sessão, entregaram-nos folhetos e o CD intitulado Porquê, desenvolvido com utentes da EID. n


1ª página - Editorial - Inauguração da Escola - Espaço poético - Fumo ou não? - Toxicodependência - Onde estão as mulheres?
Mestiço me confesso - Fomos ao teatro - Cenários para Garrett - Pensar o silêncio - A leitura no desassossegar das consciências - E se...
Olga, visão diferenteRepensar Escolíadas - Alunização e crise da Escola - Projectos Científicos - Jornadas Técnicas - Dia do Patrono
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Sec.ª M. Sacramento

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