BOLETIM   CULTURAL   E   RECREATIVO   DO   S.E.U.C.  -   J.  ESTÊVÃO


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Editorial
Alcino Carvalho
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Um presépio humano
Bartolomeu Conde
PÁGINA 3
Contos tradicionais portugueses
PÁGINA 4
A reforma do
SEUC
João Paulo
PÁGINA 5
Isto de Tradi-
ções e...
Henrique Oliveira
PÁGINA 6
Cenários de
Violência
Isabel Bernardino
PÁGINA 7
Plantas carní-
voras

João Paulo
PÁGINA 8
Receitas para
o fígado
H.J.C.O.
PÁGINA 9
Sebastião da
Gama
Paula Tribuzi
PÁGINA 10
Aveiro, de vila
a cidade
Claudete Albino
PÁGINA 11
Hora do
Recreio
PÁGINA 12
Fac-símile da 1ª página
 

AS PLANTAS CARNÍVORAS
                                                                                           João Paulo C. Dias

Quando se fala de carnívoros, pensa-se imediatamente em animais. Todavia, o alimento à base de carne não é exclusivo dos animais. Na natureza não há exclusivos, porque atributos predominantes em algumas espécies podem encontrar-se, por vezes, noutras totalmente diferentes.

Há plantas que, se não se deliciam com um bom bife ou um peru recheado ou um pato com laranjas, vão procurar os seus nutrientes não à terra, mas devorando pequenos animais. São as chamadas plantas carnívoras. E algumas delas, na luta pela sobrevivência, chegaram mesmo a desenvolver estratégias predatórias: “esperam” pacientemente e depois atacam sem dó nem piedade, digerindo insectos, vermes e larvas.

O adjectivo carnívoro formou-se com a ajuda do verbo latino “vorare”, cujo sentido é “comer”. Associa-se a esse termo a ideia de um ser perigoso, um predador monstruoso, o que tem fomentado a imaginação humana: plantas de grande porte – o que não é a realidade – e com aspecto assombroso, que até devoram seres humanos. É o que vamos encontrar num filme hoje considerado clássico, intitulado «A Pequena Loja dos Horrores», em que uma planta, antes enfezada e dando sinais de estiolamento, se desenvolve e cresce a partir do momento em que o seu dono a alimenta, inicialmente com gotas de sangue dele próprio; posteriormente, levando-a a devorar pessoas.

Contudo, se é fundamental a imaginação, a criatividade e a curiosidade na investigação científica, também o é a objectividade e a racionalidade.

QUAL A RAZÃO QUE LEVA ESTAS PLANTAS A SEREM CARNÍVORAS?

Qualquer planta é um ser fotoautotrófico, porque utiliza a luz (fotões) para a síntese de compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono e da água captados do meio.

As plantas carnívoras vivem num meio — pântanos, lodaçais… — em que o solo é deficitário no elemento azoto. Este facto leva-as a necessitarem de se alimentar de alguns animais, tendo em vista compensar essa carência do solo.

Por um processo de digestão extracelular, estas plantas degradam os animais que capturam do meio, usando variadas estratégias: a Drósera, também conhecida por “orvalhinha”, tem pêlos compridos nas folhas, onde os insectos ficam presos; a Dioneia tem as folhas transformadas em dois lóbulos, em cujos bordos crescem bicos que, quando estimulados, leva a que a folha feche; e, no centro, glândulas com néctar são os chamarizes que atraem os insectos para a morte.

O azoto é fundamental para que as plantas sintetizem as proteínas e os ácidos nucleicos. Destes, é de referir o DNA, a molécula da hereditariedade, que comanda todo o funcionamento de qualquer ser vivo… Atrevo-me a usar a seguinte metáfora: «o DNA é o software de qualquer ser vivo».

João Paulo C. Dias


SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS

Palavras Cruzadas

Horizontais: 1.Évora; coura 2.oro; res 3.geo; mel; ant 4.asa 5.Seia; Sado 6.amainar 7.puma; lima 8.cha 9.rim; aos; aves 10.tua; dei 11.ofega; anaus   Verticais: 1.ereges; Porto 2.voe; fui 3.oro; iam; mãe 4.ama 5.arma; cala 6.espinho 7.cola; aspa 8.sal 9.ura; ari; ada 10.ren; veu 11.astro; aneis

Diferenças - Cruz na torre - bando de aves do lado direito - caixilhos de duas janelas - gradeamento - base do lado esquerdo


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