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Mas o que é
que tudo isto tem a ver com o jornal “Alternativas”?
Tem! E muito!
Graças ao «cargo» com que nos brindaram, foi
possível criar um espaço onde podem figurar os jornais
escolares em versão electrónica. O jornal “Alternativas”
pode ser consultado em qualquer parte do planeta,
graças ao porto de abrigo disponibilizado pelo
Prof2000. E não está só! Está acompanhado de muitas
escolas, de todas aquelas que se interessam por uma
actividade de alto valor pedagógico como é a criação
de jornais escolares.
Graça
ao «cargo», passámos também a dispor do acesso
diário a uma famosa «Lista T», só acessível a
líderes e a ex-líderes, onde muita informação é
partilhada.
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Às
vezes, diga-se em abono da verdade, é uma
partilha exagerada, porque levamos com
informação que não nos diz respeito e que
deveria ser endereçada apenas aos destinatários.
Mas não há bela sem senão... |
Graças à
«Lista T», acedemos em tempos a uma mensagem
interessante de um antigo colega desta escola,
actualmente pisando sal e areias da Torreira.
Recebemo-la na altura em que acabava de sair o número
anterior do “Alternativas”. Ficou na máquina, no
disco duro do bicharoco esquisito com chips e circuitos
integrados, à espera desta oportunidade. Ele que nos
desculpe o atrevimento. Ele, o colega, não o bicharoco
informático. Referimo-nos ao Manuel Arcêncio. É quem
vai ter de nos desculpar pelo atrevimento, pela ousadia
de lhe publicarmos, sem prévia licença, nem
camarária, nem institucional, e muito menos dele, o
texto que irão ler. O conteúdo, para já não falar do
estilo, continua a ter interesse. Cinco meses já
passaram, mas está aqui ainda fresco, vivinho da costa
da Torreira, a saltar para as páginas deste jornal.
Foi também uma
espécie de desabafo, como o nosso! E um incentivo a
todos aqueles «maluquinhos» dos computadores como
nós. Felizmente há muitos e cada vez mais a engrossar
a nossa equipa. Foi um desabafo e um incentivo para
todos aqueles que insistem teimosamente em manter-se
agarrados ao bichinho, a dar à tecla. E fiquemos por
aqui, que já teclámos demais. Passemos à dita
mensagem em que se fala de gente que dá à tecla.
Henrique J. C. de Oliveira
Como eu vos
compreendo, meus filhos virtuais...
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Quem
me dera poder dizer mal do Netd@ys e outras
iniciativas quejandas... Se os tipos que mantêm o
esquema português a funcionar percebessem o que a
Lusitana, Gouveia e «sus muchachos» já fizeram
ao Netd@ys, a coisa nunca mais voltava a ser
editada com sabor a português... |
Reparem bem: O
Zé Paulo (Nota: um dos muitos que, como nós, também
dão à tecla) e eu aplaudo a coragem deste tipo nascido
à sexta-feira... — afirma que esta coisa é um
folclore. Mas é que é mesmo, nem duvidem dessa
verdade! O Netd@ys é um folclore. E serve para que
muitas e muitas escolas justifiquem a sua razão de
estar a gastar dinheiro ao Orçamento de Estado,
enquanto órgãos ligados a uma linha paga pelos
contribuintes, e que consome algumas centenas de contos
(cada) por mês. Paralelamente, pululam uns tipos e umas
tipas pseudo-pedagógicas que dão gritinhos de
excitação sem fim, e que compõem as meias e as
gravatas logo que vislumbram no horizonte um carro preto
de grande cilindrada, pois o ministro da coisa não deve
andar longe... E, assim, justificam a sua sobrevivência
por mais um ano à frente de algo que ninguém sabe o
que é...
Depois,
desenham uns inquéritos que disseminam por tudo quanto
é computador para, meses mais tarde, iniciar uma tarefa
hercúlea de registo e tratamento dessa informação
que, alguns meses mais tarde, vai parar a uma tipografia
para sair em forma de livro...
Estão a ver?
É assim que se
produz em Portugal.
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Depois...
Depois temos o Gouveia (Nota: mais um dos que dá
à tecla) e «sus muchachos»... Sem ministro por
perto... Sem assessorias... Sem livros e
tipografias... Por vezes, sem computador... |
Depois...
Depois temos os líderes... Silenciosos... Autênticos
burros de carga da coisa... Que sonham... Que desejam
coisas melhores... Que lamentam o entusiasmo que os
outros não mostram igual ao seu... Que chamam os alunos
ao redil... Que imploram mais uns bytes de largura de
banda... Que lutam com cabos e fichas... Que respondem
ao inquérito dos tipos e das tipas channel e hugo
boss... Que são responsabilizados pelo povo como
responsáveis de algo de que ninguém os
responsabilizou, mas por cuja responsabilidade eles
empenharam o seu bom nome e credibilidade... Que criam
novos passatempos todos os anos, que clamam num deserto
de ideias... Que esperam por melhores dias... A quem
são retirados créditos horários... Que não terão
qualquer benesse no dia em que o machado do Orçamento
Zero lhes cair em casa e os obrigar a mudar de escola e
de terra...
Mas são estes
que fazem com que as iniciativas telemáticas (todas
elas!) possam ter níveis positivos de adesão e de
resultados visíveis... Mas deles poucos falarão, pois
estão fora do inner circle e serão apenas um
algarismo no mar de números dos livros de capas
coloridas e papel brilhante.
Não são
destes que o Zé Paulo fala... Ele e eu falamos dos
outros... Esses estarão sempre bem...
(...) Creio que
está chegada a hora de sacudirmos dos ombros o pó do
esquecimento e tomarmos o nosso lugar à mesa. Devemos
levantar a voz e fazer sentir a quem tem poder de
assinatura que a iniciativa Prof2000 tem mais fundamento
e substância que muitos projectos que absorvem rios de
dinheiro e de fama. Devemos fazê-los sentir que a nossa
acção nas escolas é fundamental em termos de
política geral de educação, e não apenas como
projecto localizado em determinadas escolas. Foi com
base nesta ideia peregrina que o Ministério nos lixou e
a DREC remeteu-se ao silêncio dos culpados,
deixando-nos sós.
Estamos a
provar-lhes que, apesar de nos considerarem como
projectos localizados em determinadas escolas (manias
passageiras), conseguimos aguentar o desafio, esquecer o
roubo das horas de atribuição nacional, e continuar a
agir como se nada se tivesse passado.
Mas... Cuidado!
Não nos
podemos dar ao luxo de deixar que isso volte a acontecer
no próximo ano. Temos que iniciar, quanto antes,
acções de pressão sobre o Ministério e sobre os
órgãos intermédios, para que comecem já a perceber
que não desejamos continuar a ser considerados como
projectos localizados... Ou assumem o projecto como
válido e o Ministério da Educação per se não tem
outro, ou dizem-nos na cara, e com argumentos de peso,
que somos necessários ao esforço da educação e que
temos andado enganados todos estes anos...
Abraços, com
sal e areia da Torreira
Manuel Arcêncio.