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À
semelhança do “Alternativas”, há um elevado
número de jornais escolares que vão sendo produzidos
por equipas de alunos e professores. Podem mudar os
alunos, podem mudar os professores, e, às vezes, até
mudam imprevistamente os nomes, mas eles vão sendo
criados e dados a conhecer à comunidade envolvente.
São uma forma importante de cultura, infelizmente nem
sempre devidamente valorizada e acarinhada pelas
entidades locais. |
Os
jornais escolares constituem um marco na vida de todos
nós. São um marco, às vezes importante, na vida dos
homens de amanhã, que passam, enquanto crianças, pela
nossas escolas. São um registo escrito de eventos,
alguns até de destaque para a comunidade em que a
escola se insere. São também um registo de
sentimentos, de experiências pedagógicas vividas
intensamente por alunos e professores, embora de forma
mais marcante e por vezes de maneira bem forte pelos
primeiros. São um registo histórico de todas as
actividades desenvolvidas por todos quantos frequentam a
escola, muitas vezes reflectindo as experiências e os
eventos da comunidade envolvente.
Como
registo histórico e de valores os mais diversos que
efectivamente são, os jornais escolares deveriam ser
devidamente valorizados pelas entidades autárquicas,
que muito bem fariam se tivessem o cuidado de reunir e
publicar em volume esta forma de cultura encerrada nas
páginas dos jornais das escolas de cada concelho.
Não
é raro vermos o erário público esbanjado pelos
pelouros da cultura em publicações de reduzido ou nulo
valor cultural, eivadas de erros crassos em papel de
luxo, apenas para satisfação de duvidosos apetites
pecuniários ou ignorantes vaidades de compadres e
amigos. Seria bom que, em cada concelho onde há escolas
com gente produtiva, que os jornais escolares fossem
devidamente acarinhados, reunidos e publicados em volume
colectivo, no interesse da cultura e até da história
local.
É
certo que, muitas vezes, os jornais escolares não
passam de publicações simples no formato, impressos
apenas com os limitados recursos das escolas onde
nascem. Nem sempre há as comparticipações que seriam
desejáveis para eles poderem ser impressos em
tipografias, para eles poderem sair a cores e em papel
de qualidade. Mas nem por isso os que são feitos com os
meios mais modestos, com o esforço e o carinho de
quantos trabalham na escola, deixam de ter o seu valor.
São o fruto do trabalho empenhado de todos. E são,
muitas vezes, as sementes dos trabalhos futuros daqueles
que, deixando de ser crianças, passam a ter a
responsabilidade da população activa e intelectual de
um país.
E as
sementes da cultura nascem precisamente em canteiros
humildes, trabalhados pelas mãos jovens e inexperientes
dos homens de amanhã, com a ajuda dos jardineiros mais
velhos, que educam e ensinam a aprender e a produzir
aqueles frutos saborosos que outros lêem.
O
jornal “Alternativas” é um desses jornais. É
produzido com o carinho e a boa vontade de muitos. E com
esse carinho e boa vontade procura deixar um pequeno
marco das experiências vividas não só na escola, mas
também na comunidade envolvente. É um jornal feito
exclusivamente com os meios de que a escola dispõe e
com uma reduzida tiragem. Mas é actualmente um jornal
que pode ser lido por todos, mesmo por aqueles que se
encontram distantes e sem possibilidades de acesso ao
formato impresso. Para isso contribuem as novas
tecnologias. Para isso contribui um projecto que envolve
várias escolas do País e que esperamos possa
manter-se, apesar das actuais crises financeiras em que
o nosso País se encontra. A sua extinção será uma
perda para toda a comunidade. É graças ao projecto
«Prof2000» que este jornal pode figurar ao lado de
outros numa versão electrónica através da Internet.
Sem o «Prof2000», um jornal escolar, por muito
importante que fosse e com os melhores recursos, só
muito dificilmente poderia estar ao alcance de todos. E
ele figura, neste momento, de mãos dadas com outros
que, como ele, também são disponibilizados em papel e
em versão electrónica.
O
número de jornais escolares em formato electrónico é
ainda reduzido. Mas constitui já uma pequena amostra
daquilo que as escolas são capazes de produzir. Se
quiserem uma prova do que aqui afirmamos e têm acesso a
um computador ligado em rede, digitem o endereço
..\..\HJCO\hjco\index.htm
Digitem-no.
Procurem a página relativa aos jornais escolares e
consultem os que aí figuram.
E já
que falamos de jornais escolares, convirá dizer que a
Escola Secundária José Estêvão partilha as suas
publicações com outras escolas. E delas tem recebido a
devida contrapartida. Temos, por isso, vários jornais
à disposição de toda a comunidade na Biblioteca da
Escola.
Para
que aqui fique registado, vamos efectuar uma breve
referência àqueles que chegaram até nós e se
encontram disponíveis para consulta.
Com
uma regularidade mensal, temos recebido da Escola
Secundária de Pombal uma semente de informações, de
novidades, de trabalhos jornalísticos. “A SEMENTE”,
que vai já no quinto ano de existência, sai
mensalmente como suplemento de um jornal local. À
semelhança do “Alternativas”, está na NET em
formato electrónico.
Do
Colégio D. José I, na freguesia de Santa Joana,
concelho de Aveiro, recebemos o n.º 9 do jornal escolar
“O MARNOTO”. É um jornal em formato A4, com um
total de 24 páginas cheias de notícias e de textos
alusivos à quadra natalícia.
De
Vagos, recebemos o número 33 do jornal “NOTÍCIAS
2000”, publicado em Março do corrente ano na Escola
Básica do 2º e 3º Ciclo Dr. João Rocha (Pai). É um
jornal bem encorpado e repleto de notícias, ou não
fosse ele já no décimo primeiro ano de vida. É
impresso em tipografia e com o apoio da autarquia, para
«inveja» de muitos outros jornais.
Intencionalmente,
evitámos a referência aos conteúdos. Em vez disso,
preferimos sugerir que os consultem na Biblioteca da
escola, onde estão à disposição de todos os leitores
interessados.
H.J.C.O.
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