Quando se
aproxima o final do ano lectivo é importante que
se faça uma avaliação do processo
ensino-aprendizagem, como mecanismo de feedback
para ulterior reformulação da organização e
administração do ensino recorrente, dentro da
autonomia restrita da escola, no sentido de uma
maior eficácia pedagógico-didáctica. Entre
outros aspectos, realço a Equipa Pedagógica (E.P.)
e a Sala de Estudo (S.E.), como recursos
pedagógicos neste sistema de ensino e que, este
ano lectivo, funcionou em tempos lectivos
terminais, pois nos tempos intercalares
desmobilizava os alunos, segundo parecer destes.
Ora, no
presente ano lectivo, o número de alunos que
frequentou as várias disciplinas da EP/SE não
comprovou essa opinião.
Numa
análise desta situação há que ter em conta em
conta os seguintes dados:
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o
rendimento escolar não é
significativamente superior, até este
momento, comparativamente com o do ano
lectivo transacto. |
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Casos
de insucesso escolar têm sido canalizados
para esse apoio pedagógico e, em muitos
casos, há uma rejeição por motivos
vários — não é o mesmo professor; o
regresso a casa é mais cedo... |
Perante
isto, constata-se que há dificuldades na
aprendizagem por diferentes motivos: insuficiente
domínio da língua, ausência de método de
estudo, etc., o que se traduz no rendimento
supra-referido.
Se é
verdade que os alunos tendem a frequentar as aulas
de apoio quando este é dado pelo docente da
disciplina, também se verifica que outros
discentes têm frequentado essas aulas com
sucesso. O argumento do professor de apoio não
ser o que dá as outras aulas não é
justificativo para a rejeição por parte do
aluno, pois a EP/SE funciona de modo coordenado
com as outras aulas e, portanto, não se devem
emitir juízos de valor sem dados.
Por outro
lado, é oportuno destacar que as EP/SE se têm
revelado como um meio pedagógico com efeitos
positivos para os alunos assíduos.
Considerando
a análise feita, pode-se desde já concluir:
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não
é o horário da EP/SE que condiciona a
assiduidade, mas a motivação para a
aprendizagem. Só se “vence” quando se
investe num projecto de vida. |
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há
provas do efeito positivo deste recurso
pedagógico. |
Sugiro
que, futuramente, a EP/SE só funcione para as
disciplinas a que foi pedido apoio, devendo este
ser reflexo de uma decisão consciente, para a
qual tem um papel primordial o coordenador
pedagógico, bem como o docente da disciplina.
Acredito
que, quando a prática não contempla as
intenções, há que mudar a estratégia.
João Paulo
C. Dias