Acorda! Já são horas!
Todos os dias a mecânica obrigação
desperta a tua consciência, adormecida num inerte sono
fúnebre, para a caótica e conturbada realidade que deve
ser exploradamente vivida com todo o ser.
Nesta maquinal rotina contemporânea, deparamo-nos
continuamente com problemas distintos. Como vulgares
exemplos dum rol incontável de dificuldades, podemos
apontar com clareza a inconsciência face à degradação
ambiental, as hipócritas ideias pré-concebidas acerca da
pobreza social e as constantes lamúrias ao governo
democrata aliadas ao profundo ócio, impossibilitados de
significativas mudanças positivas. Mas, qual azia
existencial causadora de amargas ânsias de morte
provindas do mais íntimo âmago da alma, está a
perturbadora questão educacional.
O verdadeiro problema não consiste em
não sabermos o que deve ser realizado. A persistente
dificuldade mantém-se ao tentarmos encontrar uma forma
eficaz e concreta de como agir para edificar a nossa voz
maciça em direcção ao exercício da libertadora
unificação social baseada no respeito mútuo e na
apreciação das diferenças.
Analisemos com críticos olhos de
águia o território que estamos percorrendo lentamente.
Notamos, com objectiva visibilidade, que, quando a
ignorância impera como uma déspota família monárquica, a
vida é perdida, o medo é brutalmente imposto, a
autonomia é soterrada e a liberdade, por fim, é
cobardemente aniquilada. Portanto, como um magnífico
caminho a ser trilhado contra a ignorância fatal,
possuímos a iluminada e resplandecente educação, que
aflora no coração dos indivíduos a perfumada flor
dourada do conhecimento.
Uma escola digna, capaz de
efectivamente prestar um ensino de qualidade, forma
cidadãos dotados de autonomia e de um responsável senso
de cooperação para com o futuro da sua pátria-mãe. O
brilhante êxito construído por uma instituição
educacional é devido a diversos factores, dos quais
podemos salientar a relevante necessidade dos
professores possuírem qualificações honestas e sentirem
reais e profundas afeições pela leccionação, na sua
totalidade.
Tais profissionais não devem ser
apenas meras máquinas que reproduzem automaticamente os
conteúdos disciplinares, apresentados nos manuais
escolares, recebendo o seu confortável e seguro
pagamento ao fim do mês por terem vendido as suas aulas
diárias: o seu verdadeiro potencial deve ultrapassar
estas banalidades mercantilistas geradoras do
desrespeito para com a respectiva profissão. Os
professores precisam alcançar o elevado patamar de reais
mestres, capazes de educarem os estudantes para a vida,
sustentando-os por assentes bases duradouras de
conhecimento intemporal. Além deste ponto, é de igual
importância assinalar a imprescindibilidade do mestre
incentivar o aprendizado, ao encontrar no educando toda
a sua bagagem intelectual, abrindo-o como o primeiro
raio de sol penetra com delicadeza pela fresca paisagem
matinal.
Assim sendo, a educação necessita de
pessoas que possuam uma verdadeira dedicação para com o
futuro da nação, apostando sinceramente no seu digno
trabalho laboral e buscando ampliar os extensos
horizontes límpidos das capacidades juvenis. Porque o
futuro do país depende das actividades realizadas no
tempo presente e o momento propício para alterar a
incrustada maneira antiga de ensino é agora. |