MEDIDAS PEDAGÓGICAS
Direito versus dever
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A organização curricular do ensino recorrente contempla como
medida pedagógica a equipa pedagógica (E.P.).
PORQUÊ?
O sistema
educativo visa uma formação com qualidade e com sucesso
educativo, e ao ser criado o ensino recorrente, na sua
estrutura curricular é contemplada a E.P. como uma medida
pedagógica para proporcionar tal tipo de ensino.
A escola
implementou uma outra medida pedagógica, a sala de
estudo(S.E.).
PARA QUEM?
Na população
discente verifica-se que há os que não possuem
pré-requisitos necessários à aquisição/compreensão dos
conteúdos programáticos, por terem interrompido os estudos
há vários anos e/ou por razões de capacidades cognitivas.
A frequência
da/s aula/s da E.P. destina-se aos alunos presenciais e não
presenciais; deve ser solicitada nos serviços de
administração escolar, por decisão própria ou por
sugestão dos docentes, sempre que detectem dificuldades na
aprendizagem. Pode ser feito em qualquer altura do ano
lectivo.
COMO?
Pretende-se
fomentar um estudo mais orientado para as necessidades dos
alunos, designadamente:
●
métodos de estudo que se têm verificado como uma das
principais causas de insucesso, levando, muitas vezes, ao
abandono da escola;
●
esclarecimento de dúvidas;
●
consolidação de conhecimentos adquiridos.
QUE DISCIPLINAS NA E.P./S.E.?
Os critérios
que presidem à selecção das disciplinas que compõem a EP -
Português, Matemática, História e Inglês - são
resultantes das dificuldades reveladas na aprendizagem e do
número de alunos que frequentam essas disciplinas.
A SE surgiu com
o objectivo de proporcionar uma maior e melhor qualidade de
ensino, reforçando o papel da EP a Matemática, Português e
a Inglês e também a aprendizagem realizada noutras
disciplinas.
Este ano
lectivo funcionam ao 4º e 5º tempo de 3ª-feira e 6ª-feira.
QUE AVALIAÇÃO?
O número de
alunos a frequentar a E.P./S.E. não é significativo,
comparado com o sucesso educativo, que é baixo.
É certo que
há os alunos que têm beneficiado com a assiduidade a esses
apoios, pois possibilita ao docente a definição de
estratégias para colmatar as lacunas na aprendizagem.
Os alunos
manifestam e contestam o insucesso aos exames que realizam às
disciplinas da E.P./S.E., mas não evidenciam vontade de
frequentar estes apoios, para resolver tal situação escolar.
Concordo e aceito que, nem sempre, por razões particulares e
justificativas, o aluno tenha possibilidade de assistir às
aulas de apoio. Na minha opinião, e considerando a rejeição
dos alunos à frequência das aulas da E.P./S.E., há, na
maioria dos casos, uma sobrevalorização de interesses que
não se enquadram nas motivações que deveriam presidir à
matrícula no ensino recorrente... É não querer resolver o
problema do insucesso com os recursos que a escola
proporciona.
João Paulo A.
Correia Dias