1580 — Por um documento desta data, lavrado em Aveiro
nas suas próprias moradas, depois da anuência do duque de Aveiro, vê-se
que Gil Homem, cavaleiro fidalgo da Casa de El-Rei e comendador da Ordem
de Cristo, e sua mulher D. Isabel do Amaral, resolveram dar de
aforamento umas propriedades, que também eram foreiras do dito duque, a
saber: umas casas, pomar, vinhas e horta, dentro da vila de Aveiro e no
sítio chamado o Campo do Frade, na Granja da Vila Nova. Pretendiam
outrossim que se abrisse uma rua, que era muito necessária à serventia
desta Vila Nova e a construção de sessenta ou setenta moradias, cujos
chãos seriam aforados às pessoas que os quisessem tomar; essa rua, entre
a capela de S. Bartolomeu e a Rua de S. Roque, veio a denominar-se Rua
do Norte – e hoje de Manuel Luís Nogueira (Rangel de Quadros, Aveiro
– Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls. 139-141) – J.
1727 — Foi passada carta de familiar do Santo Ofício
a Faustino de Bastos Monteiro, bacharel formado em Leis pela
Universidade de Coimbra, natural de Aveiro, onde morava (Arquivo,
XXX, pg. 70) – J.
1815 — Por intermédio do seu procurador, Padre Dr.
Manuel Rodrigues Tavares de Araújo Taborda, D. Manuel Pacheco de Resende
tomou posse da Diocese de Aveiro como seu bispo (João Gonçalves Gaspar,
A Diocese de Aveiro – Subsídios para a sua História,
pg. 107) – J.
1871 — Com 30 anos de idade, faleceu em Lisboa o
distinto advogado, natural de Aveiro. Dr. António Augusto Coelho de
Magalhães, irmão do tribuno José Estêvão, que se evidenciou nas lutas
partidárias do século XIX (Eduardo Cerqueira em Arquivo,
XXXVIII, pg. 105; E. Pereira e G. Rodrigues, em Portugal-Diccionario,
IV, pgs. 725-726, e Rangel de Quadros, em Aveirenses Notáveis,
II, fl. 191, indicam datas diferentes) – J.
1882 — Um grupo de aveirenses, reunidos em assembleia
para a legalização da «Companhia de Bombeiros Voluntários de Aveiro»,
aprovou os seus primeiros estatutos (Humanitária, 1957, pgs. 7-8)
– J.
1884 — Uma notícia publicada nos jornais do Porto,
segundo a qual a Junta Geral daquele Distrito oferecera ao Governo o
terreno necessário para ali se edificar o quartel do Regimento de
Cavalaria destinado a Aveiro, determinou que, neste dia, se realizasse
no Teatro Aveirense um comício, extraordinariamente concorrido.
Combateram-se as pretensões da cidade do Porto e resolveu-se que uma
comissão se deslocasse a Lisboa para protestar contra elas junto do
Governo e instar pela vinda imediata do Regimento para Aveiro (Campeão
das Províncias, n.º 83, 7-12-1901; Marques Gomes, Subsídios para
a História de Aveiro, pgs. 617-619) – A.
1908 — Um punhado de bons aveirenses, reunidos na
velha sede da extinta Associação dos Bateleiros, próxima da capela de S.
Gonçalinho, decidiu fundar a «Companhia Voluntária de Salvação Pública
Guilherme Gomes Fernandes – Bombeiros Novos» (Boletim
Comemorativo dos 75 anos – Bodas de Diamante – dos
Bombeiros Novos, etc., Aveiro, 1983, pg. 19) – J.
1919 — Foi assinada a escritura da constituição de
uma sociedade, formada por Dr. André dos Reis, Licínio Pinto, Francisco
Pereira, João A. Paula Dias, José de Barros, Manuel Tomás Vieira Júnior,
Pompeu Alvarenga e João da Cruz Bento, que deu origem à «Empresa de
Louças e Azulejos» – E.L.A. – que se fixou junto do canal do Cojo, em
Aveiro, cuja primeira fornada foi em 7 de Agosto de 1920; abriu falência
em 1931 (Amaro Neves, Azulejaria Antiga em Aveiro, pg.
167; peças de louça da 1.ª fornada) – J.
1960 — Uma portaria governamental fixou o perímetro
de protecção da igreja das Carmelitas, em Aveiro (Diário do Governo,
II Série, 13-1-1961) – J.