1477 — Por escritura nas notas do tabelião Fernão de
Anes, de Aveiro, D. Brites Leitão comprou a Pedro Vasques Drago, por
20.000 reais brancos, umas casas próximas ao Mosteiro de Jesus (Rangel
de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 242)
– J.
1599 — O provedor e os mesários da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro, tendo já recebido de El-Rei Filipe II de
Portugal, em Agosto anterior, um subsídio, assentaram «onde seria bem
fazer a nova casa da M.I.A., que ora querem fazer dos quatro mil
cruzados que Sua Majestade lhe tem concedidos... e aos mais votos se
assentou que fosse na Rua Direita desta vila do canto da Rua das
Laranjeiras» havendo-se designado este lugar, e não o da Riba ou o do
Cruzeiro, «por eleição de que se tomaram os votos, pondo as mãos nos
Evangelhos» (Arquivo da Misericórdia de Aveiro, livro I, Acórdão,
fl. 17; Amaro Neves, Azulejaria Antiga em. Aveiro,
pg. 56. Em Arquivo, VI, pg. 144, e XXXIII, pgs. 9-10, há erro
nesta data) – J.
1564 — Saiu da tipografia de João Barreira, impressor
de El-Rei, o «Livro de Doutrina Espiritual» – uma das obras
literárias do insigne escritor aveirense do século XVI Frei Francisco de
Sousa Tavares – «livro de alta espiritualidade» e «um dos nossos
primeiros livros tipicamente místicos de Quinhentos» (Mário Martins, em
Brotéria, XL, fasc. V, 1945, pgs. 553-543) – J.
1577 — O Padre Luís Lopes de Almeida, filho de Fernão
Lopes, natural de Esgueira, foi provido numa conezia de doutoral da Sé
do Porto, tendo prestado relevantes serviços a três bispos e ao Cabido (Arquivo,
V, pgs. 234-255) – A.
1617 — Foi dada informação para carta de familiar
sobre Manuel da Silva, natural da vila de Eixo e morador em Lisboa,
filho de Sebastião da Silva e de Maria Pais (Arquivo, XL, pg.
299) – J.
1691 — O Padre Sebastião Dinis da Fonseca, prior do
Codal – Macieira de Cambra – contratou a execução da obra do retábulo e
do sacrário para o altar do Santíssimo Sacramento da igreja matriz de S.
Miguel, de Aveiro, por 135.000 réis (Arquivo Distrital de Aveiro,
Notariado de Aveiro, livro 25, fls. 68-68v, tabelião Manuel
de Matos Girão; Domingos de Pinho Brandão, Obra de Talha
Dourada, etc., I, pgs. 735-736) – J.
1783 — Por um alvará desta data, a Rainha D. Maria I
confirmou outro de D. Manuel I, em que se determinava «se continuasse a
esmola de quinze arráteis de pimenta, seis de cravo, doze de canela,
seis de gengibre e cinco de malagueta ao Mosteiro das Religiosas de S.
Domingos de Aveiro, assentados na Casa da Índia» (Arquivo da
Universidade de Coimbra, Convento de Jesus de Aveiro,
tomo 79, fls. 57v-60r) – A.
1801 — Foi nomeado superintendente das Obras da Barra
o Desembargador João Carlos de Cardoso Verney, digno de ser recordado
pelos relevantes serviços que prestou no desempenho das suas funções
(Rocha e Cunha, O Porto de Aveiro, 2.ª ed., 1959,
pg. 6) – A.
1836 — O egrégio aveirense José Estêvão Coelho de
Magalhães foi, pela primeira vez, eleito deputado (Arquivo,
XI, pg. 136) – A.
1880 — Numa reunião de prelados do Continente,
efectuada em Lisboa na presença do ministro da Justiça, foi resolvida a
extinção da Diocese de Aveiro pelos arcebispos de Mitilene e de Braga e
bispo de Lamego. Votaram pela sua conservação o arcebispo de Évora e o
bispo de Bragança e abstiveram-se de votar os bispos de Coimbra e do
Porto (Rangel de Quadros, O Episcopado e o Governo de Portugal,
pgs. 21 e 25) – A.
1983 — Regressaram à região de Aveiro, instalando-se
provisoriamente em Eirol, as religiosas carmelitas descalças, que assim
deram inicio ao Carmelo de Cristo Redentor, autorizado pelo bispo de
Aveiro em 15 de Outubro passado (Correio do Vouga, 11, 18
e 25-11-1983) – J.