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Boletim da Biblioteca    

 
 

«Escrever Aveiro» (Cont.)

 
 
 

Tempo e Modo


Por caminhos, canais e vento
Passas princesa crente do amor
E mito,
Semeando como previsto
As benditas sementes
Na cidade devagar bordada.
Só tu sendo o fio de bruma
E água ou as gaivotas
Porque nos fariam conhecer o mundo,
Entre avenidas e para além da ria.
Por vezes são os próprios barcos
A passarem como mestres
Só o tempo e o modo variam.

Aveiro, 16/04/2008
Rosa Maria Oliveira
Professora, Escritora, Jornalista

 

A Criação da Água


Um filamento de luz
A mais,
Invisível
Fio largo, uma gota
A mais de água, iluminada


E o ar
Parece ter suspensa
A Ria,
Em braços cristalinos
Onde estremece o sal


O vento vem na mão extensa
Vêm ínfimos instantes
Milénios em busca
De luz, e uma gota
A mais de mar


Uma gota a mais
De céu que se deita
Nesta terra
Sem abismos
A casar com a água.


20/04/2008”
J. T. Parreira
Bancário aposentado, Jornalista, Poeta

 
 

 
   
   
   
   
 

“Inspiramo-nos, muitas vezes, para a simples construção de um verso ou parágrafo, nas cidades que nos fascinam, nos tocam e nos fazem sentir vivos. E orgulho-me em dizer que esta cidade, a pequena Veneza de Portugal, tem esse poder. Basta um simples passeio pelas ruas e parques deste nosso Aveiro para recuarmos no tempo e compreender todos os sonhos e esperanças que gerações passadas aqui depositaram. E cada passo que damos nesta terra, cada vontade que deixamos escapar de nós, fazem-na crescer.”

15/05/2008

Vanessa Gonçalves

Elemento do Grupo de Trabalho, 12º H

 

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