Enquanto lugar propício ao
desenvolvimento de actividades de leitura, a BE/CRE pode
proporcionar experiências, estimular perguntas, fomentar a
troca e a partilha de palavras, entusiasmos, afectos,
surpresas.
Assim, deve a BE/CRE
promover actividades capazes de suscitar e desenvolver o
gosto pela leitura e servir de elemento articulador entre
esta competência essencial e conteúdos curriculares
diversificados, constituindo-se como foco irradiador de
animação de actividades de leitura tão interessantes quanto
produtivas, assentes na transversalidade de saberes e áreas
disciplinares a montante e a jusante das aulas.
Imaginamos a BE/CRE como
um grande livro, cada capítulo um assunto, cada página um
livro. Podíamos até parafrasear Jorge Luís Borges quando
afirma que dos instrumentos inventados pelo homem, todos são
extensões do seu corpo, só o livro é a extensão das sua
imaginação e da sua memória.
E como a imaginação e
memória humanas não têm limites, teremos uma
biblioteca/livro sempre inacabada, sempre presente e
futuro. Sim, porque hoje memória é presente.
Preferimos a biblioteca
como perspectiva de futuro, adjuvante das novas leituras e
literacias. Ser capaz de ler, não é hoje suficiente para
compreender o mundo em que vivemos, na sua extensão e
complexidade. Outras competências se impõem, da informática
ao consumo, da informação à visualização.
A Biblioteca Escolar é
pois mais que um espaço físico ou um conjunto organizado de
recursos. É e deve continuar a ser um instrumento de combate
às iliteracias, um suporte aos processos de
ensino-aprendizagem, um lugar de conhecimento e não um
depósito de informação, um organismo dinâmico e capaz de
apoiar novas motivações, novas estratégias e novas
pedagogias.
Está quase a fechar-se o
ciclo de mais um ano lectivo. Estivemos por aqui durante
todos este tempo.
Conhece a Biblioteca
Escolar da ESJE?
José Manuel Caseiro