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Boletim da Biblioteca    

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“O autor só escreve metade do livro. Da outra metade, deve ocupar-se o leitor.” – Joseph Conrad

          “Quem não lê, não quer saber; quem não quer saber, quer errar.” – António Vieira

As afirmações apresentadas são só opiniões dos escritores referidos. Todas elas têm uma certa razão no que respeita à leitura, no entanto a leitura ocupa um lugar diferente na vida de cada pessoa e, para mim, não é somente "sonhar pela mão de outrem", mas um início para o sonho de cada um; não é só algo para se passar horas "deliciosas", mas pode ser encarado como uma tarefa (não no sentido de ser obrigatório, mas algo com propósito próprio). O autor não "escreve metade do livro", mas constrói os alicerces para o leitor edificar um mundo imaginário, e o facto de não querer ler não é de maneira alguma algo de errado, é apenas sinal de que uma pessoa não se interessa pelos assuntos dos livros. Ler é algo que só uma pessoa que tenha vontade e curiosidade suficientes pode fazer, e não são poucas as pessoas curiosas, embora o contrário também seja verdade.

Fala-nos de um livro de que tenhas gostado particularmente.

Gostei especialmente dos livros "Eragon" e "Eldest" de Christopher Paolini. De uma certa maneira, o autor conseguiu criar um mundo fantástico bastante complexo. A história é intrigante e, apesar de muitas das suas ideias não serem inéditas, a maneira como elas estão interligadas leva a um desfecho surpreendente.

 


O Novo Acordo Ortográfico

O tão discutido (e desconhecido) Novo Acordo Ortográfico, que visa a unificação ortográfica da língua portuguesa, pretende pôr termo a uma questão que se arrasta desde 1911, inicialmente apenas com a intervenção de Portugal e do Brasil, mais recentemente incluindo os novos países africanos de expressão portuguesa.

A procura de uma ortografia tanto quanto possível unificada da nossa língua foi sempre orientada por três tipos de razões: de âmbito histórico (concluir uma questão de quase um século), de âmbito lusófono e internacional (haver uma ortografia unificada como instrumento de comunicação de oito países, em quatro continentes, com mais de 200 milhões de falantes) e de âmbito pedagógico e também internacional (uma só ortografia facilitará a aprendizagem e a utilização do português nas escolas e instituições por todo o mundo).

O Novo Acordo Ortográfico introduz as seguintes alterações na escrita da língua portuguesa:

• suprimem-se, em Portugal e nos países africanos, as chamadas consoantes mudas ou não articuladas em palavras como ato (e não acto), direção (e não direcção), ótimo (e não óptimo), etc.

• incluem-se as letras k, w e y no alfabeto português.

• suprimem-se alguns acentos gráficos em palavras graves.

Para além das alterações...

• sistematiza-se a utilização de minúsculas em início de palavra (maio, setembro, norte, sul, etc.).

• reduzem-se e sistematizam-se melhor as regras de emprego do hífen.

• definem-se as situações de dupla grafia e dupla acentuação (contactar/contatar, género/gênero, etc.)

Porque as línguas evoluem, acompanham a História, em vez de resmungar façamos um esforço de adaptação...
 

 
 

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