Pinto o que pinto.
Mas se o que pinto, o
escolhi, é fruto da minha memória plástica de anos de experiências
plenas de emoções estéticas, sínteses e reflexões.
A minha pintura
mudou. É o consciente presente, problemático, frente a um desafio
“inquietante” por resolver, mas com novas coordenadas.
A ruptura é uma
auto-realização assumida, não é a personalidade alterada.
Constante da minha
obra, sublimados estão períodos figurativos, testemunhos da minha
identidade de percurso.
Na minha pintura, há
uma luta de contrários de libertação de formas, cores, matérias e forças
geométricas opostas. “Construção – desconstrução” assente na dinâmica de
fugas e cores gritantes, no repouso absoluto e silencioso de grandes
manchas.
Procuro um
compromisso expressivo entre ordem e desordem.
É a renovação
constante da forma de ser e de viver.
Uma necessidade vital
de comunicar.
Hélder Bandarra |