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Porquê soltar

Lição da borboleta
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A Maria responde
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Conto fabuloso
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Quanto a mim...
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Notícias Efeás.
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Ficha Técnica

12º Passo

Tendo tido um despertar espiritual como resultado destes passos, procurámos levar esta mensagem a outros e praticar estes princípios em todos os aspectos da nossa vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

  Soltar com Amor!

Porquê soltar?

Renda-se ao momento presente. Atire-se de cabeça. Viva esse momento em toda a sua plenitude, porque viver é isso mesmo. E pare de resistir.

Muita da nossa angústia é criada quando impomos resistências. Tanto alívio, tanta calma e tanta mudança são possíveis, quando aceitamos, simplesmente aceitamos.

Só pelo facto de resistirmos, de reprimirmos e de negarmos, perdemos o nosso tempo, desperdiçamos as nossas energias e tornamos as coisas muito mais difíceis. Reprimir os nossos pensamentos não vai fazer com que eles desapareçam. Reprimir um pensamento previamente elaborado também não nos vai transformar numa pessoa melhor. Examine-o. Deixe que ele venha à realidade. Depois livre-se dele. Um pensamento não é eterno. Se não gostarmos dele, podemos formular outro ou então mudá-lo. Mas, para podermos fazer isso, temos de largar mão do primeiro pensamento. A resistência e a repressão não vão mudar absolutamente nada. Só nos irão ajudar na guerra contra os nossos pensamentos.

Quando reprimimos e resistimos às nossas emoções, tornamos a nossa vida mais difícil. Por mais que achemos as nossas emoções negativas, desconfortáveis, injustificáveis, surpreendentes ou até impróprias, o facto de lhe resistirmos ou de as reprimirmos não nos vai libertar delas. Só as tornará ainda piores. Elas vão contorcer-se dentro de nós e vão-nos atormentar, tornar-nos doentes e fazer doer os nossos corpos, encaminhar-nos para comportamentos compulsivos, manter-nos acordados ou fazer-nos dormir sem fim. Em resumo: tudo aquilo que devemos fazer é aceitar as nossas emoções, sentindo-as profundamente e dizer: ‘Sim, é isso que eu estou a sentir’.

As emoções só existem no momento presente. Quanto mais rápido pudermos aceitar uma emoção, mais rápido podemos passar para a próxima. Resistir ou reprimir pensamentos e emoções não nos transforma na pessoa que nós desejamos ou que gostaríamos de ser. Coloca-nos em resistência à realidade. Reprime-nos e eventualmente deprime-nos. Resistir a acontecimentos ou circunstâncias da nossa vida não vai modificar nada, por muito indesejáveis que esses acontecimentos ou circunstâncias possam ser. Por outro lado, a aceitação transforma-nos na pessoa que somos e desejamos ser. A aceitação permite que esses acontecimentos e essas circunstâncias mudem para melhor.

O que fazemos quando resistimos a certas realidades da nossa vida? Aceitar a nossa resistência pode-nos ajudar a superar isso.

Aceitação não significa aprovação. Não significa rendermo-nos à vontade e aos planos dos outros. Não significa compromisso. Não é para sempre. É só para o momento presente. Aceitação não torna as coisas mais difíceis; torna-as mais fáceis. Aceitação também não significa aceitar abusos ou maus tratos; não significa abrir mão de nós mesmos, dos nossos limites, esperanças, desejos ou vontades. Significa que aceitamos o que existe e quem somos no momento, de modo que sejamos livres para mudar e crescer.

A aceitação e a entrega leva-nos para a frente nesta nossa jornada. A força não tem qualquer valor neste processo.

Aceitação e entrega são dois conceitos que magoam mais antes, do que depois de se porem em prática.

Hoje vou procurar aceitar-me a mim e às circunstâncias presentes que me envolvem. Vou começar a observar e a confiar na magia que a aceitação pode trazer à minha vida e à minha recuperação.


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