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Soltar
com Amor!
Porquê
soltar?
Renda-se
ao momento presente. Atire-se de cabeça. Viva esse
momento em toda a sua plenitude, porque viver é isso
mesmo. E pare de resistir.
Muita
da nossa angústia é criada quando impomos
resistências. Tanto alívio, tanta calma e tanta
mudança são possíveis, quando aceitamos, simplesmente
aceitamos.
Só
pelo facto de resistirmos, de reprimirmos e de negarmos,
perdemos o nosso tempo, desperdiçamos as nossas
energias e tornamos as coisas muito mais difíceis.
Reprimir os nossos pensamentos não vai fazer com que
eles desapareçam. Reprimir um pensamento previamente
elaborado também não nos vai transformar numa pessoa
melhor. Examine-o. Deixe que ele venha à realidade.
Depois livre-se dele. Um pensamento não é eterno. Se
não gostarmos dele, podemos formular outro ou então
mudá-lo. Mas, para podermos fazer isso, temos de largar
mão do primeiro pensamento. A resistência e a
repressão não vão mudar absolutamente nada. Só nos
irão ajudar na guerra contra os nossos pensamentos.
Quando
reprimimos e resistimos às nossas emoções, tornamos a
nossa vida mais difícil. Por mais que achemos as nossas
emoções negativas, desconfortáveis, injustificáveis,
surpreendentes ou até impróprias, o facto de lhe
resistirmos ou de as
reprimirmos não nos vai libertar delas. Só as tornará
ainda piores. Elas vão contorcer-se dentro de nós e
vão-nos atormentar, tornar-nos doentes e fazer doer os
nossos corpos, encaminhar-nos para comportamentos
compulsivos, manter-nos acordados ou fazer-nos dormir
sem fim. Em resumo: tudo aquilo que devemos fazer é
aceitar as nossas emoções, sentindo-as profundamente e
dizer: ‘Sim, é isso que eu estou a sentir’.
As
emoções só existem no momento presente. Quanto mais
rápido pudermos aceitar uma emoção, mais rápido
podemos passar para a próxima. Resistir ou reprimir
pensamentos e emoções não nos transforma na pessoa
que nós desejamos ou que gostaríamos de ser.
Coloca-nos em resistência à realidade. Reprime-nos e
eventualmente deprime-nos. Resistir a acontecimentos ou
circunstâncias da nossa vida não vai modificar nada,
por muito indesejáveis que esses acontecimentos ou
circunstâncias possam ser. Por outro lado, a
aceitação transforma-nos na pessoa que somos e
desejamos ser. A aceitação permite que esses
acontecimentos e essas circunstâncias mudem para
melhor.
O que
fazemos quando resistimos a certas realidades da nossa
vida? Aceitar a nossa resistência pode-nos ajudar a
superar isso.
Aceitação
não significa aprovação. Não significa rendermo-nos
à vontade e aos planos dos outros. Não significa
compromisso. Não é para sempre. É só para o momento
presente. Aceitação não torna as coisas mais
difíceis; torna-as mais fáceis. Aceitação também
não significa aceitar abusos ou maus tratos; não
significa abrir mão de nós mesmos, dos nossos limites,
esperanças, desejos ou vontades. Significa que
aceitamos o que existe e quem somos no momento, de modo
que sejamos livres para mudar e crescer.
A
aceitação e a entrega leva-nos para a frente nesta
nossa jornada. A força não tem qualquer valor neste
processo.
Aceitação
e entrega são dois conceitos que magoam mais antes, do
que depois de se porem em prática.
Hoje vou
procurar aceitar-me a mim e às circunstâncias
presentes que me envolvem. Vou começar a observar e a
confiar na magia que a aceitação pode trazer à minha
vida e à minha recuperação.
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