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Meditação sobre os Três Primeiros
Passos do Programa
1º Passo Eu posso mudar-me a mim; aos outros só posso
amar. Estou em recuperação — procuro a Sanidade, que
é a capacidade de ser mental, psíquica e
espiritualmente Saudável.
2º
Passo A Paz de Espírito é um estado do ser possível
de alcançar, quando se acredita que se tem direito a
ser Feliz e Sereno. Deus, ou um poder maior do que eu
própria (contido em mim e eu nele), pode restituir-me a
sanidade e o direito à paz de espírito. Deus, Poder
Superior, Força Orientadora do Universo ... Quer
restituir-me à parte divina de mim mesma, àquele
espaço do ser onde habita a paz, a felicidade, o Amor.
Será
que tenho para Ele esse espaço disponível? Será que
não o tenho pré-ocupado com problemas de resolução
divina e não humana? Será que sou capaz de libertar
esse espaço, com a crença de que a cada instante de
queda e dor corresponde um renascimento espiritual?
3º
Passo Entrega total da nossa vida e da dos nossos
queridos ao nosso Deus.
-
Libertar com amor é dar espaço a Deus para que se
manifeste. Se o meu Ego Controlador me causa problemas
de falta de espaço para o meu Poder Superior, por que
não entregar a Deus o que é de Deus, e que só Ele
pode modificar e, talvez assim acabar com o sentimento
de frustração resultante da incapacidade de alterar
situações que já não são minhas e que já só a Ele
pertencem.
- Amar
os outros sim, mas criar expectativas... Só em
relação a mim mesma.
- Eu e
Deus somos uno: eu contenho e estou contida no Deus
orientador do Universo, porque Ele me deu liberdade; só
eu posso libertar o espaço que Ele, Deus de Amor, quer
habitar.
-
Deixando que Deus se manifeste, sejamos bons para nós
mesmos e, ao sê-lo, também o seremos para os outros.
Conclusão:
Ele, o Deus que em nós existe, faz-nos crescer ao nosso
próprio ritmo, enchendo, à medida do nosso eu, os
espaços e tempos eternos de cada instante da nossa
caminhada. O nosso objectivo último é o progresso
espiritual, a estrada para o Ser, que é sereno e sábio
a cada tempo do “agora”, e que é usufruto do belo
em cada pedaço de caminho.
A
nossa meta faz-se de passadas e não de alcançar a
perfeição do objectivo final.
Ponta
Delgada, Outono de 2001 — Adelaide, mãe de um adicto
falecido em recuperação.
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