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Publishing é a designação original dos programas que designamos, utilizando a
lusa língua, por edição electrónica.
As
primeiras ferramentas deste tipo surgiram quase no final da década de 1980. Os
primeiros jornais escolares que fizemos com os alunos, trocando as máquinas de
escrever e o stêncil pelos primeiros computadores Amstrad com duas drives de 5
¼, utilizaram um programa rudimentar chamado Newsmaster.
Posteriormente,
graças ao projecto MINERVA, participámos, na Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa, num encontro a nível nacional. Apresentámos e
cedemos os primeiros programas didácticos produzidos num computador Timex 2068,
que emulava perfeitamente o ZX Spectrum. Levámos exemplares do primeiro jornal
com quatro páginas feito no Newsmaster.
Os
dinamizadores do encontro apresentaram-nos e forneceram-nos uma cópia de um
programa então recente, o First Publisher, que ocupava uma disquete de dupla
densidade, idêntica às actuais de 3,5 polegadas.
Já
em Aveiro, experimentámos o programa. Comparativamente com o anterior, considerámo-lo
excepcional e de fácil utilização. Mas as estagiárias com quem trabalhávamos
não gostaram. Acharam-no horroroso. Todas as instruções estavam em inglês!
Durante
uma semana, trabalhámos na desmontagem do programa. Aos poucos, fomos trocando
os comandos em inglês por palavras portuguesas. Apresentámos a nova versão
traduzida durante uma reunião de sensibilização na escola. Foi um espanto! Um
programa inglês era agora fácil de utilizar pelas professoras de português e
pelos alunos do clube de jornalismo. E depois... Depois foi uma autêntica
pirataria! Em breve, o programa que traduzíramos para português estava
duplicado e espalhado por diversas escolas do distrito e a ser utilizado por
professores e alunos para diversos fins.
Com
o First Publisher foram publicados pelo Clube de Jornalismo os vários
exemplares de A FOLHA, enquanto estivemos na Secundária Homem Cristo. Foi neste
jornal, com um editor já muito parecido com os actuais e que ainda funciona
perfeitamente nos modernos computadores, que escrevemos os vários artigos em
defesa da escola, que a edilidade aveirense queria ocupar, desviando a escola
criada por José Estêvão das funções para que fora criada.
Esses
jornais foram, curiosamente, os primeiros em versão electrónica a ser
inseridos no Prof2000. Podem ser consultados no endereço
..\..\HJCO\hjco\Pg000800.htm
Hoje,
felizmente, estão acompanhados por muitos outros, publicados simultaneamente na
versão impressa e electrónica, em várias escolas do País. É para isso que
existe, nas páginas do «Aveiro e Cultura», uma secção intitulada JORNAIS
ESCOLARES. É uma secção que aguarda que outras escolas portuguesas, que
tenham simultaneamente versões impressas e electrónicas, enviem exemplares
impressos com a indicação do endereço electrónico, para figurarem nesta
galeria de interesse para toda a comunidade educativa.
Entre
o programa First Publisher, ainda operacional, e os actuais programas de edição
electrónica vai uma diferença correspondente a mais de dez anos de avanços
tecnológicos.
Actualmente,
há um razoável número de programas de edição electrónica, desde aqueles em
que são feitos diariamente uma boa parte dos jornais nacionais, até aos mais
simples, mas igualmente potentes, passando, por exemplo, por um PageMaker.
Hoje,
a nossa utilização de editores electrónicos está reduzida ao Publisher 2000
da Microsoft, que consideramos uma ferramenta poderosa, de fácil utilização,
e, sobretudo, não tão exigente em espaço ocupado no disco duro como outros
programas.
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