Henrique J. C. de Oliveira, Computador e Ensino, Viseu, 2003.

6Utilizações do computador

Scanner - ferramenta polivalente

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 - Que áreas do ensino pode servir?  A resposta é: TODAS. Não há nenhuma área disciplinar que não encontre vantagens na utilização do scanner. É actualmente uma ferramenta indispensável.

 

Se para a minha disciplina necessito de imagens de animais, de células, de mapas, de esquemas, etc., o scanner pode prestar-me um excelente serviço, porque as imagens podem ser depois utilizadas com o Word ou, melhor ainda, com um bom editor electrónico, ou ainda com o PowerPoint, se pretendo criar um «slideshow», ou com qualquer outro programa.

 

Se para a minha disciplina necessito de textos de determinados autores, sobre determinados temas, de extractos de artigos jornalísticos ou de revistas, de antigos trabalhos passados à máquina de escrever, de testes ou fichas antigas, o scanner é o ideal pelo tempo que poderá poupar a digitar os textos.

 

Logo, não há nenhuma área da actividade humana em que ele não possa vir a prestar bons serviços.

 

 

 - Que cuidados devo ter com o scanner?  De que software necessito para obter bons resultados?

 

Em princípio, devemos escolher um scanner que seja de alta resolução. Um scanner de alta resolução, na ordem dos 19200 dpi, anda na ordem dos cem euros (vinte mil escudos). Por exemplo, o que utilizamos e que é de alta resolução, não chegou aos cem euros e tem a vantagem de ser ultra-plano, facilmente transportável numa maleta de cartão, não necessitando de ser ligado a uma tomada de energia, porque é alimentado directamente pelo computador através de uma entrada USB. Vem acompanhado com um CD-ROM de instalação com excelente software, quer para edição e tratamento de imagens, quer para OCR, de entre o qual destacamos o TEXTBRIDGE CLASSIC 2.0, que converte os textos praticamente sem erros. Além disso, apresenta uma «interface» tão intuitiva que é de extrema facilidade de utilização, dispensando formação prévia.

 

Antes da digitalização de uma imagem ou de um texto, deveremos ter os seguintes cuidados:

 

  1º - Ver qual o tipo de suporte em que a imagem se encontra;

 

  2º - Ver qual a qualidade da imagem - se é de tipo fotográfico ou se é impressa e qual a qualidade da impressão.

 

  3º - Determinar se é a cores ou a preto e branco.

 

  4º - Determinar se o tamanho é ou não adequado para os nossos objectivos.

 

Estes aspectos são factores condicionantes para o resultado final do trabalho, especialmente se o scanner permite uma regulação rigorosa de todos os parâmetros, tendo em conta estes aspectos.

 

Se a imagem é de tipo fotográfico a cores, o scanner deve ser regulado para este tipo de suporte. Mas se a imagem está impressa e se  notam os pontos da impressão, deveremos regular o scanner  para material impresso, tipo «newspaper». E, neste caso, a digitalização deverá ser feita em alta resolução, a fim de mais tarde a reduzirmos para o tamanho pretendido, eliminando-se desta forma os inconvenientes provocados por aquilo que habitualmente se designa por «padrão moiré».

 

Antes da digitalização, deveremos efectuar a pré-digitalização ou pré-scan, para delimitação da área a digitalizar. 

 

Uma vez obtida a pré-visualização, pode-se regular o grau de luminosidade e de contraste, embora estas correcções possam também ser feitas posteriormente, recorrendo a um bom programa de edição gráfica.

 

Para uma boa digitalização, e é isso que fazemos normalmente, a utilização do scanner é feita associada a uma boa ferramenta de edição gráfica. A nossa experiência levou-nos a adoptar como ferramenta padrão o Paint Shop Pro e a eliminar do computador as restantes. Por questões de economia, eliminámos o Adobe PhotoShop e vários outros programas. Conservamos actualmente apenas o Picture Publisher da Micrograph e o Paint da Microsoft. Este último, apesar de menosprezado por muitos utilizadores dos computadores, continua a prestar-nos bons serviços, complementando com elevadas vantagens programas mais sofisticados. Mas cada um deverá experimentar o diferente software disponível e eleger o que mais lhe agrada. Esta é uma escolha pessoal, subjectiva e dependente daquilo que se pretende fazer, pelo que as nossas palavras não têm outro valor que o de servir de termo de referência.

 

Sistematizando tudo quanto dissemos, remetemos os interessados para os conselhos incluídos numa página da Internet, localizável no endereço:

 

secjeste/utilnet/Pg001030.htm   

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