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Quais os requisitos fundamentais para que o computador possa ser utilizado pelos
professores como recurso educativo? E quais as suas vantagens e inconvenientes?
Quando
reflectimos acerca destas questões, vem-nos à lembrança aquilo que dizíamos,
outrora, relativamente aos recursos audiovisuais tradicionais. E estas não
ficam isoladas, porque outras nos surgem imediatamente com igual ou maior pertinência:
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Que razões levam a que uma elevada percentagem de professores continue a
recusar o computador? Serão apenas de natureza pecuniária? Ou mantêm-se as
mesmas razões que impediam, outrora, a utilização de recursos mais simples,
como um retroprojector ou um diaprojector?
Em
1995, se consultarmos os dados estatísticos que obtivemos para o estudo deste
problema, a maior frequência de utilização do computador, no distrito de
Aveiro, verificava-se entre os professores do ensino secundário (30,3%) e entre
os professores não profissionalizados, onde o valor percentual chegava a
atingir os 66,7%. De qualquer modo, verificava-se já um aumento significativo,
comparativamente com os dados obtidos no distrito de Braga, em 1988. Veja-se o
quadro 37.
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BRAGA
|
1988
|
AVEIRO
|
1994/95
|
|
Nº
Resps.
|
%
|
Nº
Resps.
|
%
|
Muitas
Vezes
|
---
|
----
|
29
|
8,31
|
Algumas
Vezes
|
2
|
1,92
|
55
|
15,76
|
Raras
Vezes
|
7
|
6,73
|
61
|
17,48
|
Nunca
|
95
|
91,35
|
202
|
57,88
|
Não
conheço
|
---
|
---
|
2
|
0,57
|
|
104
|
100,00
|
349
|
100,00
|
Actualmente,
a dotação das escolas com computadores é sensivelmente superior às datas atrás
referidas, o que permite supor que a utilização deste recurso pelos
professores terá já aumentado significativamente. E temos fortes indícios
para suspeitar que isto é verdade, dado o elevado interesse manifestado pelos
docentes na frequência de acções de formação, com resultados
verdadeiramente surpreendentes, se pensarmos na razoável quantidade de módulos
didácticos produzidos pelos grupos de trabalho, actualmente disponíveis para
toda a comunidade educativa na Internet.
Cremos
que, actualmente, o recurso ao computador tem vindo a aumentar progressivamente.
Embora em muitas escolas o lançamento das notas e das faltas dos alunos já
seja efectuada recorrendo aos meios informáticos, isso não significa que os
professores tenham passado a utilizá-los. Um número significativo limita-se a
efectuar essa tarefa, seguindo as instruções que lhes foram anteriormente
fornecidas. E temos verificado que, alguns, quando deparam com o computador
desligado, vão solicitar ajuda a colegas mais familiarizados com o «bicharoco»
electrónico, para que o ponham a trabalhar e, se possível, já com a base de
dados pronta a receber as informações.
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