Henrique J. C. de Oliveira, Computador e Ensino, Viseu, 2003.

3Potencialidades do computador como recurso educativo

 

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Quando se efectua uma reflexão acerca das potencialidades do computador como recurso educativo, a resposta é difícil de dar, se pensarmos na sua constante e rápida evolução, o que o torna uma máquina com potencialidades cada vez maiores. Por um lado, o seu tamanho tem vindo a reduzir-se substancialmente, na proporção inversa das suas potencialidades; por outro, a sua utilização é cada vez mais diversificada, começando a ocupar um espaço cada vez maior nas nossas vidas.

 

As características cada vez mais diversificadas e as suas enormes potencialidades não significam que ele seja a panaceia que vem resolver todos os problemas da aprendizagem e do ensino. É um recurso que nunca poderá substituir o papel do professor. É mais um recurso a juntar aos já existentes. Mas é um recurso ao qual os professores não podem ficar indiferentes, sob risco de o seu papel se tornar obsoleto e desajustado da realidade.

 

O computador é um recurso multifuncional, como já referimos, é um recurso onde se torna necessária uma permanente interactividade, é um recurso multimédia em permanente evolução, que apresenta um maior número de exigências do que os recursos tradicionais. E é um recurso que tanto pode servir o ensino fora da situação de aula, como dentro dela, desde que se verifique um determinado número de requisitos, quer da parte dos professores, quer da parte das escolas.

 

Se algumas características e potencialidades já foram anteriormente abordadas por nós, enunciamos agora outros aspectos que necessitam de alguma reflexão: a multifuncionalidade, o grau de exigência e a utilização tendo em conta o acto educativo.  Estes três aspectos, embora não pareça, encontram-se interligados.

 

Se tivermos de conduzir um carro de mão, apenas necessitamos de alguma força física e pouco mais. Se quisermos conduzir um automóvel, a situação muda completamente. Teremos de nos submeter a um conjunto de lições teóricas e práticas, para aprendermos a manobrar o veículo com um mínimo de riscos para nós e para os outros. E o grau de exigência vai aumentando, à medida que passamos para veículos cada vez mais sofisticados e tecnologicamente evoluídos.

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