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Fabrico Tradicional do Azeite em Portugal (Estudo Linguístico-Etnográfico), Aveiro, 2014, XIV+504 pp. ©

 

V

SEIRAS E CAPACHOS

 

DEFINIÇÃO

O dicionário de Bluteau(1) dá-nos a seguinte definição de seira: «(...) Seiras de lagar de azeite. São umas rodas de esparto, cerradas por baixo, com as bocas em cima; nelas se bota a massa da azeitona e se espreme o azeite, e se sustentam abertas, para se lhes botar a massa, com uns pauzinhos de um palmo a que chamam frades, que se lhes tiram depois de estarem cheias; e se lhes põem por cima capachos, para a dita massa não sair».

Seiras e capachos são objectos importantes dos lagares, sem os quais se tornará difícil, se não impossível, a prensagem da massa para a extracção do azeite nos lagares tradicionais. Apenas o sistema «Sima» e outros mais modernos dispensam os tradicionais utensílios dos lagares(2). Tendo funções idênticas, seiras e capachos são, no entanto, completamente diferentes.

A seira pode ser feita de esparto, juta, ráfia e outras fibras vegetais. Caracteriza-se fundamentalmente pela sua construção em forma de saca larga e circular, constituindo a parte superior aquilo a que o povo chama as abas e terminando por uma abertura chamada a boca da seira.

O capacho, que pode ser feito do mesmo material da seira, caracteriza-se por apresentar unicamente a forma de um disco plano e delgado.

Ao contrário de Portugal, que conhece os termos seira e capacho para designar dois tipos diferentes de objectos com idêntica utilidade, em Espanha empregam o vocábulo capacho no sentido de 'seira', ao lado de outros, como se pode ver no seguinte passo, transcrito do trabalho de Tomás Buesa(3):

«La pasta se echa en la capaza 'seroncillo de esparto apretado, compuesto de dos piezas redondas, cosidas por el canto, que se llena de aceituna molida, para prensarla' (...). También en Agüero, Concílio, Biscarrués, Piedramorrera, Murillo de Gállego y Losanglis se dice capaceta (...). En esp. capacho (...)».

Indicação semelhante, relativamente ao país vizinho, nos dá A. Klemm, no seu interessante artigo La cultura popular de la província de Ávila(4). Segundo oAutor, «(...) estos capachos(5) son recipientes circulares de tejido de cáñamo, con um diámetro de 80 cm. y una boca en la parte superior de 40 cm. de diámetro (...)».

Em Itália, os nomes das seiras variam de região para região. No trabalho de Scheuermeier são registados nada menos do que cerca de vinte termos(6).

Relativamente a Portugal, podemos afirmar seguramente que o vocábulo seira é comum a todas as regiões. Há apenas a registar o facto de se ter alargado o seu campo semântico, à semelhança do que aconteceu com outras palavras. Assim, além do sentido normal – 'recipiente achatado em forma de bolsa, feito de corda de esparto e de outras fibras' –, passou também a ser usado pela classe popular aplicado ao capacho. Para o povo, quer se trate de um, quer se trate do outro, é tudo seira.

Exemplos do emprego do vocábulo seira aplicado aos capachos encontrámo-los, entre outros sítios, em Bragança, P. 100, e Vila Real, P. 78.

 

CONSERVAÇÃO DAS SEIRAS

Acabada a safra ou lagaragem, actividade designada no século XVIII pela expressão lavrar azeite(7), as seiras usadas são lavadas com água quente e, em seguida, dispostas em fila, ao ar livre. Não nos surpreendemos quando, pouco tempo depois das férias do Verão, numa visita ao extinto lagar das Três Aldeias, P. 303, deparámos com todas as seiras fora do edifício, sobre as pedras do rudimentar muro que ladeava o caminho. O aspecto por elas apresentado era desolador. O seu estado de conservação não podia ser pior, algumas delas completamente esbandalhadas, devido a terem rebentado durante o aperto da vara. Não nos surpreende, pois, a crítica de Dalla Bella(8), infelizmente ainda válida em nossos dias:

«Estas as seiras são feitas de esparto muito bem fabricadas, mas tão mal conservadas, que posto que se lavem, fedem ainda ao ranço; e com as mesmas colocadas sobre uma pedra preparada para este fim, espremem aquela massa, e usam delas indiferentemente, seja a massa de azeitonas boas e bem conservadas, ou de azeitonas podres e que cheiram mal».

Em outros lagares, as seiras são suspensas por meio de arames às traves das azenhas, as chamadas linhas d'armação d'àzenha, como se pode observar na figura 46, ou por meio de ganchos próprios, pendurados quer a um ferro que atravessa a parte superior do lagar de um lado ao outro, quer em cavilhas pregadas nas paredes, como é o caso do lagar da Moura Morta, P. 294, documentado na figura 56.

Não é raro, também, encontrarem-se as seiras metidas entre o forro e o telhado, ou dispostas ao longo das paredes das tulhas e sobre as rodas horizontais de madeira – as dobadoiras –dos moinhos tocados a água.

Em um ou outro caso, embora mais raramente, as seiras da última prensagem da safra são abandonadas no próprio local onde foram prensadas, não lhes sendo sequer retirada a baganha ou bagaço da azeitona. Foi o que se nos deparou na Ribeira de Lorvão, P. 253, e no Dianteiro, P. 256. Neste último, quando o informador pretendeu mostrar como eram feitas as seiras e exemplificar como espalhavam a massa no seu interior, viu-se em grandes dificuldades para lhes levantar as abas. A baganha havia endurecido de tal modo, que se tornara autêntica pedra, colando as seiras umas às outras. Daí a atrapalhação do informador, bem visível na sua fala, quando, ao pretender meter-lhes os frades, não as conseguiu deslocar:

«Pois, p'à gente enfiar a massa, que não consegue... Tá ver? Olhe. Faz-se outro daqui, com...!! Essa está agarrada, isto está tudo trabalhado!!! (...)», ou seja, as seiras estavam todas inutilizadas.  

 

FABRICO DOS CAPACHOS

Ao contrário do que poderíamos pensar, o acelerado progresso e industrialização dos nossos dias não conseguiu ainda acabar com muitas das indústrias caseiras. Se algumas soçobraram com extrema rapidez e facilidade, outras conservam-se de tal modo inabaláveis, que continuarão por bastante tempo em actividade.

No domínio olivícola, do mesmo modo que a mecanização e progresso não extinguiram ainda completamente os primitivos lagares, que continuarão talvez a trabalhar por mais alguns anos, também a pequena indústria caseira ligada à extracção do azeite não foi ainda inteiramente absorvida e eliminada pela grande indústria.

Na pequena localidade de Valbom, P. 204, no concelho de Pinhel, distrito da Guarda, encontrámos em pleno labor uma pequena indústria caseira(9) de fabrico de seiras e capachos. Operários, no sentido a que estamos habituados, não existem. Todo o trabalho é feito por um casal ainda jovem, ajudado por uma rapariga amiga lá da terra. E sendo essencialmente manual, é feito com elevada perfeição, competindo eficientemente com o realizado pelas máquinas.

O negócio vai de vento em popa. Os pedidos, que por vezes têm de ser recusados, são feitos com muita antecedência, dada a enorme freguesia que não lhes dá mãos a medir, mantendo ocupada esta pequena comunidade durante todo o ano.

Dois dias foram passados nesta localidade. No primeiro pouco se fez. Era o dia da matança do porco. Ninguém trabalhava. Enquanto assistimos a este ritual, correntíssimo nas nossas aldeias, exótico e invulgar para quem nunca saiu do reboliço da cidade, fomos procurando saber alguma coisa sobre como eram feitos os capachos. Foi o que se pode chamar uma lição teórica. No dia seguinte, passámos da teoria à prática, e pudemos assistir a todas as fases do trabalho, que documentámos com desenhos e fotografias.

O fabrico de um capacho compreende três fases distintas: 1º - fabrico das cordas necessárias para o esqueleto dos capachos, quando o freguês os pretende integralmente de corda; quando a estrutura é de fio de nylon, esta primeira fase torna-se desnecessária; 2º - armação do esqueleto do capacho; 3º - entrançamento dos fios de cairo.

 

 
 

Figura 66: Aparelho para fabrico da corda utilizada na construção de seiras e capachos (ver descrição no texto).

 

1º - fabrico das cordas:

As cordas são feitas num aparelho chamado roda de fazer corda, que se encontra documentado nas figuras 66 e 69. É uma maquineta constituída por um trapézio (ver figura 66, nº 4), construção rectangular formada por quatro barras horizontais paralelas, com 200 centímetros de comprimento, e quatro suportes verticais, de 50 centímetros de altura. Sobre as barras superiores, a 66 centímetros de distância da extremidade direita, assenta o eixo de uma roda (fig. 66, nº 1) com o diâmetro de 104 centímetros. Na extremidade esquerda, está pregada, ao alto, uma tábua (nº 3) com 104 centímetros de comprimento, que suporta outra, colocada horizontalmente, na qual giram cinco carris (nº 2) com 7 centímetros de diâmetro cada.

 

 
  Figura 69: Aparelho de fazer corda (Valbom, P. 204, conc. Pinhel, dist. Guarda).  

Assente sobre tacos de madeira, junto ao muro e na rua em frente à casa, a maquineta está protegida por uma armação de madeira, documentada na figura 69, tendo a cobri-la sacos de serapilheira cosidos entre si.

Feita a apresentação do aparelho, vamos seguir com atenção o trabalho dos nossos informadores marido e mulher –, se quisermos ficar a saber como são feitas as cordas.

Lá de casa, o Senhor Albino do Nascimento – assim se chama o dono desta pequena indústria – trouxe um objecto semelhante às dobadoiras para o linho, que colocou ao lado da maquineta já descrita (veja-se a figura 70). É o chamado argadilho, que temos representado no desenho da figura 68 e que se pode também ver nas figuras 70 e 73. Trata-se de um aparelho giratório de madeira, de grandes dimensões, apoiado num suporte do mesmo material, com cerca de um metro de altura. Foi nele que a mulher colocou a meada de fio, que o homem agora desenrola por quatro vezes, ao longo da ruela junto à casa, numa extensão de aproximadamente cinquenta metros.

Ao cimo da ruela, o Senhor Nascimento segura as quatro pontas do fio; as outras são presas às argolas metálicas existentes em cada carril, tal como se pode ver na figura 70.

Junto ao aparelho, a mulher faz accionar a roda grande, dando à manivela, que lhe serve também de eixo. Simultaneamente, os carris entram em movimento, graças às cordas que fazem de correias de transmissão.

 

 
  Figura 70: Aspecto do fabrico da corda. À direita, o argadilho.  

Os fios dançam e retorcem-se, num rodopio frenético, como que enlouquecidos por tanta volta. À medida que giram, vão-se enrolando uns nos outros, formando um todo compacto e resistente. Mais umas maniveladas e o ponto de enrolamento aproxima-se de nós, até que os fios, outrora em número de quatro e extremamente finos, ficam reduzidos a uma única corda, grossa e resistente.

Desprendidas as pontas dos carris, dão-lhes um nó; e termina uma operação que durou, quando muito, uns cinco a dez minutos. Cobrem o aparelho, agarram no argadilho, e voltam para casa, onde iniciam a segunda fase.

 

2º - armação do esqueleto:      

Para a segunda fase do fabrico dos capachos, são necessários uma forma, um cavalete, um martelo e, evidentemente, o fio, que servirá de esqueleto ao capacho.

A forma (vejam-se as figuras 67 e 71) é uma peça circular de madeira com 95 centímetros de diâmetro. Existem outras com dimensões superiores, mas são actualmente menos usadas. É constituída por seis arcos ligados entre si, possuindo o conjunto quatro séries de orifícios dispostos concentricamente. É nestes orifícios que são introduzidos os tornos, pequenos paus cilíndricos e iguais com cerca de 8 centímetros, indispensáveis para se poder «armar o escaleto». A ligar os seis arcos, que internamente formam um polígono hexagonal regular, são colocadas duas tábuas largas em cruz, também com orifícios concêntricos, importantes para, mediante a introdução de quatro tornos, se poder formar o quadrado central do capacho. O orifício central é igualmente importante: é graças a ele que se torna possível suspender a forma num eixo existente quer no cavalete, quer no trapézio.

 

 
  Figura 71: Forma para armar os esqueletos dos capachos (à esquerda) e um modelo de capacho já pronto (à direita).  

O cavalete é um suporte de madeira com um metro de altura para se armarem as formas. É formado por quatro pés em V invertido, que sustentam uma barra grossa com um torno ao meio, que serve de eixo às formas.

«Armar as formas» é uma expressão muito usada pelo informador, equivalente à apresentada no início desta segunda etapa da descrição.

O trabalho de armar as formas, isto é, de fazer o esqueleto do capacho, é executado exclusivamente pelo Senhor Nascimento e constitui quase um segredo profissional. Pode ser usada corda de cairo, a cujo fabrico já assistimos, ou fio de nylon. Geralmente, quase todos os clientes preferem os capachos com esqueleto de nylon pois, segundo o nosso informador, a sua duração é maior.

Figura 72: Servindo-se de um martelo, o informador arma o esqueleto de um capacho (Valbom, P. 204, conc. Pinhel, dist. Guarda).

O nylon é retirado da bobina à medida que é distribuído pelos tornos (observe-se a figura 72). O trabalho exige certa perícia, uma vez que o fio deve ficar bem esticado e passar por entre os quatro tornos centrais, onde é engenhosamente entrançado e apertado com a ajuda de um pequeno martelo. Este, ao contrário dos habituais. não possui orelhas; em contrapartida, tem a zona oposta à usada para pregar lisa e afilada, assemelhando-se a uma pequena cunha.

À medida que o fio vai sendo distribuído pelos tornos periféricos, a pessoa que executa o trabalho vai rodando a forma, evitando ter de andar à volta do cavalete. Depois de terminado, o esqueleto apresenta, ao centro, um quadrado perfeito, visível no capacho que fotografámos ao lado da forma e que se encontra representado na figura 71.

 

3º - entrançamento do cairo:

Do cavalete a forma vai para o trapézio, iniciando-se a terceira e última etapa do fabrico de capachos.

Trapézio é o nome dado às tábuas encostadas às paredes. Possuem um torno saliente de madeira, que serve de suporte e eixo às formas, durante o entrelaçamento do fio (veja-se a figura 73).

 

 
  Figura 73: Aspecto do fabrico de capachos (Valbom, P. 204, conc. Pinhel, dist. Guarda).  

Sentados em toscos bancos de três pés, as pessoas que trabalham neste pequena indústria retiram do argadilho um bom bocado de fio e colocam-no no chão, à sua direita. Arrancam um pedaço e começam a entrelaçá-lo, partindo do quadrado central para o exterior. À medida que o fazem passar, ora por um lado, ora pelo outro dos raios do esqueleto, vão girando lentamente a forma, de modo a poderem executar o trabalho de maneira mais cómoda, sempre em posição vertical.

Acabado o fio, arrematam-no muito bem e arrancam novo pedaço do que conservam no chão, repetindo a operação. Atingida a periferia da forma, retiram as argolas de nylon que ficaram nos tornos e entrelaçam-nas umas nas outras, ficando o capacho protegido por um rebordo constituído pela resistente fibra sintética.

Os capachos terminados vão para uma rima existente a um dos cantos da casa onde, em lotes de dez, aguardam que os clientes os venham procurar.

 

MODELOS DE CAPACHOS

Durante a nossa permanência em Valbom, encontrámos um modelo de capacho que podia ser construído integral ou parcialmente com fio de cairo, isto é, com esqueleto e entrelaçamento da mesma fibra ou, mais correntemente, com esqueleto de fio de nylon e entrelaçamento de fibra vegetal. O centro dos capachos apresentava o feitio de um quadrado perfeito.

Além deste modelo, encontramo-los feitos integralmente em nylon, apresentando a superfície do capacho sempre a mesma estrutura. Segundo parece, este modelo apresenta consideráveis vantagens sobre o anterior, em virtude do nylon não absorver o azeite e ser mais facilmente lavado.

Modernamente, começam a ser adoptados capachos de nylon com uma abertura circular no centro. Tem esta o fim de permitir que, ao serem empilhados no carro, possam ser enfiados numa agulha metálica crivada, formada por três ou quatro secções, que se ajustam perfeitamente entre si. Evita-se assim que, durante a prensagem, o enseiramento fuja para os lados, tornando desnecessário o uso das chamadas pancas, isto é, de alavancas de madeira com que endireitam o enseiramento, com grave prejuízo das colunas da prensa que, com o tempo, correm o risco de ficar torcidas e danificadas.

Existe um modelo de capacho com cerca de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Destina-se às chamadas prensas de cinchos, hoje quase postas de parte. Segundo o informador de Valbom, eram muito procurados há anos atrás. Actualmente, nunca mais recebeu encomendas para fabrico de tal modelo de capacho, donde o concluir ter sido posto de lado – pelo menos neste distrito – tal tipo de prensa.

 

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(1) – RAFAEL BLUTEAU, Vocabulário português e latino, Coimbra, 1712, vol. II, pág. 288, 2ª col.

(2) – Convirá notar que estes objectos só são indispensáveis nos sistemas tradicionais de fabrico de azeite. Actualmente há máquinas modernas que constituem um bloco integrado, que podem ser manobradas por um homem apenas, permitindo a extracção do azeite sem necessidade de prensas, capachos e seiras, e não sendo sequer necessário mexer na azeitona ou na massa. A azeitona é triturada num moinho de martelos e imediatamente misturada automaticamente com água quente, efectuando-se também automaticamente a extracção do azeite e separação dos resíduos. Apenas há que carregar o sistema de recepção com a azeitona, que é lavada e puxada por meio de um parafuso sem-fim para a máquina. E, além da operação da máquina e seu permanente controlo, há que ir substituindo os recipientes onde o azeite é recolhido.

(3)TOMÁS BUESA OLIVER, Terminología del olivo y del aceite en el alto aragonés de Ayerbe, in: "Miscelánea filológica dedicado a Mons. A. Griera", Barcelona, 1955, tomo I, pág. 90.

(4) – ALBERT KLEMM, La cultura popular de la província de Ávila, in: "Anales del Instituto de Linguística", tomo VIII, 1962, pág. 137.

(5)Foram omitidas as notas do artigo citado.

(6)Veja-se o seguinte passo, transcrito de PAUL SCHEUERMEIER, Bauernwerk in Italienischen und rätoromanischen Schweiz, 1943, pág. 186: «(...) Nomes das seiras: tosc., sard., le gabbie, ligur., istr., abr., laz., campan., calabr., sicil. 'sporte', pugl. 'i fischi', umbr., laz., ital. merid. 'físcoli, fiésc-' laz. 'físcole, fésc-, abr. 'fréscole', march. pugl. 'fríscoli, frésc-, P. 499 fresli, tosc. brúscole, bús-, P. 713, fuscelle, calabr., sicil. 'coffe', P. 248 'i sacchi', P. 538 sacchette, march. 'cungi', P. 551, 571 tasche, P. 548 cesti, P. 658 pagliéule (...)».

(7) – Regimento de Lagar de Azeite da Cidade de Coimbra, 1792, pág. 1: «(...) bem assim é o Regimento dos Lagares de azeite desta Cidade de Coimbra, e seu Termo, porque usam, e se regem, e do que hão-de levar de maquia, por fazerem, e lavrarem azeite nos ditos Lagares, do qual o teor é o seguinte (...)».

(8)JOÃO ANTÓNIO DALLA BELLA, op. cit., pág. 50.

(9) – Fizemos a nossa visita a esta indústria artesanal em 15 e 16 de Dezembro de 1969.

 

 

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