Características
da água da Ria de Aveiro
A
água é sem dúvida o recurso natural mais abundante da Ria
de Aveiro e portanto é o principal condicionante de toda a
actividade lagunar. Deste modo é importante conhecer as
características que determinam a qualidade desta água.
A
água existente na atmosfera condensa-se. Cai sob a forma de
chuva, granizo ou neve.
Com o calor do sol evapora-se e regressa à atmosfera.
Qualidade
da água da Ria de Aveiro
A
qualidade de uma água e a sua classificação depende de um
conjunto de parâmetros, cujos valores limites estão
estabelecidos em normas e directivas. Estes parâmetros podem
ser sintetizados em 4 grupos:
parâmetros físicos;
parâmetros químicos;
parâmetros biológicos;
parâmetros radiológicos.
Os
parâmetros
físicos subdividem-se em:
-
Parâmetros físicos propriamente ditos:
turvação,
condutibilidade e temperatura
-
Parâmetros organolépticos ou físico-químicos:
sabor,
cheiro e cor
Os
parâmetros químicos são o pH, a dureza, a CBO (carência bioquímica
de oxigénio), a CQO (carência química de oxigénio) e a
alcalinidade, o CO2, o cloro, os aniões (cloretos,
sulfatos, nitritos e outros) e os catiões
(Fe2+, Mn2+, iões de metais pesados e
outros).
Os
parâmetros biológicos são os coliformes fecais, os estreptococos
fecais e os "staphylococus aureus".
Os
parâmetros radiológicos são medidos utilizando-se um
contador Geiger. São as radiações ALFA
e BETA.
A
Ria de Aveiro tem sido vítima, ao longo dos tempos, dos
problemas da poluição. Acerca
da qualidade da sua água, consulte-se o artigo de Aristides
Hall. Embora antigo, constitui uma excelente reflexão
acerca dos problemas da Ria.
A
alteração dos parâmetros considerados normais traduz-se
numa mudança da qualidade da água, levando à sua poluição.
Geralmente afecta as diferentes espécies que dela dependem,
podendo ameaçar a saúde
pública.
A
figura seguinte apresenta esquematicamente as principais
fontes de poluição das águas.
Os
fenómenos
de eutroficação, causados por plantas aquáticas que não
são recolhidas, como é o caso do moliço, originam uma
deficiente oxigenação da água, provocam a morte dos peixes e
posterior assoreamento da Ria.
Os
desperdícios
industriais, tais como os metais pesados, são outra causa de
poluição cuja eliminação é extremamente difícil.
O
tratamento conveniente dos efluentes das fábricas envolvem despesas
adicionais, facto que leva a que sejam lançados directamente
na Ria, mesmo estando sujeitos ao pagamento das coimas que a
"branda legislação" exige.
Além dos efluentes
industriais há ainda os efluentes de origem doméstica (águas de
esgoto), que atingem a ria e nem sempre estão sujeitos a tratamento
nas estações de águas residuais.
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