As
diferentes actividades humanas na borda lagunar (portuária,
indústria, agricultura, lazer e turismo), pese embora o seu
valor económico, têm sempre aspectos negativos associados a
erros de ordenamento do território ou a projectos
sobredimensionados ou de interesse questionável, cuja
principal consequência é a redução da área de habitat
disponível. Conjuntamente com o problema da poluição das águas
e a ocorrência de alguma caça ilegal, o património natural
da Ria de Aveiro fica seriamente ameaçado.
Numa
perspectiva de conservação, o problema não se coloca em
termos de perda de habitat resultante da construção de uma
estrutura, mas sim do efeito cumulativo da construção de várias
estruturas.
Deste
modo, a conservação da Ria de Aveiro passa pela definição
de um plano de ordenamento, que compatibilize as actividades
humanas tradicionais, o desenvolvimento económico da região
e os valores naturais, de forma a aumentar a qualidade de vida
das populações ribeirinhas e a evitar perdas irremediáveis
do património biológico, etnográfico e histórico da
laguna.
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