Paiva Barge
NA minh'alma
É noite escura,
Noite sem calma
E densa,
Que condensa
A amargura
Em que mergulha
E flutua
A loucura da minha dor imensa.
Mas
Qual estrela Pintando
O céu, de raios de luz,
Os teus lábios desprenderam
Sorrisos que se perderam
No negro da
minha cruz.
E a noite da minha alma
Cinzenta
Desmaiou
Nos braços da aurora sorridente
Dos teus lábios desprendida,
– E agora eternamente
No meu peito adormecida...
«Olhos Azuis» |