| 
          
            |  | 
              
                | 
                Introdução e conceito de ortografia. Períodos da 
                ortografia portuguesa (breve história). Erros mais frequentes em 
                textos escritos. Palavras, sílabas e acentos tónicos. Os sons da 
                fala humana. Ênclise, próclise e acentos especiais. As notações 
                léxicas e suas funções. Os sinais de pontuação e sua utilização. 
                Trabalhos práticos. |  |  |  
        
 
        OS SINAIS DE PONTUAÇÃO 
        
        Além das notações léxicas já apresentadas, a linguagem escrita serve-se 
        de um conjunto de sinais, que têm como objectivo, a nível do escrito, 
        procurar reproduzir graficamente o ritmo, as entoações, as pausas, em 
        suma, todo um conjunto de características próprias da comunicação oral. 
          
            | 
             |  
            | Figura 26: 
            Quadro com os diferentes sinais de pontuação. A sua função é a de 
            servir como marcas auxiliares da leitura. |  
        A cada acto elocutório, a cada 
        função da linguagem, corresponde um determinado ritmo, uma determinada 
        entoação. Os sinais de pontuação vão funcionar, a nível do texto 
        escrito, como marcas auxiliares de leitura, ajudando-nos  a dar uma 
        sequência lógica às frases, com pausas maiores ou menores, e a 
        imprimir-lhes uma correcta entoação, tornando-as mais significativas e 
        expressivas. 
        Os sinais de pontuação são 
        geralmente divididos em dois grupos: os sinais de pausa e os 
        sinais de entoação. Esta divisão tem essencialmente uma função 
        didáctica, já que, rigorosamente, não podemos separar os sinais de pausa 
        dos restantes, na medida em que todos eles ajudam a dar entoação; no 
        entanto, a função principal dos sinais de pausa é a de marcar pausas 
        mais ou menos prolongadas no discurso. 
        Além destes sinais, utilizam-se nos 
        textos escritos muitos outros recursos, que podem também ter um valor 
        expressivo; é o caso, por exemplo, do emprego de maiúsculas, de tipos de 
        letra diferentes, como o itálico, o negrito, os versaletes, o 
        sublinhado, etc.. 
        Não é muito fácil a utilização 
        imediata de forma correcta dos diferentes sinais de pontuação. No 
        entanto, para além do conhecimento das funções específicas de cada um 
        deles, há um conjunto de sugestões práticas, que poderão facilitar a 
        aprendizagem do seu uso correcto. 
          
        A VÍRGULA 
        A vírgula marca uma pausa de pequena 
        duração. Serve para separar os elementos secundários de uma oração e 
        também para separar orações nas frases complexas. É, talvez, o sinal de 
        pontuação mais incorrectamente utilizado, pelo que convém ter sempre 
        presente algumas regras que passamos a apresentar, de entre as quais 
        destacamos a primeira.
 
        I - Dentro da oração 
        1º- NUNCA se separam 
        por vírgulas os elementos principais de uma oração quando se 
        encontram seguidos e ainda que não estejam pela ordem normal. Esta 
        separação só poderá verificar-se no caso de uma construção frásica que 
        procure pôr em realce um determinado elemento, procurando dar uma certa 
        expressividade à frase, como no exemplo:  "O João, já não o vejo há 
        dias!" 
        2º- Serve para separar diferentes 
        elementos com a mesma função sintáctica. É o caso das enumerações, que 
        constituem, por exemplo, um sujeito composto, e complementos: 
        A raiz, o tronco, os ramos, as 
        folhas, as flores e os frutos da árvore do meu quintal acompanham-me nas 
        tardes calmas de lazer. 
        Achava os homens declamadores, 
        grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, chulos, triviais. 
        (Machado de Assis). 
        Observação: Quando os elementos da enumeração vêm ligados por 
        conjunções 
        ─ caso do polissíndeto 
        ─, 
        há escritores que separam os diferentes elementos por vírgulas, embora 
        isso não seja necessário: 
        Abrem-se lírios, e jasmins, e rosas. (Alberto de Oliveira) 
        Suspira e chora e cansa e geme e sua. (António Ferreira) 
        3º - Serve para separar elementos 
        com funções sintácticas diferentes, geralmente para os realçar. É usada 
        para: 
             
        °   a) - isolar o aposto ou 
        continuado: 
                  D. Afonso Henriques, o 
        Conquistador, fundou Portugal. 
             
        °   b) - isolar o vocativo: 
                  Menino, não faça isso. 
             
        °   c) - isolar elementos repetidos: 
        "Nada, 
        nada 
        ─ 
        dizia o Vilaça todo amável 
        ─ 
        cá o nosso solzinho  português sempre é o melhor" 
        (Eça, Os Maias.) 
             
        °   d) - isolar complementos 
        circunstanciais: 
                  Ontem, durante a manhã, 
        estavas à janela. 
        Observação: Se o complemento é de reduzida 
        extensão, pode ser dispensada a vírgula: "Ontem estavas à janela". 
        No entanto, a vírgula poderá conferir uma determinada expressividade: "Ontem, 
        estavas à janela".  
             
        °   e) - isolar, na datação de um 
        escrito, o lugar: 
                  Aveiro,  3 de Maio de 
        1990. 
             
        °   f) - indicar a supressão de um 
        elemento (geralmente o verbo) ou de um grupo de 
        palavras:    
                  Chuva, névoa, desconforto, 
                  A imagem da minha vida! 
                           (António  Botto) 
        II - Entre orações 
        1º - Serve para separar as orações 
        coordenadas assindéticas: 
                  Aproximou-se pé ante pé, 
        empurrou devagar a porta, espreitou, viu que não havia ninguém, 
        entrou.
 
        2º - Serve para separar as 
        orações sindéticas, excepto as introduzidas pela conjunção e: 
        Parecia distraído, mas não perdia 
        nada do que se dizia. 
        Observação: Podem-se separar por vírgula as 
        orações coordenadas por meio da conjunção  e  quando o sujeito é 
        diferente: 
                A mulher morreu, e cada um dos 
        filhos procurou o seu destino. 
        
        (F. Namora) 
        Igualmente se podem separar por 
        vírgulas, embora não seja necessário, as orações introduzidas por  e: 
        Comigo o mundo canta, e cisma, e 
        chora, e reza, 
        E sonha  o que eu sonhar. 
        (Teixeira de Pascoaes) 
        3º - Das conjunções 
        adversativas, mas coloca-se sempre no começo da oração; as 
        restantes podem vir no começo ou após um dos seus termos. Se se quiser 
        marcar uma pausa mais prolongada, poder-se-á usar o ponto e vírgula (;) 
        em vez da vírgula: 
        Pensa o que quiseres, mas a tua 
        ideia está incorrecta. 
        Pensa o que quiseres, a tua ideia, 
        no entanto, está incorrecta. 
        Pensa o que quiseres, a tua ideia 
        está, no entanto, incorrecta. 
        Pensa o que quiseres;  a tua ideia, 
        no entanto, está incorrecta. 
        4º - Serve para separar as orações 
        intercaladas: 
        
                
        "Faz sempre os teus trabalhos, 
        disse ele ao filho, e eu te ajudarei." 
        5º - Serve para separar as orações 
        subordinadas: 
           Quando acabares, vai falar com o 
        teu professor. 
           Se tiveres um pouco de tempo, vai 
        ver este filme. 
           Não faças isso, que pode ser 
        prejudicial. 
        Observação: Se a oração subordinada constitui 
        o desenvolvimento necessário da frase não se usa a vírgula, como no caso 
        das consecutivas e integrantes: 
        Falou tão baixo que ninguém o ouviu. 
        Ele disse que estava cansado. 
        6º - Serve para isolar as orações 
        subordinadas relativas adjectivas: 
                  O juiz de linha, que 
        estava atento, não deixou passar a falta. 
        Nem sempre estas orações são 
        separadas por vírgulas. Quando são apenas restritivas, e não 
        explicativas, como é o caso do exemplo anterior, a vírgula não se usa: 
                  O livro que escolheste não 
        presta para nada.  
        7º - Serve para separar as orações 
        reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio quando equivalentes 
        a orações adverbiais: 
                  A trabalhar desta maneira, 
        cedo enriquecerá. 
                  Tendo reparado que as 
        moças o olhavam, corou até às orelhas. 
                  Conhecidas as regras, 
        fácil será aplicá-las. 
          
        O PONTO FINAL 
        Este sinal indica uma pausa máxima 
        após uma sequência final descendente. Emprega-se para marcar o final das 
        frases ou períodos, sejam eles simples ou compostos. 
        Quando se passa de um assunto ou 
        conjunto de ideias para outro, costuma-se marcar a transposição com uma 
        pausa maior na voz. Na escrita, esta pausa é marcada pelo ponto final 
        seguido de parágrafo. 
        Quando se efectua um parágrafo, 
        deixa-se o resto da linha em branco e muda-se para a linha seguinte, 
        deixando-se sempre um pequeno espaço em branco no começo da linha. 
        Embora, ultimamente, esteja a tornar-se moda escrever-se logo no começo 
        da linha, não deixa de ser erro grave, podendo, em alguns casos, 
        dificultar mesmo a compreensão, já que o aspecto visual ou gráfico é um 
        importantíssimo auxiliar da leitura. Esta utilidade é ainda mais 
        flagrante quando se está habituado a praticar a chamada "leitura 
        rápida", também designada pelas expressões "leitura visual" ou 
        "dinâmica". Não nos devemos esquecer que a marcação dos parágrafos tem a 
        ver com a própria estrutura do texto, com a maneira como as ideias estão 
        organizadas, pelo que, através da observação da mancha gráfica (ou 
        tipográfica, no caso dos textos impressos) se podem obter desde logo 
        informações complementares sobre o conteúdo do texto. 
        Se, eventualmente, não quisermos 
        começar ligeiramente mais dentro quando efectuamos um parágrafo, então 
        será de toda a conveniência deixar uma linha de intervalo entre cada 
        parágrafo, prática esta que vem sendo cada vez mais frequente, mormente 
        em textos escritos em computador com processadores de texto. 
        O ponto serve também para assinalar 
        as abreviaturas e as siglas: 
        
                      
        I.S.C.I.A.   Sr.  Sr.ª   Dr.  V. S.ª   
        V. Ex.ª   O.N.U.   C.E.E.   R.P. 
        Modernos escritores há que usam 
        frequentemente o ponto final em vez da vírgula, criando deste modo 
        períodos bastante curtos, por vezes segmentos reduzidos a um só 
        vocábulo, como nos dois textos seguintes: 
        "A tua presença provocou em mim o 
        sentimento inédito que buscava. Fiquei transposto. Outro. Como desejava." 
        (Almada Negreiros) 
        "Tristeza. 
        Sentimento que às vezes me invade. Procuro reagir. Ligo o rádio.  A 
        publicidade e certos locutores, que estragam a música com palavras 
        inúteis, enfadam-me. Desligo. A tristeza continua. O silêncio do quarto 
        esmaga-me. Procuro uma cassete. Música suave. Volto a ligar o rádio. 
        Carrego na tecla. Música suave enche o quarto. Apodera-se a pouco e 
        pouco de mim. Adeus tristeza! 
        A música penetra-me e embala-me. Os 
        sons tornam-se distantes. Adormeço."    
          
        PONTO E VÍRGULA 
        Tal como a designação indica, este 
        sinal apresenta uma função intermédia entre o ponto e a vírgula, podendo 
        aproximar-se ora de um, ora do outro. Daqui resulta uma certa imprecisão 
        no seu emprego. A título de ajuda, apresentam-se algumas regras:
 
        1º - Serve para separar num período 
        orações da mesma natureza que tenham uma certa extensão: 
        
                
        "Não sabe mostrar-se magoada; é 
        toda perdão e carinho." (Machado de Assis) 
        2º - Serve para separar partes de um 
        período, quando uma delas já está subdividida por vírgulas:       
        
                
        Luísa gosta de romances; sua irmã, 
        não. 
        3º - Serve para separar os 
        diversos itens de enunciados enumerativos em leis, decretos, portarias, 
        regulamentos, etc. 
           
        DOIS PONTOS 
        Este sinal tem várias funções na 
        escrita. Entre outras, serve para marcar: 
        1º - O discurso directo; 
        2º - Uma enumeração explicativa: 
        Reúna os seguintes ingredientes: 6 ovos, 1 kg de açúcar, um de farinha, 
        fermento, ... 
        3º - Um esclarecimento, uma síntese 
        ou uma consequência do que foi enunciado: 
        "A razão é clara: achava a sua 
        conversação menos insossa que a dos outros homens." (M. de Assis) 
        4º - Depois do vocativo, no começo 
        das cartas, requerimentos, ofícios. No entanto, são  normalmente 
        substituídos pela vírgula. 
          
        PONTO DE INTERROGAÇÃO 
        
        Este sinal serve para assinalar as frases interrogativas. Pode, no 
        entanto, servir para dar mais vivacidade ao discurso, como é o caso da 
        chamada interrogação ou pergunta de retórica. 
        Por vezes, emprega-se o ponto de 
        interrogação para exprimir a dúvida e até mesmo a surpresa, surgindo 
        frequentemente nos textos associado ao ponto de exclamação: 
                  "Tu já acabaste com o 
        maço de cigarros?!" 
          
        PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
        Tal 
        como o nome indica, este sinal serve para ajudar a exprimir conteúdos de 
        natureza emotiva ou afectiva. Utiliza-se normalmente: 
          
        a) - depois de interjeições ou de 
        termos equivalentes, como os vocativos intensivos, as apóstrofes: 
                  Adeus, para sempre adeus! 
                  Vai-te, oh! vai-te, que 
        nesta hora 
                  Sinto a justiça dos céus 
                  Esmagar-me a alma que 
        chora. (...)  (A. Garrett) 
          
        b) - para marcar uma surpresa, 
        juntamente com o ponto de interrogação: 
                  Já chegaste?!  Cuidei que 
        vinhas mais tarde. 
          
        c) - na frase imperativa, quando o 
        discurso se apresenta imbuído de uma forte carga emotiva: 
        
                
        
        ─ 
        Não vás! Volta, meu filho! Não desampares a tua pobre mãe! 
          
        d) - para marcar um reforço especial 
        na duração, na intensidade ou na altura da voz: 
        
        ─ 
        Varo-os como a cães!... Canalhas!!!... Hei-de lhes acabar com a manha de 
        andarem atrás de mim!... 
        (Branquinho da Fonseca) 
          
        RETICÊNCIAS 
        Este sinal serve para indicar uma 
        interrupção da frase, uma hesitação, uma surpresa, uma dúvida, uma ideia 
        que fica por expressar, cabendo ao leitor imaginar a sequência, a 
        suspensão da voz no diálogo, para marcar a interrupção do discurso e 
        tomada da palavra pelo interlocutor, para realçar uma palavra ou 
        expressão, etc. 
          
        AS ASPAS 
        Este sinal serve para assinalar uma 
        citação, para fazer   sobressair certos termos ou expressões (caso dos 
        estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, vulgarismos), realçar 
        ironicamente uma expressão ou palavras, para assinalar o discurso 
        directo quando não se usa o travessão, para destacar o título de uma 
        obra. 
          
        PARÊNTESES (ou parêntesis) 
        
        Este sinal de pontuação serve para intercalar num texto uma indicação 
        acessória, um comentário, um aparte, uma nota emocional. 
        Observações:  Eis alguns casos em que também se 
        podem usar os parênteses: 
        a) - para referências a datas e 
        indicações bibliográficas; 
        b) - para citação textual de uma 
        palavra ou frase traduzida; 
        c) - para indicações cénicas, nas 
        peças de teatro; 
        d) - para isolar orações 
        intercaladas.   
        TRAVESSÃO 
        Este sinal serve para assinalar os 
        diálogos (na transcrição dos discursos directos), isolar orações 
        intercaladas e destacar certas partes do texto. 
          
        COLCHETES 
        Este sinal constitui uma variedade de 
        parênteses, de uso restrito. Emprega-se para: 
        1º - indicar uma inserção na 
        transcrição de um texto de outro escritor; 
        2º - indicar as transcrições 
        fonéticas; 
        3º - isolar uma parte dentro de 
        outra já separada por parênteses. 
          
        MAIÚSCULAS 
        A utilização das maiúsculas é um 
        processo que tem por objectivo chamar visualmente a atenção para 
        determinada palavra, individualizando-a ou assinalando simplesmente o 
        começo de um período. Há inúmeros casos, geralmente conhecidos de todos, 
        em que se usam as maiúsculas; no entanto, convirá referir alguns. As 
        maiúsculas usam-se[12]: 
        1º - no começo das frases; 
        2º - no começo dos versos, em 
        português; 
        3º - com os antropónimos e seus 
        cognomes; 
        4º - nos nomes de postos, cargos ou 
        dignidades hierárquicas, em documentos oficiais, na correspondência, por 
        deferência entre particulares: 
                  "Por determinação do  Ex.mo  
        Director da..." 
                  "Ao meu prezado Mestre, ..."  "Meu 
        querido Pai, ..." 
        5º - nas formas de 
        tratamento reverencioso, nas abreviaturas de títulos universitários e 
        eclesiásticos, na assinatura de documentos por altas individualidades; 
        6º - nas formas pronominais e 
        adjectivas que se refiram a entidades sagradas ou pessoas de alta 
        hierarquia falando de si mesmas: 
                  "Foi Ele que nos criou e 
        tudo governa." 
        7º - nos nomes dados a animais, 
        quando personificados: 
                  - 
        Senhor Corvo, disse a Raposa arguta, saboreando já o queijo que iria 
        obter... 
        8º - com os toponímicos, tais como 
        nomes de países, cidades, lugares, ruas, lugares públicos, acidentes 
        geográficos, etc.: 
                  
        O Mondego nasce na Estrela e desagua no Atlântico, depois de passar por 
        duas 
                  cidades: 
        Coimbra e Figueira da Foz. 
        9º - nos pontos cardeais e 
        colaterais, quando designam regiões ou quando abreviados:  
         
                  O Norte é mais trabalhador que o 
        Sul. 
        10º - nos nomes de astros e nomes 
        mitológicos e sagrados; 
        11º - nos nomes que designam altos 
        conceitos políticos, religiosos, nacionais, quando empregados 
        individualmente sem quaisquer qualificativos: 
                  A República e a Monarquia são duas 
        formas de governo. 
        12º - nos nomes do calendário, de 
        épocas e de festas tradicionais. No entanto, os dias da semana 
        escrevem-se com minúsculas. 
        13º - nos nomes de raças, povos ou 
        populações, quando considerados na globalidade: 
         
                  O 
        Português foi um povo destemido que deu novos mundos ao mundo. 
        14º - nos nomes de artes e ciências, 
        quando designam disciplinas: 
                  Ele é doutorado em Medicina.  Ela 
        tem aulas de Física e Matemática. 
        15º - nos nomes de factos históricos 
        ou de grandes empreendimentos públicos e nos actos solenes ou de 
        autoridades da República, em documentos oficiais: 
                  O Centenário da Princesa Santa Joana 
        ocorreu em Maio de 1990. 
        16º - nos títulos ou subtítulos de 
        livros, publicações periódicas e produções artísticas: 
         
                  Os Maias 
        são talvez a obra mais lida em Portugal. 
        17º - nos nomes de agremiações, 
        escolas, repartições, associações, edifícios públicos e estabelecimentos 
        particulares; 
        Observações:  
            ·    a) 
        - Nos nomes compostos 
        por justaposição, a maiúscula no primeiro elemento obriga a maiúscula no 
        segundo; 
             ·   b) 
        - Os elementos de 
        ligação entre os nomes, nas locuções substantivas próprias, escrevem-se 
        com minúsculas: 
        Freixo de Espada à 
        Cinta    Francisco de Holanda 
          
        
        Sugestão de trabalho 8 
        Nas páginas 
        seguintes, são-lhe apresentados diversos trabalhos práticos, numa 
        sequência de oito, relacionados com diversos aspectos tratados ao longo 
        das páginas deste capítulo, tais como problemas de translineação, de 
        acentuação e de pontuação. 
        Procure efectuá-los e, em caso de dúvida, recorra 
        às informações que anteriormente lhe foram apresentadas. 
          
        Trabalho prático 1 Num 
        determinado trabalho, efectuou-se a translineação de elevado número de vocábulos. Ao 
        efectuarmos a sua análise, constatou-se que nem todos tinham sido 
        correctamente divididos. 
        1 - Identifique-os, marcando com C ou E 
        os correctos e os errados;  
        2 - Identifique em que consistiu o erro nos 
        vocábulos que considerou como Errados.
 
         
          
        Trabalho prático 2 Imagine 
        que, tendo criado um texto, as palavras  a 
        seguir apresentadas tinham de ser separadas para mudança de linha. No 
        espaço em frente de cada uma, efectue a silabação tendo em conta as 
        regras da translineação: 
          
            |  | 
              
                | couve-flor | cou- // ve- // 
                -flor |  
                | desaguar | de- // sa- // 
                guar |  
                | czarista | ______________________________________ |  
                | psicólogo | ______________________________________ |  
                | aclimatar | ______________________________________ |  
                | sublingual | ______________________________________ |  
                | perspicaz | ______________________________________ |  
                | factor | ______________________________________ |  
                | desfazer | ______________________________________ |  
                | ninho | ______________________________________ |  
                | admissão | ______________________________________ |  
                | contíguo | ______________________________________ |  
                | cárie | ______________________________________ |  
                | pneumático | ______________________________________ |  
                | aguentar | ______________________________________ |  
                | psicologia | ______________________________________ |  
                | coordenar | ______________________________________ |  
                | desfez-se | ______________________________________ |  
                | exceder | ______________________________________ |  
                | cafeeiro | ______________________________________ |  
                | quintalório | ______________________________________ |  
                | calceteiros | ______________________________________ |  
                | cristalizações | ______________________________________ |  
                | vidraça | ______________________________________ |  
                | actrizita | ______________________________________ |  
                | compassado | ______________________________________ |  
                | retiniam | ______________________________________ |  
                | alegremente | ______________________________________ |  
                | fugidio | ______________________________________ |  
                | ilustração | ______________________________________ |  
                | persianas | ______________________________________ |  
                | enxárceas | ______________________________________ |  
                | andaimes | ______________________________________ |  
                | casario | ______________________________________ |  
                | subterrâneo | ______________________________________ |  
                | desassossego | ______________________________________ |  
                | supersticioso | ______________________________________ |  
                | indemnização | ______________________________________ |  |  |  
          
        Trabalho prático 3 Num  
        texto de um jornal ocorreram alguns erros de 
        translineação. Procure-os e identifique o erro ocorrido. 
        (Nota: O texto, 
        extraído do suplemento de um jornal diário, foi por nós intencionalmente 
        alterado, criando-se erros não existentes no original.)
 
        
         
 
        Trabalho prático 4 Propositadamente, 
        no texto seguinte, foram eliminados os acentos a 
        todas as palavras. Leia-o atentamente e procure corrigi-lo. Em caso de 
        dúvida, consulte as páginas deste capítulo.   
        Cercado por soitos verdes de castanheiros centenários, Quadrazais e um grande 
        povoado moreno de casas pobres, edificadas sobre um vasto canape de 
        terra vermelha, de encosto voltado a Espanha. 
        A marcar-lhe 
        as entradas, nos pontos cardeais, alvejam as capelas de S. Sebastiao, 
        Santo Cristo, Santo Antonio e Santa Eufemia, quatro sentinelas 
        liturgicas a roda da igreja paroquial de uma so nave, ladeada por filas 
        de altares, onde se entronizam, vestidas de sedas claras e cobertas de 
        joias, as imagens venerandas dos quadrazenhos[13]. 
        Bravios e 
        destravados de lingua, e sempre negociantes na fala e no trato, os 
        quadrazenhos mascaram frequentemente a verdade com truques verbais que 
        lhes adormentem a consciencia, mas nunca dao testemunho falso, se alguem, 
        sobre o livro santo, os empraza a jurar em nome de Deus, por eles tao 
        ingenuamente amado, que, pela Semana Santa, ao descendimento da Cruz, a 
        multidao se agita, como em Jerusalem nas horas do Calvario, e os seus 
        gritos estridentes abafam os cantos de Igreja e a voz dos pregadores. 
        Mal 
        vislumbram, nessa hora, os sacerdotes, de escadas nos ombros, 
        encapuzados e vestidos de branco ate aos pes, a caminharem para a grande 
        Cruz de Cristo, a turba ergue os braços, estorce-os, alucinada na dor, 
        como se de novo fosse correr sangue das chagas de Jesus. 
           ─ Ai 
        coitadinho! 
        ─ 
        clama-se, angustiadamente. 
           ─ Despreguem-no 
        com jeito! 
           ─ Peguem-lhe 
        com amor! 
         E ao ve-lo, 
        depois, carinhosamente, levado no esquife, ja aliviados porque o maior 
        sofrimento passou, suplicam suavemente: 
          ─ Nao 
        o balancem! 
         ─ Levem-no 
        devagarinho![14] 
         
         No entanto, 
        e apesar destas lagrimas que se renovam pelo aniversario das almas[15],
        de tal modo a vida aventurosa e dificil do quadrazenho humaniza o 
        auxilio sobrenatural, que arvorou Santo Antonio em protector do negocio 
        proibido, e com tao acreditado sucesso, que a caixa do taumaturgo 
        extravasa de moedas, nos dias de grande contrabando. 
         Desta 
        vez, porem, nem as moedas nem os rogos chorados, em todas as casas e 
        capelas, davam esperanças contra as novas ameaçadoras que vinham de 
        Lisboa. 
         A imprensa ja falava em mudança de Governo, por nao se demitir o oficial que 
        trocara as armas do Estado por uma quadrazenha de vida facil. 
         E no 
        parlamento o caso levantara tumulto e risos. 
         ─ Este 
        oficial, crapuloso e vendilhao, e afilhado do senhor ministro da Guerra 
        - clamou um fogoso deputado oposicionista, alongando o braço, a guisa de 
        florete, para a bancada governamental. 
        ─ 
        Foi ele que, traiçoeiramente, contando com a protecçao do Governo, 
        introduziu a colera em Portugal. 
        
                       NUNO DE MONTEMOR,
        Maria Mim, Lisboa, 3ª edição, pp. 173-176. 
          
        Trabalho prático 5 Propositadamente, 
        no texto seguinte, foram eliminados os sinais de 
        pontuação.  Tente compreender o sentido do texto e coloque adequadamente 
        os sinais de pontuação: vírgulas,  pontos e ponto e vírgula. 
          
        Além disso 
        aqui em Portugal há muita outra gente que ensina  os outros Religiosos 
        ensinam os seus e os de fora  os mestres seculares também ensinam E 
        assim as minhas opiniões podem ter por objecto não uma só pessoa   isto 
        me basta advertir a estas pessoas que querem saber mais que os autores e 
        quererão explicar e interpretar  mal as minhas palavras    onde concluo 
        que a todos venero e estimo mui particularmente  somente direi o que me 
        parece se devia fazer para poder instruir com fruto 
         ...   
        ...   ...   ...   ...   ...   
        ...   ...   ...   ...   ...   
        ...   ...  ...   ...   ...   
        ...   ...   ...   ...   ...   
        ...    
        Começo  
        pois  nesta carta  pela Gramática  que é a porta dos 
        outros estudos  da qual depende a boa eleição dos mais  porque 
        muitos não entendem o que significa este nome  por isso não fazem 
        grande progresso na Gramática   eu ainda que falo com V. P.  
        que o sabe  falarei daqui em diante como se falasse com quem o não 
        soubesse 
        A Gramática é a 
        arte de escrever e falar correctamente    todos aprendem 
        a sua língua no berço  mas  se acaso se contentam com essa 
        notícia  nunca falarão como homens doutos   os primeiros 
        mestres das línguas vivas comummente são mulheres ou gente de pouca 
        literatura  de que vem que se aprende a própria língua com muito 
        erro e palavra imprópria  e  pela maior parte palavras 
        plebeias   é necessário emendar com o estudo os erros daquela 
        primeira doutrina   uma razão  ainda que boa  um 
        pensamento esquisito exposto com palavras toscas ou que não signifiquem 
        o que se quer  desagrada muito e comummente não persuade 
         ...   ...   
        ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   
        ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ... 
        Isto suposto  
        julgo que este deve ser o primeiro estudo da Mocidade  e que a 
        primeira coisa que se lhe deve apresentar é uma Gramática da sua língua  
        curta e clara  porque  neste particular  a voz do Mestre 
        faz mais que os preceitos    e não se devem intimidar os 
        rapazes com mau modo ou pancadas  como todos os dias sucede  
        mas  com grande paciência  explicar-lhes as regras e  
        sobretudo mostrar-lhes  nos seus mesmos discursos  ou em algum 
        livro vulgar e carta bem escrita e fácil  o exercício e a razão de 
        todos esses preceitos   (...)  
           Luís António 
        Verney,
        Verdadeiro Método de Estudar, Carta Primeira  
          
          
          
        Trabalho prático 6 
        Propositadamente, no texto seguinte, foram eliminados os acentos e os 
        sinais de pontuação:  pontos, vírgulas, travessões, reticências, 
        pontos de interrogação...  Leia  e  corrija o texto. 
          
           numa destas ocasioes em que voltava de dentro do quarto do irmao encontrou se com um 
        criado  rapaz ainda  o qual   encostado a ombreira da porta do jardim  
        parecia tao dominado por pensamentos penosos  que nem lhe deixaram 
        perceber a aproximacao de Jenny 
           a jovem 
        inglesa olhou  o com bondade e  parando junto dele  perguntou-lhe 
         
           Como esta 
        sua mae   Jose 
           o  rapaz 
        voltou a si e tomando logo uma atitude de respeito   respondeu 
           hoje ainda 
        nao sei  minha senhora   ontem porem deixei-a bem mal 
           Hoje nao 
        sabe! 
        ─ 
        exclamou Jenny   desviando o olhar para o relogio do corredor  que 
        marcava onze horas e meia. 
        ─  
        Nao sabe  e  e perto do meio-dia! 
           entao  minha 
        senhora?   como o Sr   Carlinhos se levanta mais tarde... 
           ─ 
        Va ve la,  Jose   va   Naquele estado   coitada!...  
        sabe la a falta 
        que lhe estara fazendo? 
           ─ 
        Mas  se  
           va;  carlos 
        nao lhe importa    eu lhe direi   Ande  va 
           Entao muito 
        agradecido   minha senhora 
        ─ 
        disse o rapaz   sensibilizado com a bondade da sua jovem ama 
           Jenny 
        continuou passeando 
           ao passar 
        junto das escadas do mirante  parou  afirmando se em alguma coisa   que 
        via nelas    subiu dois ou tres degraus e curvou se para observar 
        melhor;  era uma pena de ave  que o vento transportara do patio para 
        ali   Jenny nao pode reprimir um pequeno movimento  de desagrado 
           o 
        escrupuloso amor do asseio   radicado no caracter e nos habitos ingleses 
        nao lhe permitia ver com indiferenca aquilo 
           ─ 
        varreram-se hoje estas escadas   Pedro 
        ─  
        perguntou ela a um criado com longo avental branco  que naquele momento 
        passava no corredor 
           varreram   
        sim   minha senhora 
        ─ 
        respondeu este 
           repare
        
        ─ 
        acrescentou Jenny 
        ─ 
        a falar verdade sao bem pouco cuidadosos  Veja este corrimao cheio de po 
           ─ 
        E que se tornou a sujar    O  vento... 
           ─ 
        Seria;   mas nao tira que se limpe outra vez 
        
                       JÚLIO DINIS,
        Uma família Inglesa, capº IV. 
          
          
          
        Trabalho prático 7 
        Propositadamente, no texto seguinte, foram eliminados os sinais de 
        pontuação. Tente compreender o sentido do texto e coloque adequadamente 
        os sinais de pontuação:  vírgulas,  ponto e vírgula, 
        travessões, reticências, etc. 
          
        MORGADO 
        À ceia   o 
        patrão   com a cara de poucos amigos  recusara-lhe as festas desta 
        maneira    deixa-te lá de brincadeiras e enche-me esse bandulho   que 
        amanhã de madrugada   nem que chovam picaretas    tal e qual  meteu a 
        viola no saco  claro  e atirou-se ao penso como pôde   mas não sentia 
        vontade  tinha ainda no estômago os tojos que despontara à tarde no 
        monte  e andava  sem saber porquê  de coração apertado  além disso  
        aqueles modos do dono até parece que endureciam o feno  a gente também 
        vive de boas palavras   e  com toda a franqueza  gostava do sujeito  
        desde que ele  há seis anos  na feira dos vinte e três  o distinguira no 
        meio de um regimento de azémolas e lhe dera uma palmada rija na anca  
        simpatizara com a sua figura atarracada  vermelha  a respirar alegria   
        quanto custa o jerico       vinte libras   não é estampa para tanto 
        dinheiro   ai o alma do diabo a desfazer  vinte libras   nem menos um 
        real  deixe o garrano por dezasseis  e já é caro como fogo   o cigano  
        mas logo que o viu contar as dezassete moedas e pegar-lhe à arreata  
        estremeceu de contentamento estava farto das bebedeiras do Preguiças  
        cheio até às orelhas de subir a malvada ladeira da Queda a ouvir-lhe  as 
        asneiras de bebedolas  mas era um macho  aguentava no lombo quinze 
        alqueires  de farinha como se fossem quinze alqueires de penas  e o 
        moleiro  com cardina ou sem ela  nas feiras  punha o preço em vinte 
        libras   e ninguém lhe pegava   isso é carregá-lo de oiro   e tinha de 
        regressar à loja   à maldita loja encostada ao moinho  ao lado da roda  
        sempre molhada e toldada de barulheira  e no dia seguinte trepar 
        novamente a encosta  ao som da mesma cantilena de sempre  Zumba na barra 
        da saia, ó Zé...     comida -  carqueja   palha  cevada estreme  e só lá 
        de tempos a tempos uma mãozinha de grão   vida negra   por isso  quando 
        o fulano chegou e lhe deixou cair a mão larga na garupa  sentiu-se 
        redimido   e apenas ele se lhe escanchou em cima e o meteu pela estrada 
        de Feitais  parecia-lhe que ia pelo ar  de tão feliz   em casa   logo 
        uma manta a resguardá-lo dum resfriado  e milhão branco e graúdo na 
        manjedoira  um céu aberto  evidentemente que não havia só rosas naquela 
        casa   longe disso   o macho dum almocreve  sabe Deus   mas  bem comido 
        e bebido  um homem trabalha com alegria  de mais a mais se o patrão diz 
        o seu dito de vez em quando   a animar  ah  Morgado  que me deixas ficar 
        mal     (...) 
        
                                  MIGUEL TORGA,
        Bichos 
          
          
        Trabalho prático 8 Os 
        dois textos a seguir transcritos foram extraídos de um jornal diário. Tivemos o 
        cuidado de os transcrever rigorosamente de acordo com os originais, 
        publicados no suplemento de domingo, dia 6 de Maio de 1990, página 10, 
        do jornal O Primeiro de Janeiro. Apenas omitimos a imagem 
        central, mostrando um utilizador frente a um computador e diversas 
        disquetes[16].   
        Além de pequenas falhas resultantes de uma 
        deficiente digitação, que denotam falta de cuidado ou ausência de 
        revisão de provas, os textos apresentam diversas incorrecções a nível da 
        translineação, da pontuação, da redacção e da sintaxe.  Existem 
        igualmente marcas de oralidade que poderiam ter sido suprimidas, 
        melhorando a qualidade textual da informação. 
          
        Leia atentamente os textos e procure corrigir as 
        deficiências e melhorar o conteúdo. 
        
  
 
 
        
  
        
        ________________________________
 
        
        [12] –
        
        Acerca do emprego das maiúsculas, além do acordo ortográfico já citado, 
        consulte-se o volume I, páginas XXXIX a XLVI do dicionário
            Lexilello,  Porto, Lello & Irmão, Editores, 1989. 
        
        [13] –
        
        Alem da Senhora da Assunçao, que e orago, tem altares a Senhora do 
            Rosário, Senhora das Dores, Senhora dos Remedios, Senhora do 
            Livramento, Menino Jesus, Almas do Purgatorio, S. Gens e ultimamente 
            a Senhora de Fatima. Quase todas estas imagens eram, ainda ha pouco 
            tempo, de vestir. 
        
        [14] –
        
        Na procissao nocturna de sexta-feira santa, pelas ruas de janelas 
            iluminadas e decoradas com as mais finas roupas, as mulheres gritam 
            e muitos dos homens soluçam. 
        
        [15] –
        
        Por muito longe da terra que se encontrem, os quadrazenhos nunca 
            faltam no aniversário das almas (13 de Março) nem na festa de Santa 
            Eufemia (16 de Setembro). 
        
        [16] 
        –Em 
        2010, momento em que reconvertemos a Gramática da Comunicação 
        para um formato em html, este texto constitui em certa medida um 
        documento histórico, uma vez que nos fala de um suporte de informação 
        hoje praticamente desaparecido e substituído por sistemas mais compactos 
        e de alta capacidade de armazenamento de ficheiros informáticos. Há 
        muito as «pens» substituíram as disquetes, tal como estas, dentro 
        de algum tempo, irão provavelmente ser substituídas por outros suportes 
        mais evoluídos. |