Vasco Augusto Ferreira Branco nasce em Aveiro a 27 de Setembro de 1919. Em 1930, termina o Curso Comercial, na Escola Comercial e Industrial.

 Entre 1933 e 1935, frequenta o Curso Industrial de Desenho e Pintura Cerâmica. Aí segue as aulas de Silva Rocha e Gervásio Aleluia, bem como as de modelação do escultor Romão Júnior.  

Em 1944, termina o Curso de Farmácia na Universidade do Porto, onde convive com um dos mais prestigiados professores da U.P., o Professor Abel Salazar, médico, pintor e teórico de arte.

Em 1945, faz a sua primeira exposição individual.

Inicia em 1947 uma colaboração regular em Mundo Literário, a revista dirigida por Adolfo Casais Monteiro. De resto, a sua colaboração em jornais e revistas vai continuar ao longo dos anos: Bandarra, Litoral, entre outros.

A sua primeira produção literária em livro, Telhados de Vidro, data de 1952 e é uma edição de autor.

Em 1955, funda com outros aveirenses o Cine-Clube de Aveiro; em 1958, surge o seu primeiro filme O Bebé e Eu, galardoado com o primeiro prémio no Concurso Nacional do Clube Português de Cinema de Amadores de Lisboa.

A sua actividade ramifica-se: ministra um Curso de Iniciação Cinematográfica (1961) e profere algumas conferências em 1962.

A sua produção como pintor não diminui. Em 1963 colabora na Exposição Colectiva que tem lugar no Teatro Aveirense.

Em 1964, Vasco Branco é membro do Júri internacional do Festival de Cannes. Em 1965, uma revista suíça, Cinéma international, faz referências bastante elogiosas ao seu filme Tocata e Fuga.

Em 1967, vê o seu nome dado a um troféu pelos mais representativos cineastas amadores do país.

Preside ao 1º Congresso Nacional de Cinema Amador, organizado pelo Clube dos Galitos de Aveiro (1970).

Em 1971, ajuda a fundar com outros artistas aveirenses o Grupo Aveiro/Arte e expõe pintura e escultura em Aveiro.

O ano de 1972 dedica-o especialmente à cerâmica, a fazer conferências e a exibir os seus filmes.

Em 1973, ajuda a fundar o semanário Libertação.

No ano de 1975, lecciona, de parceria com Afonso Henrique, um curso de aperfeiçoamento de modelação e pintura cerâmica no Conservatório da Fundação Calouste Gulbenkian de Aveiro.

Para o Infantário da Vera-Cruz realiza, em 1976, um painel cerâmico; em 1977, é representado na Exposição de Cerâmica das Caldas da Rainha.

Três obras suas são incluídas numa antologia búlgara em 1978. No ano de 1980 assume a direcção gráfica da revista Figuras e expõe cerâmica na Cooperativa Árvore (Porto). É convidado para fazer parte do júri do Cinanima.

Em 1981, executa dois painéis para o Banco Português do Atlântico e recebe encomenda do Museu Marítimo de Ílhavo para a entrega de pequenos painéis.

Colabora na retrospectiva de cinema amador do distrito organizado pelo CETA (Aveiro).

Em 1984, faz uma conferência sobre poluição, que traduz as suas preocupações no âmbito da protecção do ambiente e da qualidade de vida. Neste mesmo ano, torna-se sócio de Amics do Centro Joan Miró.

Em 1985, a Câmara Municipal de Aveiro encomenda-lhe dois murais de grés em relevo para revestimento de duas ruas da cidade. É nesse mesmo ano o Presidente do Júri Internacional do Cinanima 85.

Apresenta em 1988, e de parceria com os seus filhos, as séries em vídeo Olhos de Ver e As Mãos e o Rosto. Faz parte do III Festival dos Países de Língua Oficial Portuguesa. Em 1990 é-lhe confiado o elogio de Manoel de Oliveira, na homenagem que a Cooperativa Grande Plano lhe presta, aquando do IV Festival dos PLOP. É desde 1992 membro do Conselho Geral da Fundação João Jacinto de Magalhães.

Em 1993, expõe com os seus filhos na Galerie Schonimer, no Luxemburgo. É distinguido com a Medalha de Mérito Municipal pela C.M.A. e com a Medalha de Mérito Internacional pelo Clube Lions de Santa Joana Princesa.

Vasco Branco está referenciado na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, no Dicionário de Literatura, de Jacinto do Prado Coelho, em Artes Plásticas Portugal, em Artesanato da Região Centro, em Guia D’Arte e em Singularidades do Cinema Português de Roberto Nobre.

O nosso homenageado de hoje, Vasco Branco, recebeu inúmeros prémios, nacionais e internacionais, nas áreas do cinema, da literatura e do artesanato contemporâneo.  

Abílio Tarrinha


Para mais informações relativamente a Vasco Branco, pode o leitor interessado consultar os textos publicados em 1996, por altura da homenagem que lhe foi prestada em Aveiro, integrada nas Comemorações dos 100 anos do Cinema Português.

VASCO BRANCO

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