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QUANTO DO PROGRESSO DE AVEIRO É DEVIDO À
ESCOLA DE FERNANDO CALDEIRA?
Esta pergunta,
atirada, como foi, à ponderação de cerca de duzentos antigos alunos e
professores da Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira,
encontraria resposta imediata: quem olhasse derredor reconheceria nas
três quartas partes dos presentes — os discípulos — expressiva
representação da finança, da indústria, do comércio, da função pública,
da arte e do artesanato, até da medicina e do foro. E foi precisamente
um homem do foro — o conhecido advogado aveirense Dr. Sebastião Marques,
antigo aluno da tão prestigiada «Universidade da Costeira», como
jocosamente se chamava à velha Escola — quem, em dado passo do seu
discurso, atirou a pergunta à ponderação daquela fraterna assembleia,
levando em conta que os que estiveram, em corpo e em espírito, eram
minguada parcela dos muitos que só em espírito ali estiveram e dos
muitos — muitíssimos já! — que apenas estiveram ali em saudosa memoração;
e considerando, no total dos que passaram pela tão prestigiada Escola
Industrial e Comercial de Fernando Caldeira, as quantiosas parcelas de
operoso dinamismo que, em muitos e multiformes sectores, deram à vasta
região aveirense, será enorme o positivo saldo de benefícios, de que
Aveiro terá que considerar-se perenemente devedora à tão prestante
instituição escolar.
|
Amigos alunos e
professores da Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira
reuniram-se, por iniciativa daqueles, no pretérito domingo. Foi o
primeiro encontro após um quarto de século - o primeiro duma já
preconizada série de encontros em que periodicamente voltarão a
reunir-se, em sã camaradagem, alunos e professores da velha
«Universidade da Costeira» - com júbilo e... lágrimas. |
Foi de sã camaradagem, de saudosa evocação, mas também de auspiciosas
perspectivas, o encontro dos alunos que frequentaram a Escola Industrial
e Comercial que, em 1914, viria a ter como (Continua na página cinco)
patrono Fernando Caldeira, para, ao cabo de mais de três décadas, ficar
inominada. Ainda que com mais fundas raízes (desde 1867, volvido,
portanto, mais de um século) lançadas e alimentadas pela diligência
camarária, sob proposta do austero professor liceal Dr. Elias Fernandes
Pereira (então dinâmico e, em muitos aspectos, precursor elemento da
vereação municipal), a Escola de Fernando Caldeira foi sequência da
Escola de Desenho Industrial, criada oficialmente em 1893 por portaria
de Bernardino Machado, ao tempo Ministro das Obras Públicas. Pois o
primeiro congresso (e congresso foi, na medida em que desta reunião
resultaram realizáveis sugestões de carácter prático) dos antigos alunos
da Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira teve a presença de
representantes de gerações anteriores mesmo ao baptismo do tão fecundo
estabelecimento e das subsequentes, que nele aprenderam, até há um
quarto de século.
O encontro de 5 do
corrente deve-se à iniciativa de quatro antigos alunos, hoje cidadãos de
marcados préstimos e acção relevante na vida social: António Barreto
Martins, Artur Casimiro da Silva Naia e José Fernando Rodrigues Soares,
todos creditados industriais da nossa praça, e o zeloso funcionário
camarário de Ílhavo, João Maria dos Santos Batel. Levaram eles a cabo
afanosamente — e brilhantemente! — uma empresa de cujos resultados
muitos duvidavam. Pois os resultados da magnífica jornada — que deixou
marco na vida local — mostraram quanto pôde a vontade e a tenacidade de
quatro antigos alunos que fizeram renascer em glória a sua antiga e
gloriosa Escola, neste primeiro domingo de Setembro corrente, que
glorioso ficará para a sua história.
O
PROGRAMA CUMPRIU-SE
O programa — de que,
oportunamente damos conta nestas colunas — cumpriu-se.
Pelas 10 horas,
começou a concentração na Praça da República, para onde se voltam os
edifícios da Misericórdia, em cujos anexos esteve instalada, durante
cerca de trinta anos, a Escola Industrial e Comercial de Fernando
Caldeira e lá se viu renovado, por um dia, numa feliz evocação, letreiro
do painel identificador, há muito apeado da nobre frontaria.
Depois, realizou-se,
no Salão Municipal de Cultura, uma sessão de boas-vindas. E lá estava,
em lugar de evidência, a bandeira da antiga Escola, que saíra das mãos,
mães habilíssimas, da saudosa mestra D. Otília de Lemos Loureiro e das
suas alunas. E lá tomaram assento, na mesa de honra, o Presidente do
Município, Sr. Dr. Artur Alves Moreira, ladeado pelo antigo Director da
Escola Sr. Prof. Júlio Augusto Cardoso (hoje com 88 anos de idade), o
aluno mais velho (as 85 primaveras do Tenente Leonardo Campos de
Almeida), o professor com mais anos de docência, Sr. Dr. Manuel Marques
Damas, e o aluno mais novo da velha Escola, Sr. José Lourinho Ferreira
(36 anos). O antigo aluno David Cristo — que também viria a ser ali
professor — saudou, naquela primeira qualidade e em nome de todos os
antigos alunos, os antigos professores e mestres; evocou nomes, relevou
méritos e evidenciou o mérito da Escola — conquistado e firmado, ao
longo dos anos e desde os primórdios não-oficiais — acentuando alguns
passos mais significativos da sua história; e endereçou especiais
cumprimentos ao ilustre Presidente do Município, representante ali de
todos os Aveirenses, símbolo do empenho municipal posto, no século
passado, ao serviço do ensino técnico e, ele próprio, grande
dinamizador, em nossos dias, do prestígio e prolongamento, a mais
dilatado nível dos atinentes estudos. O Sr. Presidente da Câmara disse
depois, em sucintas mas expressivas palavras, do seu júbilo por ver
reunidas, numa dependência municipal, tantas e tão dignas personalidades
que bem patenteavam, por seus merecimentos, o merecimento da Escola que
lhes guiou, na vida, os primeiros passos.
Dali, bandeira à
frente, conduzida pelo Sr. Tenente Leonardo Campos de Almeida, saíram
todos para o pátio da Misericórdia, onde o Sr. Dr. Manuel Marques Damas,
em ambiente de intencional singeleza — por isso mesmo de requintada
beleza — deu a sua programada lição simbólica, depois de «chamar para a
aula» a velha sineta, a toque do venerando velhinho, que foi bondoso e
paternal contínuo da Escola, Sr. José Pinheiro Palpista. As palavras do
prestigiado professor — rijo e competente professor, que, sempre com a
mesma notável proficiência, leccionou diversíssimas disciplinas —
tiveram ainda o enérgico timbre duma voz respeitosamente escutada por
muitas gerações de alunos ao longo de muitíssimos anos: palavras que
foram mais uma lição de quem exigia com humanidade (mas exigia!) ao
mesmo tempo que, com a mais compreensiva tolerância, desculpava
humaníssimos erros e pacientemente esclarecia os menos esclarecidos e
entusiasmadamente incentivava os que mais prometiam. Foi lição — laivada,
aqui e além, duma palavra de saudade; e foi memoração de acontecimentos,
ali revividos e, assim, ali vividos, como, ali mesmo, vividos tinham
sido décadas antes. E quis o Sr. Dr. Manuel Marques Damas que aquela
lição permanecesse, oferecendo a todos os presentes a sua bela e sentida
Exortação à Mocidade «/.../ sede alegres, mas ordeiros; alegres, mas
de uma alegria sã e digna e, acima de tudo, e em tudo, SEDE HOMENS!»); e
ofereceu ainda o valioso opúsculo, de sua autoria, «O Cálculo Mental
ao alcance de todos»; e ofereceu também exemplares do seu magnífico
livro «Se aquilo que a gente conta...» às duas alunas mais
antigas (Sr.ª D. Maria João das Dores Salgado Henriques e D. Maria
Estela Fernandes de Pinho), aos dois mais antigos alunos (o já referido
Sr. Tenente Campos de Almeida e senhor José Vilela Rodrigues, este de 77
anos), bem como a cada um dos quatro diligentes elementos da Comissão
Promotora do encontro. E... a sineta tocou uma vez mais, desta vez a
anunciar o fim daquela aula inesquecível.
Seguiu-se a missa
de sufrágio pelos professores e alunos falecidos. Foi celebrante e
proferiu uma significativa homilia o Rev.º Padre António Augusto de
Oliveira, professor da extinta Escola e professor ainda na sucessora
e actual Escola Industrial e Comercial de Aveiro.
Depois, foram
todos em romagem ao Cemitério Central pleitear os da Escola,
professores e alunos, que transpuseram já a linha da vida; e, ali,
houve um minuto de silencioso recolhimento e foram depostas flores,
no sopé do obelisco aos Aveirenses mortos pela Liberdade, por uma
das mais novas antigas alunas, Sr.ª D. Marília Pereira da Silva
Oliveira. |
|
O antigo professor
Dr. Manuel Marques Damas proferindo a sua «lição simbólica» - que
foi mesmo real e válida lição. |
Autocarros, postos à
disposição dos organizadores pelo antigo aluno — hoje importante
industrial do ramo de transportes colectivos — Sr. Gilberto Nunes,
conduziram os participantes à actual Escola. O elemento da Comissão
Promotora, Sr. Artur Casimiro da Silva Naia, em nome desta e de todos os
antigos alunos, saudou o Sr. Dr. Amadeu Eurípedes Cachim, que, há vinte
e quatro anos, tão competentemente dirige a Escola Industrial e
Comercial de Aveiro — e fê-lo em termos de sentido respeito pessoal e de
profundo reconhecimento pela continuidade dada ali aos nobilitantes
pergaminhos do ensino técnico aveirense. O ilustre Director agradeceu; e
acentuou que, se aquela excelente jornada se tivesse realizado, não em
férias, mas em tempo escolar, seria então óptimo ensejo de mostrar, ao
vivo, aos estudantes de hoje, o nobilitante exemplo dos estudantes de
ontem — para que o seguissem e o projectassem nos rumos dos estudantes
do futuro. Foi depois uma visita a dependências da Escola.
Aos portões do
edifício, uma surpresa aguardava os confraternizantes: alegres acordes
da aprumada e conceituada Banda do Internato de Aveiro. Ali estavam os
rapazinhos — músicos a lembrar que a Secção de Barbosa Magalhães do
antigo Asilo-Escola Distrital, que teve e manteve notável fanfarra e de
que o Internato é hoje sequência, serviu de primeira casa da primeira
oficializada Escola Técnica de Aveiro; e ali estava os eu hábil regente
e esforçado maestro, Sr. Severino dos Anjos Vieira, a juntar-se, com a
dádiva da solfa, aos seus antigos colegas, ele, que também foi aluno da
Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira!
No Hotel Imperial —
para onde todos depois seguiram em cortejo, banda e bandeira, na frente
— foi servido o almoço, sob presidência do actual Director da Escola
Industrial e Comercial de Aveiro. Na altura própria, usaram da palavra:
o Sr. João Batel (este para ler o expediente — cartas ou telegramas dos
que não puderam comparecer, entre eles, dos Srs. Dr.s Agostinho de
Sousa, José Pereira Tavares e Fernando Homem Christo, antigos
professores dos antigos alunos Srs. Urgel Pereira, radicado em Malange,
Rogério de Brito, Director-Geral do Banco Comercial de Angola em
Lourenço Marques, Jaime da Naia Sardo, funcionário superior dos Correios
em Carmona, e do antigo Chefe da Secretaria da Escola Sr. Manuel
Teixeira Garrido); o Sr. José Fernando Rodrigues Soares, que, depois de
judiciosas e oportunas considerações, leu um escrito da Comissão
Promotora, pedindo que a antiga bandeira da Escola venha a ficar e a ser
exposta nas velhas dependências da Misericórdia, onde se prevê a criação
de um núcleo museológico e de estudos, e sugerindo que se solicite à
digna Mesa da Santa Casa que diligencie quanto antes pela continuidade
das obras de restituição do belo e histórico imóvel, pedido e sugestão
que foram ratificados com longos e quentes aplausos; o sempre jocoso —
foi um aluno histórico! — Sr. Tiago da Nóbrega e Silva; a Sr.ª D. Maria
da Conceição Gamelas, que dedicou ali saborosos versos ao Sr. Dr. Manuel
Marques Damas; o Sr. Carlos Marques Mendes, que evocou nomes e factos; o
Dr. David Cristo, em breve complemento das palavras que proferira de
manhã; o Sr. Eng.º Jorge Segismundo Álvares Pereira de Lima, antigo e
prestigioso Director da Escola Industrial e Comercial de Braga e
dedicado amigo do Sr. Dr. Manuel Marques Damas, que deu eloquente
testemunho do seu apreço pelo convívio são daquele dia; o Sr. Dr. Manuel
Marques da Silva que com tanto saber e dedicação leccionou na Escola e
no Liceu, para, num eloquentíssimo discurso, traçar uma tocante
panorâmica no enquadramento do tema do dia; o Sr. José Pinheiro Palpista,
que, ao lembrar os tempos em que serviu na Escola, não conseguiu evitar
que as lágrimas lhe embargassem a voz; o Sr. Dr. Manuel Marques Damas
que, uma vez mais, deu lição, fazendo judicioso balanço daquele encontro
e do seu transcendente significado; o Sr. Carlos Manuel Gamelas, sempre
de palavra enérgica e fluente, para enaltecer o devotadíssimo contributo
do actual Presidente do Município a favor de mais dilatados horizontes
para o Ensino Técnico aveirense; o Sr. Álvaro de Melo Albino, que
lembrou, com muito espírito, um episódio ocorrido numa aula do Sr. Dr.
Manuel Marques Damas, lendo escrito que tencionamos publicar neste
jornal; o venerando construtor septuagenário, Sr. José Vilela Rodrigues,
que deu ali o seu depoimento de antigo aluno; o Sr. Dr. Artur de Mira
Coelho, actual e distinto Director da Escola Técnica da Figueira da Foz,
que fez uma bela e retrospectiva evocação dos tempos em que ensinou na
Escola de Aveiro; o advogado aveirense, Sr. Dr. Sebastião Marques —
objectivo e preciso na impecável maneira de dizer —, para propor que se
organize e rapidamente se dê vida a uma Associação de Antigos Alunos (e
logo, por aclamação, o nome do ilustre causídico foi designado para a
presidência, e, logo também, fixado prazo para elaboração e apresentação
do respectivo estatuto); o Sr. Idomeu Rigueira, ilhavense residente no
Porto que lembrou a possibilidade de se concretizar (o que já foi
pensado) a criação de uma Casa de Aveiro na capital do Norte; o Sr. Dr.
Artur Alves Moreira, ouvido de pé, que disse do desejo da Câmara
Municipal, a que preside, de consagrar publicamente a memória daqueles
homens de que o concelho é devedor por inesquecíveis serviços e referiu
as esperanças de que, com o esforço de todos e a compreensão dos poderes
públicos, pode, como deve, ser um facto o almejado instituto Politécnico
em Aveiro, agora em seguimento da breve oficialização do Instituto Médio
de Comércio, causa pela qual o Município tanto labutou; e, a finalizar,
o Sr. Dr. Amadeu Eurípedes Cachim, que propôs a nomeação do Sr. Dr.
Artur Alves Moreira para antigo aluno honorário da Escola Industrial e
Comercial de Fernando Caldeira (o que foi sublinhado com prolongada
salva de palmas), congratulando-se pelo nível e expressão do encontro —
que oxalá seja o primeiro no rol de já preconizados e subsequentes
periódicos encontros.
Ali todos vivos — atÉ OS MORTOS!
Todos vivos ali até
os mortos! Que também estes ali viveram, em agradecida e saudosa
evocação. Os vivos já retirados dos serviços do ensino — dos mais
qualificados aos mais modestos —, ou longe agora do ensino local, foram
ali aclamados em espontâneo reconhecimento, por muitos que deles muito
beneficiaram, fosse da sua ciência, fosse da sua paciente paternalidade.
E ali se falou ainda
dos que, não tendo ensinado em Aveiro, ou exercido aqui quaisquer outras
funções na Escola, deram, todavia, apreciável contributo para tornar
possível e vivente o Ensino Técnico local, ou o nobilitaram com seu nome
ou o animaram com seu incentivante aplauso. E assim vieram à ribalta
Bernardino Machado, os três do primeiro júri de exames, que tanto e em
tão boa hora, sem reservas louvaram a excelência docente aveirense — e
se chamaram António Arroio, António Augusto Gonçalves e Vancriken; e
falou-se do patrono Fernando Caldeira, polifacetado espírito de
intelectual e artista — que sabiamente governou o nosso distrito; e do
Dr. Edmundo de Magalhães Machado, que, à sua custa, por um ano, garantiu
em Aveiro o Ensino Técnico; e vibrou-se, com emocionado entusiasmo, ao
ser proferido o nome do saudoso professor e Director Francisco Augusto
da Silva Rocha, para ele se pedindo pública e perdurável consagração em
condigna rua ou praça da cidade (sugestão que, aliás por outros
reiterada, viera ali na carta do jovem nonagenário, antigo professor do
Liceu e da Escola, Dr. Agostinho de Sousa, cuja leitura foi escutada de
pé e demoradamente aplaudida); e relembraram-se os nomes e acção dos Drs
Elias Fernandes Pereira, Eduardo Silva, Barjona de Freitas, Rosário
Marques, José Gamelas, Narciso de Azevedo, Alberto Souto, de João da
Maia Romão e de seu filho, o grande e infortunado artista Romão Júnior,
do mestre-entalhador, José, Martins, e da mestra-fada-da-agulha D.
Otília de Lemos Loureiro; de João Mota, a facilitar, sempre
solicitamente, na Secretaria, o pronto e fácil despacho na papelada dos
alunos e a aconselhá-los com amigo aviso, e a interceder por eles; de
seu pai, que foi o primeiro contínuo da Escola, com vencimento mensal de
três mil réis; e do bom continuo Brito; e, dos vivos, proferiram-se, e
saudaram-se com ovações, os nomes e as pessoas dos Drs. José Pereira
Tavares, Manuel Marques Damas, Manuel Marques da Silva, Proença,
Fernando Homem Cristo, Manuel da Fonseca, Jacinto Ramos, Mira Coelho,
Pinto Ferreira, actual Director da Escola Técnica de Braga; e, muito
entusiasticamente, dos irmãos Aleluia (Gervásio e Carlos); de Armando
Madaíl, de Manuel dos Reis, de Júlio Sobreiro; e, muito
enternecidamente, do último Director da Escola Industrial e Comercial de
Fernando Caldeira, professor Júlio Augusto Cardoso; e, com muita
simpatia, dos Drs, Amílcar e de sua esposa, Dr.ª Maria Fernandes, do
Tenente Natividade e Silva; e do velho e bondoso José Pinheiro Palpista
e da bondosíssima senhora Aurora.
Abraços, risos,
lágrimas até... — emoção em júbilos, com água nos olhos!
DOIS
TELEGRAMAS
Aos ilustres titular
da pasta da Educação Nacional e Governador Civil do nosso distrito foram
enviados telegramas de saudação, agradecendo-lhes o empenho dispensado à
causa do ensino Técnico em Aveiro, nomeadamente na oficialização do
Instituto Comercial, e impetrando diligências no sentido da criação aqui
do tão ansiado e útil Instituto Politécnico.
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