“PRIMEIRO DE JANEIRO” – 02/08/1971
PRÓXIMA REUNIÃO DE ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA TÉCNICA
Vai efectuar-se no dia 5 de Setembro
próximo a primeira reunião de antigos alunos da Escola Industrial e
Comercial de Fernando Caldeira — pois durante largo tempo teve a
Escola Técnica desta cidade como patrono aquele mimoso poeta aguedense
e antigo governador civil de Aveiro. A simpática jornada de
confraternização estender-se-á a todos os que frequentaram aquele
estabelecimento de ensino até 1946, isto é, até há um quarto de
século.
Nas suas linhas gerais, o programa
constará do seguinte: às 10 horas, concentração na Praça da República,
seguida de uma sessão de boas vindas no salão dos Serviços Culturais
da Câmara Municipal, aos antigos professores e alunos, usando da
palavra o Dr. David Cristo; às 11 horas, aula simbólica, na antiga
escola, nos anexos da Misericórdia, pelo antigo professor Dr. Manuel
Marques Damas; às 11h30, missa de sufrágio, celebrada pelo professor
Rev. António Augusto de Oliveira; às 12 horas, romagem ao Cemitério
Central; às12h30, cumprimentos ao actual director da Escola, e visita
a esta; às 13 horas, almoço de confraternização em local a designar de
acordo com as exigências do número de inscrições. Estas, que se
prolongam até ao próximo dia 20, podem efectuar-se na Rua do Dr. João
de Moura, 75, Telef. 24071/2, e na Avenida do Dr. Lourenço Peixinho,
18 — Telef. 23207.
“Século” – 04/08/1971
Próxima reunião de
antigos alunos da Escola Técnica
Vai efectuar-se, no dia 5 de Setembro,
a primeira reunião de antigos alunos da Escola Industrial e Comercial
de Fernando Caldeira — pois durante largo tempo teve a Escola Técnica
desta cidade como patrono aquele mimoso poeta aguedense, e antigo
governador civil de Aveiro. A simpática jornada de confraternização
estender-se-á a todos os que frequentaram aquele estabelecimento de
ensino até 1946, isto é, até há um quarto de século.
Nas suas linhas gerais, o programa
constará do seguinte: às 10 horas, concentração na Praça da República,
seguida de uma sessão de boas vindas no salão dos Serviços Culturais
da Câmara Municipal, aos antigos professores e alunos, usando da
palavra o Dr. David Cristo; às 11 horas, aula simbólica, na antiga
escola, nos anexos da Misericórdia, pelo antigo professor Dr. Manuel
Marques Damas; às 11h30, missa de sufrágio, celebrada pelo professor
Rev. António Augusto de Oliveira; às 12 horas, romagem ao Cemitério
Central; às12h30, cumprimentos ao actual director da Escola, e visita
a esta; às 13 horas, almoço de confraternização em local a designar de
acordo com as exigências do número de inscrições. Estas, que se
prolongam até ao próximo dia 20, podem efectuar-se na Rua do Dr. João
de Moura, 75, Telef. 24071/2, e na Avenida do Dr. Lourenço Peixinho,
18 — Telef. 23207.
“Lutador” – 27/08/1971
I Reunião dos Antigos
Alunos da Escola Industrial e Comercial Fernando Caldeira
No próximo dia 5 de Setembro, como já
foi noticiado, reúnem-se os antigos alunos daquela Escola que a
frequentaram até 1946.
O programa foi assim elaborado:
10.00 horas – Concentração no Largo
José Estêvão seguida de recepção de boas vindas aos antigas
professores e alunos no Salão de Cultura da Câmara Municipal em que
usará da palavra o antigo aluno Ex.mo Sr. Dr. David Cristo;
11.00 horas – Aula Simbólica na antiga
Escola pelo professor Ex.mo Sr. Dr. Manuel Marques Damas;
11.30 horas – Missa de Sufrágio pelos
professores e alunos falecidos celebrada pelo professor Rev.o Padre
António de Oliveira;
12.00 horas – Romagem ao Cemitério
Central;
12.30 horas – Cumprimentos ao actual
Director da Escola Industrial e Comercial de Aveiro e visita às
instalações;
13.00 horas – Almoço de Convívio em
local a designar.
”O Comércio do Porto” —
04/09/1971
REUNIÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE
FERNANDO CALDEIRA
Como já ontem noticiámos, vai
realizar-se nesta cidade a primeira reunião dos antigos alunos da
Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira, de Aveiro,
daqueles que a frequentaram até ao ano de 1946.
O programa, que agora nos foi entregue
pela comissão organizadora, é o seguinte: às 10 horas, concentração no
Largo de José Estêvão, seguida de recepção de boas-vindas aos antigos
professores e alunos, no salão de cultura da Câmara MunicipaI. Usará
da palavra o antigo aluno Dr. David Cristo; às 11, aula simbólica na
antiga Escola, pelo professor Dr. Manuel Marques Damas; 11.30, missa
de sufrágio pelos professores e alunos falecidos, celebrada pelo
professor rev. António de Oliveira; 12, romagem ao Cemitério Central,
seguindo-se cumprimentos ao actual director da Escola Industrial e
Comercial de Aveiro e visita às instalações. Após esta cerimónia,
realiza-se um almoço de confraternização.
“Correio do Vouga” — 27/08/1971
REUNIÃO DOS ANTIGOS
ALUNOS DA ESCOLA DE FERNANDO CALDEIRA
Conforme já anunciámos, vai
realizar-se a primeira reunião dos antigos alunos da Escola Industrial
e Comercial de Fernando Caldeira, de Aveiro, que a frequentaram até ao
ano de 1946.
Será no dia 5 de Setembro, com o
seguinte programa:
10 horas - Concentração no Largo de
José Estêvão, seguida de recepção de boas vindas aos antigos
professores e alunos, no Salão de Cultura da Câmara Municipal, ,em que
usará da palavra o antigo aluno, sr. Dr. David Cristo.
11 horas - Aula Simbólica na antiga
Escola, pelo professor sr. Dr. Manuel Marques Damas.
11.30 horas - Missa de sufrágio pelos
professores e alunos falecidos, celebrada pelo professor rev.º Padre
António de Oliveira.
12 horas - Romagem ao Cemitério
Central.
12.30 horas - Cumprimentos ao actual
Director da Escola Industrial e Comercial de Aveiro e visita às
instalações.
13 horas - Almoço de convívio em local
a designar.
“O Comércio do Porto” — 07/09/1971
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NOTA DE ABERTURA
O farol, um farol
luminoso, vemos nós, todas as noites, a guiar os nossos navegantes, as
nossas gentes do mar. E, de longe, lá está ele a espargir raios, luz,
clarão. E o farol ilumina tanto mais quanto mais é de breu a noite. A
sua clareira vai mais longe, vai mais ao largo! E o farol da BARRA de
Aveiro lá está atento a tudo. Esta evocação vem-nos agora a propósito
de que foi dele, ou por causa dele, que nasceu para Aveiro, e sua
região, uma nova era de cultura no campo do ensino técnico.
Estávamos em 1893.
O farol, o mais alto do País, era inaugurado solenemente pelo então
ministro das Obras Públicas, o grande estadista Bernardino Machado.
Por figuras ilustres desta região, foi-lhe dito da necessidade de se
aperfeiçoarem as condições técnicas. Aquele membro do Governo
mostrou-se interessado e, passado pouco tempo, publicava uma portaria
criando a Escola de Desenho Industrial; funcionou primeiramente na
secção de Barbosa de Magalhães do Asilo-Escola Distrital. Mais tarde,
em 1914, com secção comercial, tomou o nome de Escola Industrial e
Comercial do Dr. Fernando Caldeira; em 1916, passou para os anexos da
Misericórdia, mas antes, porém, estivera no edifício onde hoje é a
Capitania; em 1962 funcionou no Liceu Velho e, finalmente, em 1966
passou definitivamente para o actual e moderno edifício.
Feita esta
biografia de uma das escolas comerciais mais antigas do País, outra
coisa não queremos frisar nesta «Nota de abertura», senão que o farol
da Barra começou por ser um marco a assinalar uma data memorável para
a vida de Aveiro e ele continua, agora, ainda a dar luz, vida às
gentes aveirenses.
E quem diria a
Bernardino Machado que Aveiro muito lhe deve, que o seu genro, o
mestre Aquilino Ribeiro, viria mais tarde a cantar no seu
«Malhadinhas» as belezas da região aveirense e da raça das suas
gentes?! Aquilino Ribeiro, segundo há dias nos afirmou a sua
excelentíssima e distinta viúva, gostava imenso de Aveiro!
Coincidência, é certo, mas Aveiro muito deve a essa ilustre
família!...
I JORNADA DE
CONFRATERNIZAÇÃO DOS ALUNOS DA ANTIGA ESCOLA COMERCIAL FERNANDO
CALDEIRA
O dia de intenso
calor não conseguiu afastar alunos e professores da antiga Escola
Industrial e Comercial de Fernando Caldeira, de Aveiro, para se
reunirem, pela primeira vez, numa jornada que ficará histórica na
memória de todos quantos frequentaram aquele estabelecimento de ensino
desde a sua fundação, em 1914, até 1946.
Foi um dia em que se viveram horas de
saudosismo, de saudações, de reconhecimento, em que se fizeram
projectos para o futuro e se analisaram factos presentes, em que se
solicitaram empreendimentos para valorização do ensino no distrito e
na cidade, em que se apresentaram sugestões válidas que a
concretizarem-se seriam capazes de altos benefícios para a educação,
em Aveiro.
A jornada, que reuniu cerca de duas
centenas de professores e alunos, iniciou-se de manhã, com
concentração no largo do grande tribuno José Estêvão, seguindo-se a
recepção de boas-vindas aos antigos professores no Salão de Cultura da
Câmara Municipal. Presidiu o Dr. Artur Alves Moreira, na qualidade de
presidente da Câmara Municipal. Ladeavam-no o professor Júlio Augusto
Cardoso, último director da Escola Fernando Caldeira e presentemente
com a idade de 88 anos; Dr.Manuel Marques Damas, o professar com mais
tempo de serviço; tenente Leonardo, o aluno mais antigo, e José
Lourinho, o aluno mais novo.
O Dr. David Cristo, que foi aluno
daquela Escola e leccionou nela mais de duas décadas, foi o orador
escolhido para a sessão solene, passando pela frente do vasto público
como nasceu, como cresceu e como desapareceu, para dar lugar a actual
Escola, o estabelecimento de Fernando Caldeira.
A
aula simbólica — Sede Homens
Após a sessão, todos se encaminharam
para a sua antiga Escola — ao lado da igreja da Misericórdia. Ali, no
átrio, com todos os alunos à sua volta, o Dr. Manuel Marques Damas deu
a sua aula simbólica, saudou a todos e contou, com humorismo, certas
peripécias da sua vida de professor com alunos ali presentes, que de
vez em quando ia chamando. Ofereceu recordações das suas obras, e a
todos entregou uma saudação. Nela reproduziu o seu sentir, o seu apelo
à juventude de hoje. E terminou: «Sede alegres, mas ordeiros; alegres,
mas de uma alegria sã e digna e, acima de tudo e em tudo. SEDE
HOMENS».
Depois desta lição, muito embora
simbólica, mas significativa, todos foram ao cemitério recordar os
mortos, seguindo dali para a Escola Técnica. Foram recebidos pelo
director, Dr. Amadeu Cachim, e pelo corpo docente. Saudou o actual
director Artur Casimiro, respondendo-lhe com palavras de agradecimento
o Dr. Amadeu Cachim. Nesta visita tomou parte a Banda do internato
Distrital.
A
bandeira ficará na antiga Escola
Num dos hotéis desta cidade, decorreu
depois um almoço de convívio. Iniciou a série de Brindes João Batel;
seguiu-se, em representação da Comissão Executiva, José Soares, que
leu um escrito elaborado por essa Comissão, no qual formulava dois
pedidos de muita transcendência, não só sentimental mas de carácter
prático e de valorização do património da cidade. Disse como nasceu a
bandeira da antiga Escola de Fernando Caldeira; do que ela vem
significando ao longo dos tempos, em momentos de aveirismo e
patriotismo; essa bandeira, agora, já nem sequer pode figurar como
símbolo da actual Escola e, portanto, sugeria-se: «que a bela e
expressiva bandeira possa ser vista e admirada, não só por todos nós,
os que a tivemos por docel protector e unificador e inspirador, mas
ainda por todos os que têm olhos e coração sensíveis à Beleza: merece
ela condigno e público escaparate de museu. E, porque, ao que consta,
vai ser dada nobilíssima destinação de repositório de arte às
dependências renascentistas onde, por tantos anos, teve sede, e deu
inumeráveis proveitos a tantas gerações, a Escola Industrial e
Comercial de Fernando Caldeira, é nosso parecer que a bandeira ficaria
bem ali, como perene evocação — e como incentivo permanente a jovens
mãos predestinadas, como as da D. Otília, a semear, sobre canteiros de
seda, policromas flores e reflexos de sol. Ficaria bem, ali, a nossa
bandeira, que hoje já nem sequer é símbolo da actual Escola, esta
muito respeitável, sem dúvida e por nós muito querida, já que é
prestigiada sucessora da velha Escola, mas sem o nome do patrono que
naquela bandeira se fixou para nosso permanente louvor. Ficaria bem,
ali, naquele ímpar conjunto arquitectónico, escrupulosamente
restituído, estética e historicamente, à sua traça inicial, pelo
carinho, devoção, sensibilidade e saber de um dos nossos, um que da
nossa Escola foi aluno e viria, por dilatado tempo, a ser professor em
cátedra atentamente escutada e respeitada — o Sr. Dr. David Cristo.
Ficaria bem, ali, no ambiente, que se preconiza, da vasta mostra da
obra inconfundível dos bairristas aveirenses de seiscentos e
setecentos, e junto dos mimos de arte que nos legou a fé dos nossos
avós. Ficaria bem, ali, a nossa bandeira, vivendo precisamente onde
nasceu!»
Que o velho edifício
da Escola seja restaurado e transformado em Museu de Estética e Estudo
A segunda petição oficial da Comissão
Executiva dizia: «A mais, porém, nos atrevemos: solicitar à digna Mesa
da Santa Casa de Aveiro — à qual, desde já, endereçamos os nossos
agradecimentos pela gentil cedência do pátio da Misericórdia para a
lição evocativa desta inolvidável manhã — que retome, sem mais
demoras, os trabalhos de restauro dos preciosos edifícios. E fazemos
este pedido na plena certeza de interpretar os sentimentos e desejos
de todos os aveirenses que anseiam por ver ali, em pleno coração da
cidade, um núcleo de estética e de estudo (para o qual já se registam
generosas promessas de gratuitas e inestimáveis contribuições);
aveirenses que, por outro lado (a não serem rápidas as diligências da
Santa Casa na preservação e defesa do que, sendo seu, poderá
aproveitar a todos), justificadamente receiam que tão auspiciosas
esperanças de Aveiro se escoem e se deteriorem ingloriamente, como
coisa fútil atirada às águas da nossa Ria, para irremediavelmente se
perderem no mar — onde, por vezes, naufragam tantas negligenciadas
riquezas...»
Falaram, ainda, Tiago Ribeiro; D.
Maria da Conceição Gamelas, presidente do Grémio de Aveiro; Carlos
Mendes, que evocou, além doutras figuras, o Dr. Alberto Souto e
Armando Madail. O Dr. David Cristo lembrou figuras aveirenses: Carlos
e Gervásio Aleluia, José Pinheiro e outros; o Eng.º Segismundo, antigo
director da Escola Industrial de Braga e natural de Viana do Castelo,
disse das semelhanças geográficas que há entre as duas cidades —
Aveiro e Viana — e José Pinheiro Baptista.
Lembrada a urgência de
se criar em Aveiro a Faculdade de Economia
Carlos Gamelas, o homem que fala
sempre com um entusiasmo invulgar, nomeadamente quando tem de se
referir à sua terra, dissertou sobre o valor económico que ocupa o
distrito de Aveiro no cômputo nacional e, a propósito, agradeceu ao
presidente da Câmara, ali presente, todo o carinho que tem dado ao
sector do Ensino Técnico, pedindo para que se continuem a envidar
esforços para que sejam criados estudos técnicos superiores e
alvitrou, mesmo, a criação de uma Faculdade de Economia.
Uma Casa de Aveiro no
Porto
Álvaro de Melo Albino, com humorismo,
leu algumas das passagens ocorridas com o Dr. Damas, nas suas aulas. E
a série de brindes sucedia-se: José Bilelo, Dr. Júlio de Mira Coelho,
director da EIC da Figueira da Foz; Edneu Rigueira, estabelecido em
Matosinhos, lembrou que já em tempos se pensou fundar no Porto uma
Casa de Aveiro, visto serem muitos os aveirenses ali radicados, mas
que obstáculos burocráticos prejudicaram as diligências.
Associação dos Antigos
Alunos da Escola Fernando Caldeira
O Dr. Sebastião Dias Marques dissertou
sobre o valor do Ensino Técnico, corroborando algumas das afirmações
já feitas por Carlos Gamelas. Apelou para que o presidente da Câmara
Municipal envide esforços para que do Ensino Técnico se passe para o
Ensino Superior, e lembrou também a criação de uma Faculdade de
Economia, na sede de um distrito em franco progresso, em todos os
sectores. Mais adiante afirmou que daquela reunião alguma coisa de
válido tinha de sair e que, para além do que já tinha sugerido, se
crie a Associação dos Antigos Alunos da Escola Fernando Caldeira.
O Dr. Damas, Dr. David Cristo e José
Soares voltaram a falar.
O primeiro, para mais uma vez
agradecer todo o carinho dispensado; o segundo, para sugerir que sejam
mandadas a todas as Escolas Técnicas do País saudações e, o último,
para propor que aquelas reuniões se façam todos os anos e que seja
presidente o Dr. Sebastião, incumbindo-se também de dar forma à
criação da Associação dos Antigos Alunos.
Criação duma Secção do
Instituto Comercial
O Dr. Artur Alves Moreira, presidente
da Câmara, depois de fazer algumas considerações e de afirmar que às
figuras ilustres começaria a dar-se-lhes o lugar que merecem e de que
sempre considera o Liceu de Aveiro como Liceu de José Estêvão,
anunciou em público, respondendo aos vários apelos ali formulados, que
foi em Aveiro criada, por portaria a publicar em breve, uma secção do
Instituto Comercial. Ficará dependente, por enquanto, do Porto.
Trabalha-se para que seja criado também o Instituto Industrial e para
a tal Faculdade de Economia, por que todos ansiamos. E todos não
descansaremos enquanto outros voos, no campo do ensino superior, não
sejam dados.
Encerrou o Dr. Amadeu Cachim, actual
director da Escola Técnica, que propôs fossem enviados telegramas ao
ministro da Educação Nacional, agradecendo o que acaba de criar e que
lhe seja pedida a criação da tal Faculdade de Economia. E que o Dr.
Artur Alves Moreira seja nomeado sócio honorário da Escola Comercial.
“Comércio do Porto” — 08/09/1971
CENTENAS DE ALUNOS
da
antiga Escola Industrial e Comercial de Fernando Caldeira
pedem um Instituto Politécnico
Foi uma jornada de muito merecimento a
que no domingo transacto se realizou nesta cidade, como já noticiámos.
Mais de duas centenas de alunos da
antiga Escola Comercial e Industrial de Fernando Caldeira
confraternizaram durante um dia. Mas para além da confraternização
algo de muito válido ficou e que está a produzir os seus frutos.
Nessa reunião foram enviados
telegramas ao governador civil de Aveiro e ao ministro da Educação
Nacional, agradecendo a recente criação do Instituto Comercial de
Aveiro. Mas agora vão mais além: formulam o pedido da criação rápida
de um Instituto Politécnico que sirva o distrito e a cidade em franco
desenvolvimento económico.
Assim, todas as forças vivas da cidade
e toda a cidade com aquelas juntam esforços para que as entidades
respectivas se apercebam bem da potencialidade dum distrito que é o
terceiro do País em quase todos os sectores da vida.