2
- O C.E.T. -
Centro de Estudos de Telecomunicações
O
C.E.T. é uma das
Direcções Centrais da Portugal Telecom, com funções de
Investigação e Desenvolvimento no âmbito das Telecomunicações.
Esta Direcção está enquadrada na empresa, facto que é
determinante na apresentação que se faz, anteriormente, da
empresa. Embora o estudo seja delimitado especificamente ao C.E.T., queremos esclarecer que a designação da empresa quanto
à função social, forma jurídica e actividade é relativa
à P.T., uma vez que o C.E.T.
não possui autonomia jurídica.
2.1
- Breve Historial
A
origem do C.E.T.
remonta a 1950, com a criação do Grupo de Estudos de Comutação
Automática (G.E.C.A.),
enquadrado na empresa Correios e Telecomunicações de
Portugal (C.T.T.).
A criação deste grupo foi uma iniciativa do Eng.º José
Ferreira Pinto Basto e a sua denominação deveu-se ao facto
da sua actividade se centrar ao nível da comutação automática,
em cujo domínio teve um papel muito importante. O alargamento
do seu campo de actividades traduziu-se no surgimento do
Centro de Estudos de Telecomunicações, no ano de 1972.
Desde
a sua criação como Centro de Estudos de Telecomunicações
até à actualidade, esta organização evoluiu nos aspectos
jurídico, económico e financeiro, tendo atravessado cinco
fases distintas que demarcaram a sua existência.
Em
1988, o C.E.T. era
uma Direcção dos Serviços Centrais da Direcção Geral de
Telecomunicações, dos Correios e Telecomunicações de
Portugal (C.T.T.),
hierarquicamente dependente do Director Geral de Telecomunicações
(D.G.T.). Tinha
como missão a
Investigação e Desenvolvimento de Equipamentos de
Telecomunicações, mantendo, para este efeito, uma estreita
colaboração com Instituições de Ensino Superior e com
outros Centros de Estudo de Investigação e Desenvolvimento.
Em
1990, os C.T.T. preparam a sua passagem de empresa pública para uma
sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Esta
reorganização separou as actividades operacionais de prestação
de serviços de comunicações das restantes actividades. Foi
assim, que em 10/05/90 o C.E.T. surgiu como Instituto Autónomo na dependência do D.G.T.,
por decisão do Conselho Administrativo. A esta altura,
o C.E.T. era
detentor de património próprio, passando a ter autonomia
científica, técnica, financeira e administrativa. Era
composto por um órgão de gestão, o Conselho Directivo e por
dois órgãos consultivos, o Comité Técnico e o Comité
Científico. A Missão que lhe era atribuída era, por um
lado, a Investigação e o Desenvolvimento no âmbito das
Telecomunicações, de forma a obter know-how tecnológico
de suporte às actividades da Telecom Portugal e empresas
associadas, por outro lado, competia-lhe a prestação de
serviços de suporte às telecomunicações.
Em
1991, inicia-se o processo de separação das actividades de
Telecomunicações e Correios, tendo o C.E.T.
ficado na dependência do Presidente do Conselho Executivo da
Área de Negócios - Telecom Portugal.
Em
1992, os C.T.T. passam a Sociedade Anónima e a Telecom Portugal é criada
por cisão simples. Esta empresa emergente obrigou a uma nova reestruturação organizacional, que voltou a
atribuir ao C.E.T.
o estatuto de Direcção Central na dependência hierárquica
do Conselho de Administração.
Em
1994, com a fusão entre a Telecom Portugal, S.A., os Telefones de Lisboa e Porto, S.A.(T.L.P.) e a Teledifusora de Portugal, S.A.(T.D.P.),
é criada uma empresa distinta, a Portugal Telecom, na qual o C.E.T.
continua integrado com o mesmo estatuto de Direcção Central.
Ao
longo dos anos, a cultura da organização tem sido
transmitida a um grande número de quadros superiores e
quadros técnicos que hoje asseguram a Gestão, Engenharia e
Operação da Portugal Telecom e Empresas Participadas.
A
cultura do C.E.T.
reside desde sempre na sua ‘utilidade’ suportada pela
imaginação, criatividade, profissionalismo e entusiasmo dos
seus recursos humanos.
Para
dar uma ideia da actividade desenvolvida ao longo dos anos,
calculamos que em 1990 estivessem instalados na rede
portuguesa cerca de 100 milhões de contos de equipamentos
projectados pelo C.E.T. e
fabricados pela indústria portuguesa.
Esta
actividade teve duas consequências positivas muito
importantes. Em primeiro lugar, o impulso que a actividade do C.E.T.
deu à Indústria Nacional de Telecomunicações e, em
segundo, a formação que proporcionou aos quadros da Portugal
Telecom, alguns dos quais ocupam hoje lugares de destaque nas
Telecomunicações Nacionais.
A
cultura do C.E.T.,
os seus trabalhadores e os projectos que desenvolvem,
constituem o factor diferenciador da Portugal Telecom
relativamente aos outros operadores de telecomunicações.
Pela sua capacidade de inovação, o C.E.T.
é um valor estratégico na competitividade que a empresa tem
de enfrentar.
2.2
- Caracterização
O
C.E.T. tem um lugar
de prestígio na comunidade em que se encontra enquadrado,
vindo desde longa data a contribuir tanto para o
desenvolvimento da região como para a valorização e
reconhecimento dos seus colaboradores.
O
C.E.T. não tem
concorrentes significativos, sendo o único Centro de Estudos
de Investigação e Desenvolvimento em Telecomunicações da P.T.
e o principal do país. Para além de executar cerca de 80% da
investigação, tem também a função de coordenar todas as
actividades de Investigação e Desenvolvimento partilhadas
pela P.T..
A
actividade de Investigação e Desenvolvimento é
essencialmente desenvolvida pelas Universidades e em alguns
institutos. Pela sua natureza peculiar, não pode perspectivar
o lucro, exigindo ainda um constante investimento. Esta
característica é um factor determinante
da sua reduzida expansão a nível das empresas.
Constituindo o maior pólo de investigação e Desenvolvimento
da região e um dos maiores do país, integra 232 pessoas,
sendo 62,1% quadros superiores, 16,4% quadros Técnicos, 15,5%
Administrativos e 6,0% outras categorias. Os recursos logísticos
incluem três edifícios, apetrechados com oficinas, um refeitório,
um anfiteatro e uma biblioteca, num total de 9000 metros
quadrados de área coberta.
2.3
- A
Estrutura Interna do C.E.T.
O
organigrama do Centro de Estudos (vd. Anexo 3)
é constituído por nove direcções representadas pelo
Director Central, Director Adjunto e por sete directores
correspondentes a cada uma das Áreas Funcionais, que constituem os eixos estratégicos
da sua actividade. A estrutura assenta num modelo funcional
que contempla sete Áreas Funcionais (A.F.),
que se subdividem em Blocos Funcionais (B.F.).
O
Director Central tem como função definir os objectivos
gerais e estratégicos e coordena as actividades das restantes
Direcções. Na sua ausência, as funções são delegadas no
Director Adjunto à Direcção Central.
A
Direcção de Prospectiva e Integração Tecnológica (P.I.T.) visa acompanhar o progresso científico e tecnológico
nos domínios das Telecomunicações. Para isso recorre a
trabalhos de investigação aplicada que permitam obter
conhecimentos em áreas de interesse estratégico do Grupo.
A
Direcção de Desenvolvimento de Serviços e Aplicações (D.S.A.)
visa a concepção de novos serviços e aplicações,
recorrendo a acções de demonstração da utilização de
serviços avançados de telecomunicações com vista à
introdução comercial na empresa e a projectos piloto para
avaliação da viabilidade técnico-económica de novos serviços.
A
Direcção de Gestão de Redes e Serviços (G.R.S.)
visa dominar a envolvente para a implementação de sistemas
de redes e serviços, contribuir para implementação de uma
Arquitectura de Gestão de Redes e Serviços e desenvolver
sistemas de operação e gestão para a rede da P.T..
A
Direcção de Desenvolvimento de Sistemas e Infra-estruturas (D.S.I.)
visa a criação de soluções específicas que não se
encontram disponíveis no mercado.
A
Direcção de Serviços de Engenharia (S.E.G.)
estabelece a ligação do C.E.T.
aos serviços operacionais e à indústria.
A
Direcção de Formação Tecnológica e de Serviços (F.T.S.) coordena a preparação e execução do Plano de Formação
Tecnológica e de Serviços do Grupo.
A
Direcção de Organização e Gestão de Recursos (O.G.R.) assegura a gestão dos recursos de apoio estratégico,
jurídico, administrativo e financeiro de apoio ao C.E.T..
2.3.1
- Os
Gabinetes de Comunicação
Os
Gabinetes de Relações Públicas e Marketing foram sujeitos a
um estudo mais aprofundado por ter sido nesta área que efectuámos
o nosso trabalho de pesquisa.
A
P.T. tem, na sua
sede, um Gabinete de Comunicação Imagem e Publicidade
(G.C.I.P.) cuja
missão é garantir a comunicação interna e externa da P.T.,
zelando pela consolidação e manutenção de uma imagem
prestigiante para a P.T..
Este
gabinete tem a função de criar e manter processos de
comunicação com os trabalhadores, com os órgãos de
comunicação social, assegurar o relacionamento da P.T.
com o meio envolvente e com as outras empresas do Grupo, no
que respeita à imagem, Publicidade e comunicação numa
estratégia integrada.
As
competências do G.C.I..P.
são mais amplas ao nível da comunicação e divulgação dos
produtos e serviços da P.T.
directamente com o público em geral, estendendo-se a todos os
departamentos da empresa situados nas diversas áreas geográficas
do país, o que acontece com o C.E.T..
O
C.E.T não possui
propriamente um departamento de “comunicação” ou de
“Relações Públicas”. A acção de comunicação do C.E.T.
está dividida pelo Gabinete de Imagem e Promoção (
anteriormente denominado Gabinete de Marketing) e pelo
Gabinete de Relações Públicas, que procuram estabelecer o
plano estratégico de comunicação da empresa.
2.3.1.1
- Gabinete
de Marketing
O
marketing, numa perspectiva de prospecção do mercado, de
contactos com potenciais clientes, no marketing pós-venda ou
na Publicidade de produtos, não é uma valência deste
gabinete, atendendo a que o Centro é uma Direcção da
Empresa, que possui uma Direcção de Marketing com essas
competências.
As
suas funções baseiam-se na concepção de suportes gráficos
para divulgação dos trabalhos do C.E.T.
e das tarefas relacionadas com a afirmação da sua imagem e
das suas acções. Compete-lhe a realização de todo o
material de suporte, textos e imagens, para a divulgação e
promoção do C.E.T..
O
Gabinete de Marketing desenvolve as suas actividades
direccionadas para o exterior, procurando projectar uma imagem
positiva do C.E.T. junto dos seus públicos externos.
Em
colaboração com o Gabinete de R.P.,
o Marketing dá apoio nos aspectos organizativos e assegura a
logística necessária à participação em eventos internos e
externos de carácter científico, técnico-comercial (seminários,
congressos, feiras, demonstrações, sessões de divulgação,
certames, etc.) ou de convívio.
O
Gabinete de Marketing é composto por três pessoas que não têm
formação específica na área, tendo sido recentemente
integrados dois trabalhadores com formação em artes gráficas.
2.3.1.2
O Gabinete de Relações Públicas
O
Gabinete de R.P. surgiu quando o C.E.T.
tinha a figura jurídica de instituto autónomo, pela
necessidade de criar um gabinete que concretizasse um dos seus
planos de acção, no que se refere à organização de reuniões,
seminários e visitas à empresa, apoiando os órgãos
directivos e contribuindo para a divulgação da imagem do C.E.T.
no exterior, a nível nacional e internacional.
Na
estrutura funcional, este gabinete encontrava-se posicionado
na Área Funcional de Organização e Gestão de Recursos,
mais especificamente no Bloco Funcional de O.G.R.1.
Actualmente,
após a última reestruturação do C.E.T., foi criado o Gabinete de Imagem e Promoção (G.I.P.),
directamente dependente do Director Central, para onde foi
transferido o Gabinete de Marketing. As Relações Públicas não
integram este gabinete e continuam a desempenhar as funções
anteriores, podendo eventualmente, vir a ser incluídas numa
das funções do Gabinete de Direcção, que é precisamente a
divulgação do Centro de Estudos.
As
pessoas que integram este departamento não têm formação
específica nesta área, mas foram tomando conta de algumas áreas
de actuação das R.P.,
devido às exigências do trabalho e à experiência
adquirida.
A
actividade das R.P.
está principalmente orientada para o público interno, não
esquecendo as necessidades do público externo, o que mostra
que é necessário trabalhar em primeiro lugar a imagem
interna da organização, para uma melhor comunicação com o
exterior.
A
principal actividade de R.P.
traduz-se na organização de reuniões e visitas, enquadradas
nos projectos desenvolvidos na empresa, o que engloba um
conjunto de procedimentos: a marcação de hotéis, a preparação
de salas de reuniões, a organização de suportes gráfico e
audiovisuais, o acompanhamento de visitas, a organização de
almoços/jantares e o apoio de secretariado às reuniões
internacionais.
É
também atribuição das R.P.
a distribuição de recortes de imprensa que mencionam a
empresa e a organização dos convites para a participação
em seminários e conferências no exterior. Estes recortes são
fornecidos pelo G.C.I..P.
da P.T. à Direcção do C.E.T.
que os remete ao Gabinete de R.P.
para distribuição.
Para
a divulgação do C.E.T.
no exterior, as R.P.
têm a função de organizar e enviar a documentação disponível,
de acordo com os destinatários e mensagens a transmitir. O
conjunto dos documentos engloba publicações sobre os
projectos, actividades e produtos do C.E.T.,
brochuras e folhetos e o relatório de actividades.
2.3.1.3
O Gabinete de Imagem e Promoção
Neste
momento, a filosofia de comunicação do C.E.T. assenta na separação de competências de comunicação a
dois níveis: a um nível efectua-se a preparação do conteúdo
da informação, que é da competência do G.I.P.
e, a outro nível, encontra-se a responsabilidade de organização
e de realização desse material.
O
Gabinete de Imagem e Promoção (G.I.P.)
é, essencialmente, um gabinete técnico de desenho e de
imagem. A sua principal função é a preparação de material
de suporte à divulgação do C.E.T.
e dos seus produtos/serviços que, por sua vez, é da competência
do Gabinete de Direcção que apoia o Director Central. Este
último gabinete é composto por duas pessoas que cooperam na
organização e divulgação de todo o material. O G.I.P. não pretende ser um gabinete de comunicação com funções
mais amplas, não reunindo, por isso, as funções de Relações
Públicas e de Marketing.
Na
actual estrutura organizacional, o G.I.P.
encontra-se directamente dependente do Director Central. O seu
posicionamento, que resultou da última reorganização
interna, está relacionado com o facto de ser o gabinete
responsável pela imagem da organização no exterior.
Apesar
do Centro não ter a formalidade de uma grande empresa, com um
departamento distinto de comunicação, tem dois gabinetes com
competências de comunicação, que são actualmente, o G.I.P.
e o Gabinete de Direcção.
O
planeamento das actividades de divulgação é da competência
do Director Central em colaboração com os elementos da Direcção.
2.4
Política Administrativa
O
objectivo geral da organização permanece o mesmo
desde a sua fundação e é o que esclarece a sua missão. A
missão do C.E.T. é assegurar e coordenar a actividade de Investigação e
Desenvolvimento Tecnológico e de Serviços (I.&.D.T.S.),
inserida no Plano de Desenvolvimento Tecnológico e de Serviços
(P.D.T.&S.) da
Portugal Telecom, com vista à criação de serviços e
desenvolvimento de soluções com impacto directo nos
negócios da Portugal Telecom (P.T.).
Para
além da sua missão, o C.E.T.
tem funções muito genéricas cujo cumprimento garante a boa
resposta da organização às solicitações que lhe são
feitas:
a)
Assegurar e coordenar o desenvolvimento e execução do
Plano de Desenvolvimento Tecnológico e de Serviços do Grupo
Portugal Telecom, em estreita colaboração com as diferentes
Unidades de Negócios, Áreas Operacionais de Negócios, Direcções
Centrais da Portugal Telecom e Empresas Participadas.
b)
Coordenar e dinamizar a inserção das diversas
Empresas do Grupo Portugal Telecom, no contexto dos organismos
de I.&.D.
nacionais e internacionais, nomeadamente, no EURESCOM,
assegurando uma eficiente articulação destas com as
Universidades e Institutos de I.&.D.
c)
Assegurar uma eficaz ligação à indústria, visando
transferência de tecnologia e/ou coordenação de
industrialização de sistemas desenvolvidos, na sequência de
orientação da estrutura da Portugal Telecom.
d)
Assegurar a prestação de serviços especializados de
engenharia, de suporte às Unidades de Negócios, Áreas
Operacionais de Negócios, Direcções Centrais da P.T.
e Empresas Participadas.
e)
Assegurar a Formação Tecnológica e de Serviços do
Grupo Portugal Telecom, tendo em conta a evolução tecnológica
e os requisitos das Unidades de Negócios, Áreas
Operacionais de Negócios, Direcções Centrais da P.T.
e Empresas Participadas.
Cada
Área Funcional e cada Bloco Funcional que constituem a
estrutura organizacional, têm as suas funções específicas
definidas para assegurar o cumprimento destas funções genéricas.
O
objectivo último do C.E.T.
é consolidar a boa reputação que tem vindo a construir ao
longo dos anos, afirmando-se como o melhor centro nacional de
Investigação e Desenvolvimento no domínio das Telecomunicações
a nível nacional e reforçar a sua imagem a nível europeu
assumindo uma posição de líder. Não é tanto um objectivo
mercadológico, pois não se concentra no produto, sendo antes
um objectivo mais institucional.
Para
conseguir esta posição fim, estabeleceu alguns objectivos
específicos que se propõe a atingir e que são,
nomeadamente:
a)
Desenvolver e apoiar a implementação de Serviços
e Soluções que satisfaçam as necessidades dos clientes.
b)
Demonstrar novos Serviços e Tecnologias, contribuindo
para a sua introdução comercial na Empresa.
c)
Adquirir e difundir conhecimentos que garantam a
competitividade da Empresa no mercado nacional e
internacional.
d)
Assegurar
e dinamizar a Formação em Tecnologia e Serviços na Portugal
Telecom.
2.5
Política de Pessoal
A
Administração esforça-se no sentido de aumentar a comunicação
e a delegação de responsabilidade, a todos os níveis,
estando a sua estratégia direccionada para que a cultura do
Centro de Estudos continue a ser suportada pela imaginação,
criatividade, profissionalismo, entusiasmo dos seus recursos
humanos, espírito de equipa e informação permanente sobre o
C.E.T.. É uma
instituição que atribui uma especial atenção à convergência
entre a valorização individual e a eficácia profissional,
facultando aos seus trabalhadores acções permanentes de
formação profissional para obtenção de know-how.
As
actividades de Recursos Humanos têm sido implementadas de
forma a tender às necessidades desse público. Para isso, o
C.E.T. dispõe de um gabinete de Recursos
Humanos, tendo uma pessoa responsável por essas funções,
com formação na área de psicologia.
2.6
- Política
de Comunicação
A
política de comunicação do C.E.T.
está enquadrada na política de comunicação da empresa. O
facto de ser um departamento da
P.T. não lhe permite ter autonomia relativamente à
comunicação que estabelece com os seus públicos,
principalmente com o público externo, tendo de seguir
formalmente a política geral. Assim, a divulgação de notícias
para o exterior e respectivos press-release estão
dependentes da aprovação do Gabinete
de Comunicação
Imagem e Publicidade.
A comunicação externa a nível nacional e internacional está
condicionada pela divulgação que a Empresa faz globalmente.
Internamente,
ao nível da Empresa, as notícias relacionadas com o C.E.T.
são publicadas na revista da P.T..
Durante o último ano, praticamente em todos os números da
revista, existiam artigos sobre a sua actividade, produtos ou
serviços. Contudo, o Centro de Estudos tem ideias próprias
relativamente à comunicação, promovendo algumas actividades
por sua iniciativa. A organização de eventos e de comunicações
ao nível local é da sua responsabilidade. Apesar da comunicação
ser, em linhas gerais, definida pela própria Empresa, o C.E.T.
tem a flexibilidade de definir as suas próprias estratégias
de comunicação em consonância com as estratégias de
comunicação e marketing dos respectivos produtos.
O
C.E.T. concede um
grau de importância semelhante à comunicação interna e à
comunicação externa, apesar de actualmente, projectar mais a
imagem da P.T., por
já não ser um instituto autónomo. A política de comunicação
interna do Centro de Estudos caracteriza-se pela resolução
de problemas pontuais à medida que surgem, da maneira que
parece mais adequada no momento, não tendo delineado um plano
de comunicação com este público. O trabalho de comunicação
que é continuadamente desenvolvido, não segue uma estratégia
traçada mediante objectivos, surgindo de uma interiorização
do relacionamento entre as pessoas, consolidando-se numa certa
‘maneira de estar’. O público prioritário do Centro de
Estudos são os seus empregados, ou seja, o seu público
interno.
A
política de comunicação traduz-se, na prática, na existência
de um diversificado conjunto de meios de comunicação e
envolvimento com os trabalhadores e na adopção de uma «filosofia
de
Portas Abertas»
da Direcção para os empregados, procurando manter um
contacto pessoal com cada empregado e dispondo-se a ouvi-lo.
2.6.1
- A
comunicação com o Exterior
O
C.E.T. não possui
um plano delineado de comunicação com os seus públicos
externos, pelo que não estabelece programas nem acções de
comunicação para criar e manter boas relações com eles. O
Centro de Estudos não contacta directamente com o público em
geral, porque os seus ‘clientes’ são os departamentos da
própria empresa. O C.E.T.
desenvolve produtos e serviços para a empresa, que depois os
comercializa.
Na
realização das suas actividades, contudo, mantém relações
com outros públicos externos, designadamente
organizações e instituições directamente relacionados com
a sua actividade, entre outros. Essas relações
estabelecem-se, essencialmente, no âmbito dos projectos,
sendo os contactos estabelecidos pelos seus responsáveis e
pelos directores das Áreas Funcionais, que são membros da
Direcção. Os contactos com a as universidades e instituições
de investigação e desenvolvimento estabelecem-se quer através
da participação em projectos concretos quer ao nível dos órgãos
de gestão onde o C.E.T. tem alguma responsabilidade. «O
objectivo final destas relações não é o de divulgar o
C.E.T., mas de construir com estes públicos uma série de
soluções, o que, no entanto, não deixa de ser uma forma de
divulgação»
Os
contactos que mantém com os fornecedores baseiam-se
essencialmente em pedidos de material e apresentação de
produtos. Normalmente, não são convidados a participar nas
apresentações ou demonstrações do C.E.T., não existindo, portanto, nenhuma acção específica no
sentido de estabelecer relações mais estreitas com este público.
Relativamente
à Indústria, contrariamente, são feitos convites para
participação nesses acontecimentos, uma vez que ela é
entidade que produz e vende os projectos desenvolvidos no C.E.T..
O Centro de Estudos faz a divulgação dos produtos e serviços
que desenvolve fundamentalmente para a própria empresa, em acções
de formação para utilizadores, que realiza para os vários
departamentos da P.T..
A
divulgação que faz na imprensa é muito reduzida,
surgindo esporadicamente nos jornais regionais e em algumas
revistas da especialidade, entrevistas e artigos sobre a
organização, ou sobre assuntos relacionados com ela, que são
da iniciativa dos jornalistas. Os
contactos mais
regulares com
a comunicação
social
baseiam-se no
envio de press-release
aos órgãos locais e regionais, para divulgação das
iniciativas com a comunidade.
Apesar
da comunicação com o exterior não ser uma prioridade do C.E.T.,
participou em algumas reportagens de televisão sobre alguns projectos em
que colaborou, com a finalidade de demonstrar a utilização
prática das novas tecnologias na óptica do utilizador, e não
na óptica da execução e divulgação de produtos. Estes
trabalhos são sempre da iniciativa dos colaboradores e
parceiros nos projectos ( a indústria e os utilizadores) que
são responsáveis pelo seu conteúdo e implementação.
Nas
iniciativas com a comunidade, para além da sua colaboração
com outras instituições, destacam-se a comemoração do
“45º Aniversário da sua Fundação”, o “Dia Aberto da
Universidade de Aveiro” e a participação na semana “Viva
a Ciência”.
2.6.1.1
Os Públicos Externos
Como
dissemos anteriormente, o C.E.T.
não tem nenhum plano de comunicação com os seus públicos
externos, porque é um departamento da P.T.
inserido no plano de comunicação da própria empresa.
No entanto, como qualquer outra organização, o C.E.T.
tem de estabelecer e manter relações com determinados públicos
que fazem parte do ambiente externo e que contribuem para o
desenvolvimento da sua actividade.
Os públicos com que se relaciona no exterior constituem 78,8%
de contactos no país, sendo 21,2% dos contactos no
estrangeiro.
Os públicos mais importantes do C.E.T.,
são a Indústria, a Comunidade, Entidades do Governo,
Universidades, Escolas Secundárias, Administração Pública,
Fornecedores, Clientes, Empresas Participadas, Institutos de
Investigação e Desenvolvimento, nacionais e internacionais,
Programas Europeus e Comunitários de Investigação e
Desenvolvimento e a Comunicação Social local. Na figura
1
apresentamos
a distribuição dos contactos externos por categorias
e, no mapa 3, agrupamos os meios de comunicação utilizados
com este tipo de público.
Figura 1-
Gráfico dos Públicos Externos do C.E.T..
Fonte: Base de Dados dos Contactos Externos
do C.E.T..
2.6.1.2
-
Objectivos da Comunicação Externa
O C.E.T. não tem um plano de
comunicação com objectivos específicos de comunicação com
os públicos externos, porque como já foi dito anteriormente,
o seu objectivo é a resolução de problemas da P.T.,
que é essencialmente um cliente interno. Portanto, a divulgação
da sua actividade, para o exterior, está condicionada, por um
lado, pela divulgação que a empresa faz sobre o C.E.T.
e, por outro lado, pela falta de conhecimentos técnicos
suficientes, na sua estrutura interna, que permitam uma boa
divulgação externa.
No entanto, a direcção considera que esta é uma área a
explorar, no sentido de melhorar a comunicação com todos os
públicos externos. O Centro de Estudos tem muitos aspectos
positivos que, sendo explorados na comunicação externa, para
além de o promover, podem contribuir para a construção de
uma imagem favorável à Empresa.
A promoção do Centro de Estudos, internamente na Empresa, é um dos
objectivos da política de comunicação.
A organização tem uma grande especificidade de funções,
cujo valor não pode ser alienado, apresentando resultados
concretos para a P.T. que, à semelhança de outros operadores de Telecomunicações
tem uma dimensão assinalável.
Recentemente surgiu uma publicação elaborada pelo C.E.T. que aborda assuntos relacionados com os seus produtos,
soluções e serviços que é um instrumento para comunicar
internamente com a empresa e também com os públicos
externos.
A organização já tem feito algumas divulgações intra-empresa, ao nível
do marketing interno, com o objectivo de divulgar o Centro de
Estudos, como foi o caso de uma exposição itinerante de um
departamento do C.E.T. aos vários departamentos da empresa, no entanto é necessário
fazer um trabalho mais completo para divulgação à empresa.
O C.E.T. é uma instituição que
tem uma história com mais de quarenta e cinco anos, uma
cultura própria, que não pode ser alterada. Tem uma imagem
de marca que continua a ser projectada, sobretudo a nível
internacional, continuando a assumir o seu logotipo, apesar de
já não ser um instituto autónomo. Este é um facto do qual
não se pode dissociar completamente o que, em termos de
comunicação, é um pouco complicado, mas que mantém viva a
sua cultura. Manter vivo o espírito do C.E.T.
é um dos grandes objectivos do Director Central em termos de
comunicação.
2.6.2
- Comunicação com os Empregados
O público interno do C.E.T. é
constituído por directores, trabalhadores com funções de
chefia e trabalhadores sem funções de chefia.
Na relação que estabelece com os seus
colaboradores,
a Direcção faz «uma divulgação praticamente
total de toda a informação que existe»,
mantendo todos os departamentos devidamente informados, sendo
a comunicação diária estabelecida por todos os responsáveis
hierárquicos.
Os instrumentos de comunicação
utilizados na comunicação com os empregados e que constituem
o sistema de comunicação interna do C.E.T.
são os discursos, os seminários, as conversas informais e
formais individuais, as reuniões, os cursos de formação, os
quadros informativos (um quadro principal, situado à entrada
do edifício principal e outro em cada andar dos dois edifícios)
as brochuras e folhetos, as publicações institucionais e de
produtos/serviços, os filmes e slides institucionais, a
videoconferência, o correio electrónico e a televisão em
circuito fechado. Para além destes instrumentos de R.P.,
existem ainda os documentos oficiais - notas internas,
despachos, ordens de serviço e ofícios que figuram no Mapa
6..
Apresentamos em Apêndice 6, os Mapas 1 e 2
que reúnem os
instrumentos que a organização utiliza para comunicar com os
empregados.
Encontra-se, também em Apêndice 6, o Mapa 7 que reúne
alguns dos instrumentos de comunicação interna que já
existiram no C.E.T.
e que, entretanto, foram extintos.
Em função de uma melhor integração e motivação entre os empregados, o C.E.T.
promove várias actividades com os seus trabalhadores que se
resumem, basicamente, a eventos internos que compreendem as
comemorações anuais - “Reunião de Concertação Técnica”,
“Piquenique”, “Festa de Natal” para os filhos dos
empregados e “Jantar de Natal” para os empregados, como
podemos observar no Mapa 4.
Promove ainda o “Discurso bianual do Director Central” a
todos os trabalhadores, “Almoços de Departamento” e
“Cursos de Formação”, em comunicação e liderança,
proporcionados pela P.T..
2.6.2.1
-
Objectivos da Comunicação Interna
A política de comunicação interna do
Centro de Estudos afirma-se como contínua, procurando
estabelecer canais de comunicação para promover o diálogo e
dinamizar a motivação do público interno. A Direcção mantém
um relacionamento muito próximo com os trabalhadores, sendo o
seu principal objectivo de comunicação para os próximos
anos, transmitir a imagem do C.E.T.,
continuar a ter uma forte cultura, mantendo uma cultura
interna no sentido de ter objectivos muito concretos, onde
assentam os seus planos e manter a moral dos trabalhadores
suficientemente elevada.
As mensagens a divulgar devem orientar e motivar as pessoas, sob o ponto de
vista do desempenho profissional, devendo centrar-se na
transmissão, da importância e do papel do
C.E.T. na empresa. Outro grande objectivo da comunicação
interna é transmitir, a todos os trabalhadores, a política
de transparência da gestão e o modo como ela se traduz na
organização e na motivação das pessoas.
2.6.2.2
Meios e Instrumentos de Comunicação Interna
A figura 2 que se segue, apresenta resumidamente, os instrumentos de
comunicação interna existentes no C.E.T.,
dos quais fazemos uma descrição pormenorizada, nos mapas 1 e 2,
em apêndice,
relativamente aos aspectos: objectivos, localização,
periodicidade, distribuição e responsabilidade de elaboração
de cada instrumento de comunicação.
Instrumentos
de Comunicação Interna
|
Meios
Escritos
|
Meios
Orais
|
Meios
Audiovisuais
|
Novas
Tecnologias
|
Eventos
|
Quadros
Informativos
|
Seminários:
|
Filmes/slides
|
Correio
Electrónico
|
Reunião
de Concertação Técnica
|
Brochuras
e Folhetos
|
Demonstradores
de tecnologia e serviços.
|
Televisão
em circuito fechado (TV CET)
|
Videoconferência
|
Piquenique
do C.E.T. “Pico-Nico”
|
Correio
Interno
|
Ciclos
de Demonstradores de Tecnologias e de Serviços
|
|
Intranet/Internet
|
Festa
de Natal
|
Publicações:
|
Reuniões:
|
|
|
Jantar
de Natal
|
Relatório
de Actividades
|
Técnicas
de Departamento
|
|
|
Discurso
bianual do D.C.
|
A
Organização do CET
|
Gerais
|
|
|
Almoços
de Departamentos
|
Recursos
Humanos do CET
|
Direcção
|
|
|
Cursos
de Formação
|
Descrição
de Actividades
|
Rede
Básica
|
|
|
|
Publicações
específicas de produtos/Serviços
|
Controlo
de Gestão
|
|
|
|
Plano
Estratégico
|
|
|
|
|
Plano
Operacional
|
|
|
|
|
Figura
2
- Quadro dos Instrumentos de Comunicação Interna Utilizados
no C.E.T..
No mapa 5, apresentamos
os instrumentos de Relações Públicas utilizados na comunicação
interna da empresa Portugal Telecom e distribuídos aos
trabalhadores do C.E.T.