Para
a realização do trabalho e a consecução dos objectivos
organizacionais são necessários dois elementos básicos: a
partilha de informação, de ideias e de problemas entre o
grupo, um acompanhamento constante e a transmissão do feedback
sobre as tarefas e desempenho do grupo. Como nos diz Michael
Bland e Peter Jackson, uma comunicação interna bem planeada é
essencial a qualquer empresa que deve estar atenta ao estado
geral da moral e motivação dos trabalhadores. Para isso deve estabelecer
um programa estruturado de
comunicação interna baseada numa forte estratégia de comunicação.
Esta percepção surge do reconhecimento que os trabalhadores
contribuem para o aumento da margem de lucro da empresa e que a
sua participação nas actividades da empresa tem contrapartida
no investimento.
Uma
boa comunicação exerce um efeito positivo sobre o ambiente
interno e, consequentemente, sobre a imagem global da empresa.
Para a construção de uma imagem coerente, a comunicação
interna deve ter a prioridade, ou seja, as mensagens que a
organização quer difundir, devem ser dirigidas em primeiro
lugar ao público interno.
Segundo
Claudia Canilli,
«[…]
desde o momento que o comportamento de uma instituição é
consequência do comportamento de cada indivíduo; desde o
momento que o comportamento de uma instituição define a sua
imagem, o comportamento de cada indivíduo deveria ser coerente
com a imagem que se pretende dar.»
Esta
definição significa que a função de Relações Públicas
devia envolver todo o conjunto da empresa.
Os
empregados representam um público muito importante para a
administração de qualquer empresa, porque constituem uma parte
substancial de outros tipos de públicos, os quais concorrem
para determinar a aceitação pública da organização e dos
seus produtos ou serviços. O empregado participa
simultaneamente de uma pluralidade de públicos - pode ser público
proprietário, público consumidor, público eleitor ou público
comunitário. Assim, ter boas relações com os empregados é
assegurar a compreensão e o respeito das pessoas ligadas à
instituição, o que se consegue mediante a explicação da sua
política e intenções e, principalmente, sobre a sua actuação
no interesse dos seus membros. É também proporcionar às
pessoas a oportunidade de exprimir as suas opiniões à
administração.
Segundo
Lendrevie, as empresas devem investir em acções de Relações
Públicas, comunicação e envolvimento, explicitamente com os públicos
internos, para um desenvolvimento harmonioso do projecto de
empresa, atendendo a que:
a)
os públicos internos são veículo de divulgação
externa da imagem da empresa, podendo assumir essa função pela
negativa se não forem envolvidos;
b)
a coerência entre a comunicação interna e externa é
necessária a uma comunicação eficaz;
c)
a organização
tem que saber motivar e envolver em primeiro lugar o público
interno, para o conseguir eficientemente ao nível externo.
Bland, Michael,
Jackson, Peter,
Op. cit., pág.17.
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