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Helena Maria Ferreira Pinto Ramos, A Comunicação Interna. Estudo de Caso no C.E.T., 1997.

Funções da Comunicação Interna


A comunicação interna desempenha várias funções, entre as quais expor resultados, transmitir informações e explicar o projecto de empresa ou novas orientações. As mensagens difundidas na empresa podem dividir-se em :[1]

a)     Comunicação operacional: são informações necessárias ao desempenho da função e ao funcionamento da empresa, sendo amplamente divulgadas. Trata de transmitir instruções referentes à execução do trabalho, abordando temas como o processo de produção, a organização do trabalho e outros aspectos técnicos e transita por via hierárquica.

b)     Comunicação informativa ou motivadora: são todos os assuntos que os colaboradores precisam ou estão interessados em saber. Este tipo de comunicação trata de divulgar mensagens que motivam os trabalhadores e visam a mobilização. As mensagens abordam temas relacionados com três áreas principais: o sistema de produção; a empresa, os seus objectivos e o meio onde ela se insere; e a organização interna. Actualmente, este tipo de comunicação tem uma importância muito grande, sendo cada vez mais diversas as mensagens que integram as três áreas.

A troca de informações e atitudes em todos os níveis proporciona muitos resultados tangíveis, não apenas no sentido de um intercâmbio entre a direcção de topo e os directores intermédios, mas entre a direcção e os empregados, aumentando a competência e a boa vontade no cumprimento das responsabilidades.

A comunicação tem a função de:

a)     permitir a compreensão dos vários factores técnicos, comerciais e humanos em causa, assim como as dificuldades e as obrigações que afectam os empregados;

b)     permitir desencorajar conjecturas ou a deturpação de factos e a informação errónea, com todos os equívocos que diminuem a eficácia do trabalho individual;

c)     proporcionar aos seus colaboradores a compreensão da organização e dos seus problemas, diminuindo os temores e as suspeitas que possam ter no seu trabalho relativamente à direcção;

d)     facilitar o sentimento de orgulho e a satisfação que todos procuram no seu trabalho, tornando-os capazes de se exprimirem em todos os níveis da hierarquia.[2]

Ao aumentar o seu interesse pela organização, os empregados identificam melhor os seus próprios interesses com os da organização.

Em suma, a boa comunicação combate a estagnação e promove um fluxo de conhecimentos ou informações que afectam a eficácia dos trabalhadores e o progresso da organização. As Relações Públicas com empregados criam no indivíduo uma predisposição para a aceitação das transformações e para a participação numa mudança que lhe seja benéfica.



[1] Westphalen, Marie Hélène, Op. cit., p. 69.

[2] Apontamentos cedidos pela Drª Maria José Ouellet, no contexto da disciplina de “Organização, Gestão e Planeamento de R.P., leccionada no I.S.C.I.A..

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