A
identidade, ao definir o que é específico e particular na
empresa, permite criar uma imagem da organização diferente dos
concorrentes. A identidade é um conceito ligado à emissão da
comunicação e deve ser o elemento aglutinador do conjunto das
comunicações externas e internas da empresa, garantindo uma
coerência entre a sua expressão diferenciada e a sua acção
quotidiana.
O
conjunto de sinais criados pela organização e que actuam como
suporte da identificação corporativa, podem ser agrupados em
três categorias:
a)
sinais ligados aos produtos e serviços (aspectos
externos);
b)
sinais referentes à distribuição, principalmente
quando são peculiares;
c)
sinais emitidos através de diversas manifestações -
através das instalações, Relações Públicas, folhetos,
cartas, uniformes e Publicidade.
O
conceito de imagem, por sua vez, está ligado à recepção da
comunicação. A imagem é o resultado que depende da maneira
como os públicos descodificam os sinais (mensagens)
provenientes dos produtos, das marcas, dos serviços, da
Publicidade, das entrevistas dos empresários, dos edifícios,
do atendimento, das afirmações e opiniões dos seus
trabalhadores.
Riel
especifica que, em parte, a imagem reflecte a identidade de uma
organização. Uma boa ou má reputação é determinada, num
grau considerável, pelos sinais que a empresa emite sobre a sua
natureza. No entanto, salienta existirem factores ambientais
externos que influenciam na imagem de uma organização, como a
influência negativa do comportamento de certos membros da
organização, a formação de rumores e, principalmente, as
formas racionais e irracionais com que os membros dos
grupos-alvo seleccionam os sinais emitidos pela organização.
Ao contrário da identidade corporativa, a imagem corporativa
pode não só modificar-se, positiva ou negativamente, como o
pode fazer muito rapidamente.
Para
Van Riel, a imagem não é um fim em si mesma, mas um meio para
obter uma melhor performance.
Para
Tajada, «[…]
os
públicos internos da empresa intervêm decisivamente na projecção
da identidade junto dos públicos externos, mas também fazem
parte da identidade de empresa».
Por isso é necessário dar muita importância aos aspectos de
integração e de satisfação dos empregados, uma vez que a
percepção que estes têm sobre a organização tem uma influência
decisiva na personalidade da mesma e na projecção da
identidade junto dos públicos externos. Assim, a elaboração e
divulgação coerente da imagem da empresa, interna e externa,
deve apoiar-se na formulação de uma estratégia de comunicação
externa e interna.
A
imagem interna da empresa resume a concepção global da mesma
por parte dos empregados. Uma forte cultura de empresa é uma
grande condicionante da imagem final, devendo ser tanto mais
fortes os seus princípios e valores quanto mais compartilhada
for a sua concepção global.
A
imagem positiva de uma organização está dependente de uma
relação de causa e efeito entre a identidade e a imagem, sendo
a causa, a identidade que se quer projectar e o efeito, as
percepções da identidade que se transformam em identidade
institucional.
A
comunicação é o elemento de ligação entre ambas e
desempenha um papel transcendental na transformação da
identidade em imagem.
Pessoa, Luís,
“Identidade e Imagem de Empresa”, in
Revista Dirigir, N.º 11, Jan./Fev., 1990, p.52.
TAJADA, Luís, Op. cit., p.51.
Pessoa, Luís,
Op. cit., p.51.
RIEL, Cees B.M. Van, Op. cit., p.27.
TAJADA, Luís, Op. cit., p.142.
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