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Helena Maria Ferreira Pinto Ramos, A Comunicação Interna. Estudo de Caso no C.E.T., 1997.

Os Públicos da Organização

Tajada dá-nos a seguinte definição de público:

«[…]um conjunto de indivíduos com uma certa homogeneidade relativamente ao relacionamento que estabelecem com a organização, com os quais a empresa comunica com vista à criação de uma imagem […] em função dos diversos públicos existem diferentes percepções da organização, estabelecidas em função dos interesse de cada um[1]

Consequentemente, a imagem percebida da empresa será diferente segundo os tipos de público. Tajada refere a endo-imagem como aquela que é gerada pelo público interno e a exo-imagem como a que é gerada pelo público externo.[2]

Penteado[3] divide os públicos de uma organização segundo o critério de proximidade em públicos internos e externos. Os públicos internos são os empregados, os accionistas, os donos da empresa, a comunidade e os revendedores. Os públicos externos são os consumidores, os fornecedores, os concorrentes, o governo, as entidades patronais, os sindicatos profissionais, os órgãos de informação e o público em geral.

Os públicos de uma organização devem ser devidamente analisados para que exista coerência entre a identidade projectada e as imagens percebidas.[4] O sistema de comunicação de uma empresa exige o estabelecimento de um conjunto de redes individuais de comunicação com todos os colaboradores e participantes na actividade da empresa.

O planeamento adequado de um sistema de comunicação empresarial leva às seguintes considerações:

1.       o ambiente é composto por indivíduos com desejos, preferências, atitudes, comportamentos e expectativas heterogéneas;

2.       não podemos estabelecer sistemas de comunicação uniformes com grupos heterogéneos;

3.       dentro dos grupos é necessário definir e identificar grupos de indivíduos com elevados índices de homogeneidade;

4.       é necessário dispor de técnicas adequadas para resolver os problemas de comunicação segundo os objectivos e os contextos em que surgem;

5.       para assegurar a eficácia da comunicação, devem ser dirigidas mensagens diferenciadas através de meios diferenciados aos receptores;

6.       deve-se estabelecer uma política de comunicação adequada, segundo uma planificação integrada de todas as técnicas de comunicação disponíveis.[5]

Para realizar uma acção de comunicação eficaz, de Relações Públicas ou Publicidade, é preciso partir de uma correcta definição dos públicos que se pretendem atingir com as acções de comunicação.



[1] Idem¸ ibidem p.101.

[2] TAJADA, Luís, Op. cit., p.103.

[3] Penteado, J. R. Whitaker - Relações Públicas nas Empresas Modernas, 5ª ed., São Paulo, Pioneira, 1993, pp.53-56.

[4] TAJADA, Luís, Op. cit., p. 103.

[5] Idem¸ ibidem, p.88.

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