Rosa Cristina
Ferreira de Carvalho
(4.º ano)
25 de Dezembro! Nata!
Palavra pequenina que enche a alma de
ternura e alegria e também –
quantas vezes! – de amargura, de saudade, de revolta contra um mundo
tão diferente daquele por que Jesus sofreu e morreu!
Se os grandes e poderosos meditassem na lição de humildade do
presépio e no exemplo de amor de Jesus, quão diferente seria a Vida!
Ainda sou nova; mas para mim, o Natal já não é
só a quadra
maravilhosa dos presentes, do lindo presépio sempre o mesmo e
sempre novo, da consoada à roda da mesa cheia de luzes, frutas e
doçarias.
Ano a ano compreendo melhor o significado desta data única em que
se comemora em todo o mundo cristão um novo Natal!
Quem me dera a mim, dar ao menos no Natal, paz, amor, alegria e
conforto a todos os infelizes, tristes e miseráveis!
Sei que há tantos sem a alegria e o conforto dum lar feliz na Noite
Santa de Natal!
Quantos lares de pobrezinhos sem pão, nem conforto, nessa Noite!
Quantos, doentes, gemem nos seus leitos de dor pedindo a Jesus que
os
alivie dos sofrimentos!
Quantos, ausentes das suas famílias, labutam em terras longínquas
sofrendo de saudade, de tristeza, de solidão, nessa Santa Noite!
Mas são Aqueles que, lá longe, em Terras Portuguesas, lutam na
defesa da nossa Pátria que, neste Natal, devem ser mais lembrados em
orações tão fervorosas como as dos amigos, ao entoarem: «Glória a
Deus nas Alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade». |