| 
         
        
          
        Este maravilhoso trecho das Caldas de S. 
        Jorge dá-nos a imagem exacta do ambiente ideal para umas férias 
        repousantes. 
        
        CALDAS DE S. JORGE 
        
        – UMA ESTÂNCIA TERMAL QUE PODE 
        
        SÊ-LO 
        TAMBÉM DE TURISMO 
        
        DENTRO 
        das modernas concepções de turismo, não basta a umas termas oferecer as 
        virtudes, mais ou menos comprovadas, das suas águas. Salvo raras 
        excepções, o próprio doente, necessitado delas, procura realizar o seu 
        tratamento em regime de férias, elegendo, por isso, aquelas estâncias 
        termais onde outros motivos lhe assegurem uma estadia agradável e rica 
        de atractivos. Regra geral acompanhado, o necessitado de tratamento não 
        gostaria de sujeitar os seus familiares a um período sensaborão, 
        justamente na altura em que a Natureza em festa convida a uma estadia 
        sem preocupações, justa compensação das exigências do quotidiano. É, 
        pois, necessário às termas, para que contem turisticamente, 
        apresentarem-se valorizadas por circunstâncias naturais ou resultantes 
        do esforço dos interessados ou proprietários. 
        
        Vieram estas considerações a propósito das 
        Caldas de S. Jorge, possuidoras de excelentes águas, contando no seu 
        activo com curas quase milagrosas, especialmente no que respeita ao 
        reumatismo, mas também valorizadas por aspectos que as colocam, dentro 
        da sua região, como autêntica estância de turismo. 
        
        Na realidade, dispõem as Caldas de S. Jorge 
        de recantos de maravilhosa beleza e sobretudo da vizinhança de um rio – 
        o Uima, afluente do Douro– que corre mesmo junto aos balneários e que 
        além de enriquecer a paisagem tem excepcionais condições para a prática 
        da pesca desportiva, particularmente no que respeita a trutas. O que 
        isto representa no panorama do turismo moderno, desnecessário se torna 
        encarecer. Diga-se, no entanto, que a riqueza piscícola do Uima é capaz 
        de transcender as necessidades turísticas, pelo que não temos dúvida em 
        chamar sobre ele as atenções dos interessados, que ali podem realizar 
        concursos de pesca desportiva. 
        
        Uma visita às Caldas de S. Jorge constitui 
        sempre um prazer para a vista e para o espírito; mas ao demorarmos o 
        olhar sobre tanta beleza natural, ao constatarmos toda a riqueza do seu 
        rio, ao experimentarmos toda a frescura que dele se eleva, ficamos 
        naturalmente a pensar o que poderia ser aquele pedaço magnífico da nossa 
        terra, se os responsáveis pelo turismo português quisessem conceder-lhe 
        o auxílio que, poucos merecerão com mais flagrante justiça. Não é uma 
        queixa; apenas um reparo que bem gostaríamos de ver chegado até junto de 
        quem pudesse fazer alguma coisa pelas maravilhosas Caldas de S. Jorge. 
   |