Ovar
(1),
vila de 12 729 habitantes, sede de concelho e comarca de 2.ª classe, é a
mais importante do distrito de Aveiro. Dividem-na em duas partes o rio
Graça e o ribeiro das Lajes.
Pensões: Jerónimo, R. Alexandre Herculano;
Central. R. Luís de Camões; Florindo, R. Dr. Manuel Arala. –
Automóveis de aluguer; Garagem Ovarense (estação de serviço) - Carreira
de camioneta: para o Furadouro. – Café-restaurante na Praça da
República. – telégrafo e posto de telefone, R. Alexandre Herculano, 42.
– Balneário da Misericórdia (duches e imersão). – Teatro regular, que
data de 1875, para 300 espectadores. – Luz eléctrica. – Descanso
semanal: Domingo. – Dia feriado: Festas do Senhor dos Passos, no 4.º
domingo da Quaresma.
Não é muito antiga; antecedeu-a a vila de Cabanões,
que é hoje lugar de Ovar, próximo à estação. Chamava-se antigamente
Var, O Var, e daí os gentilícios varino e vareiro
aplicados às gentes e às coisas de Ovar. (Cfr. as cartas de Júlio Dinis,
publicadas no Portugal Artístico, 1.ª série, 1905; Serões, 2.ª
série, n.ºs 8 e 14; J. F. Teixeira de Pinho,
Memórias e datas para a história da vila de Ovar; António Dias
Simões, Ovar - Bibliografias, 1917; Egas Moniz,
Júlio Dinis e a sua obra, 1924).
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Ao entrar na vila, à esquerda, o largo de S. Miguel
(ou dos Sobreiros), de que fala Júlio Dinis. Foi em Ovar que este
romancista escreveu as Pupilas do Senhor Reitor e a Morgadinha
dos Canaviais. Ali escolheu as suas mais importantes personagens.
Mais adiante, fica a casa que foi do cirurgião João da Silveira, o João
Semana das Pupilas, e, em torno, há outros locais descritos no
romance. Ainda existe a casa onde no largo dos Campos, n.º 14, em
1863, viveu Júlio Dinis.
Entre os monumentos locais, são dignos de atenção: as
antigas capelas dos Passos, da Graça, esta com 3 altares, azulejada e
painéis a óleo no tecto; a de Santo António, a das Almas e a de S. Pedro
ao Calvário, no centro da vila, para onde se sobe por uma larga
escadaria, e que contém regulares esculturas em tamanho natural.
A igreja matriz, vasto templo com três naves de
cinco tramos e sete altares, colunas toscanas e arcos de volta inteira,
está construída numa elevação de terreno donde se desfruta uma vista
interessante; na capela-mor, talha do século XVIII e duas lindas mesas
no estilo de D. João V.
Ovar tem duas bonitas fontes: a do Hospital e a do Casal,
obras dos antigos Juízes de Fora. Possui um bom Hospital e Misericórdia.
Sulcada pelos dois riachos, tem algumas pequenas pontes que lhe dão
certo pitoresco. Apesar da sua extensão, não possui grandes edifícios,
antes, fora do seu centro, mostra, com as suas casas térreas, o aspecto
das antigas aldeias de pescadores. A gente vareira aproxima-se muito da
murtoseira, pelas suas características raciais, embora comece a
distanciar-se nos costumes. A sua vida está um pouco mais afastada da
faina marítima, e do trabalho da Ria, que acaba no Carregal, lugar pouco
distante da vila. O trajo masculino tem evolucionado com o tempo,
havendo-se tornado vulgar nos próprios pescadores, fora do trabalho de
mar. A indumentária feminina modernizou-se, não perdendo, todavia, as
características essenciais que fazem da tricana de Ovar um tipo
particular, semelhante ao de Aveiro e Ílhavo. Na Murtosa, as raparigas
conservam mais os trajos. O tipo é, porém, o mesmo, a graça idêntica, a
esbelteza comum. Para as admirar no seu interessante vestuário, é
preciso procurar as festas regionais que, em Ovar, são especialmente as
dos Passos e da Senhora do Mar.
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A actividade do concelho concentra-se em torno da agricultura, a que a
Ria continua a emprestar, nestas paragens, o precioso adubo das algas,
da pesca do mar e das suas indústrias. Fértil em forragens, a criação de
gado bovino é importante. A produção de leite, só na freguesia de Ovar,
anda por 10 000 litros diários. Fora o consumo doméstico directo e
fabrico caseiro de manteiga e queijo, segue em grande parte, como o das
outras freguesias do concelho (Maceda, Cortegaça, Arada, etc.),
diariamente, para as fábricas de Avanca, e outras, e para uma importante
fábrica local. Ovar possui fábricas de descasque de arroz, cereais e
legumes, de telha e tijolo, de serração de madeiras e de curtumes. Tem
ainda fábricas de pregos, refrigerantes, rolhas, oca, almagres e outras
tintas, etc. Há algumas olarias que têm velha tradição na terra. É
delicioso e inconfundível o pão de ló de Ovar, que de várias
confeitarias é exportado para todo o País.
Excursões de Ovar
1.º) Ao
Furadouro
(4,59 km; S. C. 320, em 15 minutos). – À esquerda, a 3 km. Vê-se o
Carregal, topo Norte da Ria de Aveiro. Fica perto a importante Fábrica
Colares Pinto, de manteiga e caseína. Por uma estrada bem
arborizada (eucaliptos e pinheiros), encontra-se a 4,5 km, a praia do
Furadouro (pensões modestas; umas cem casas de
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aluguer, sem mobília; Posto telefónico; iluminação a acetileno;
assembleia; posto de socorros rudimentar), larga e luminosa como todas
as desta região marítima. Nela se faz a pesca de arrasto com companhas,
em que o risco da faina provoca, por vezes, cenas dramáticas que o
mulherio exagera em clamores místicos:
«Ave-Maria,
Nossa Senhora,
Mãe protectora,
Dos Navegantes...»
O Furadouro tem uma concorrência bastante numerosa
de banhistas e é muito apreciado pela gente da região. As condições
climáticas são aprazíveis, mas a água é inferior e tirada de poços, O
mar, muito forte, batido pela nortada; dificilmente se presta a
exercícios de natação, A Festa do Mar, também denominada dos
Pescadores, traz-lhe sempre uma grande concorrência, A procissão à
beira-mar é digna de ver-se. Com a de S. Paio da Torreira,
são as duas grandes festas marítimas do distrito de Aveiro.
As excursões, que podem fazer-se em canoas-automóveis, a
partir do Carregal até o extremo sul da Ria, nos concelhos de Vagos e
Mira, são encantadoras,
2.º) A Espinho (16 km. N., pela E.N. n.º 28-2.ª),
– Transposta, por uma passagem de nível, a linha do Norte, segue-se no
limite Interior da orla meso-cenozóica, que nesta zona estreita
notavelmente. Atravessa-se uma larga mata de pinheiros e, deixando à
direita na (610 m) Ponte Nova, a E.N. n.º 29-2.ª para o Sobral,
Pedorido, Castelo de Paiva, passa-se pela povoação de (3,9 km) Olho
Marinho, à direita do qual se destaca uma estrada municipal para
(1,2 km E.) Arada.
[É a 100 metros da igreja de Arada que Sousa Brandão
marca o limite externo da faixa de filites ou xistos luzentes do
pré-câmbrico do distrito de Aveiro, para Oeste da qual se observam os
xistos argilosos negros e ondulados, passando por uma estreita zona de
transição de argila-xistos filitóides, «cor de chumbo amarelo», mas
ainda relativamente brilhantes, e que, pela sua xistosidade concóide, se
dá o nome de pedra conchada na região. O limite interno ou
oriental das filites passa a Este dum monte que se eleva a Nordeste de
Arada e a Sudoeste da Feira, e que pela sua esterilidade, além do nome
de Monte Lorido, recebeu outro, o de Monte Mau. Os xistos
argilosos a que o referido geólogo deu a designação de «xistos de Arada»
são duma extrema fissilidade, apresentando ainda intervalações de
quartzo].
Atravessam-se as povoações de (5,7 km) Maceda,
onde há bastantes tanoeiros, muitos dos quais vão trabalhar a Gaia, e
junto de cuja igreja se encontram xistos argilosos como os de Arada, que
também ocupam a esplanada em torno da ermida de S. Geraldo, ao Sul
daquela igreja, e Cortegaça (posto telefónico) servida por um
apeadeiro de caminho de ferro (pág. 566), cujos habitantes se dedicam ao
fabrico de cordas e redes e trabalham com o fio de sisal; fábrica de
serração a vapor. A 1 km de distância, há uma modesta, mas interessante,
praia de pescadores, com vários palheiros e alguns prédios de
pouca importância, e onde trabalha uma companha. A estrada segue não
longe do oceano e sempre à direita da via férrea.
9,8 km, Esmoriz, estação da linha do Norte (p.
567), com praia de banhos, é a última freguesia do concelho de Ovar na
estrada de Aveiro ao Porto. – 12,6 km, estrada municipal, à esquerda,
para o campo de aviação de Espinho. – 13 km. Paramos, com a sua
praia modesta. – 13,8 Km. Silvalde: passagem de nível sobre a
linha férrea do Vale do Vouga; à esquerda, estrada para a carreira de
tiro de Espinho. De Silvalde sai um ramal de estrada que, por Gondesende,
Rio Meão, Beire e Gondufe, vai entroncar na estrada n.º 29-2.ª, no lugar
do Pontão (11,7 km); em vários pontos da freguesia de Rio Meão emerge
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dos xistos uma massa relativamente considerável de granitos de diversas
variedades.
16 km. Espinho: entra-se na vila pelo Campo da
Feira.
De Espinho ao Porto,
13, 1 km (ver vol. IV).
3.º) À Feira (11,2 km Nordeste, pela E.N. n.º
29-2.ª, até o chafariz das Eiras, e depois ramal dessa estrada). –
Inicia-se a estrada na Ponte Nova (excursão anterior), seguindo
depois pelo (1,2 km.) Sobral, donde se destaca, à direita, outra estrada
que leva à Feira.
4.º) A Oliveira de Azeméis (14,6 km ESE., pelo
ramal da E.N. n.º 10. 1.ª, da Ribeira de Ovar à Ponte de Cavaleiros, e
daqui, pela E.N. n.º 10-1.ª, de Lisboa ao Porto).
Depois de Ovar, a estrada, passando de nível a linha do
Norte, atravessa as povoações de S. João de Ovar. (1 km)
Cabanas e (1,8 km.) Cimo-de-Vila. – 5 km., Cabomonte:
pedreiras de ardósia abertas em xistos luzentes de que se extraem
grandes lousas rectangulares, por vezes com mais de 1 metro de lado, com
que se vedam os campos à beira das estradas. De Cabomonte, e mais
adiante a 6,4 km e 6,8 km, no Padrão, várias estradas municipais
de algumas centenas de metros levam, à esquerda, ao Souto, em
cujas cercanias se encontra um dos afloramentos de granito da Beira
Litoral e um dos jazigos ou barreiras de caulino exploradas no
distrito de Aveiro para o fabrico da porcelana. O afloramento de granito
(pegmatítico), com massas fortemente biotíticas de xisto,
encontra-se no caminho que liga a estrada do Souto à Feira com
Mosteirô.
As barreiras de caulino são em Vale Rico, e foram
descobertas, em 1824, por um operário da fábrica da Vista Alegre (pág.
534), Luiz Pereira Capote, tendo sido durante bastante tempo utilizadas
no fabrico de porcelana naquela fábrica. Este caulino tem sido extraído
de diversas barreiras (Vale Rico e Fijô de Teobalde, na freguesia
do
Souto; Válega e S. Vicente de Pereira, no concelho de Ovar, S. Martinho
das Gardanas (2) no concelho de Oliveira de Azeméis), à medida que se vão
esgotando as bolsadas. São as rochas feldspáticas provenientes
das intrusões eruptivas, entre as quais avultam os pegmatíticos que,
segundo Sousa Brandão, por uma alteração subaérea dos feldspatos, e não
por exalações de profundidade, como se supõe ter acontecido em outros
casos, no estrangeiro, teriam produzido estes caulinos. As águas de
infiltração carregadas de anidrido carbónico e oxigénio, que ensopam
depois das
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chuvadas O xisto circunvizinho é que, decompondo os silicatos aluminosos
constituiriam aqui o agente de caulinização. Estes jazigos de caulino
dos concelhos de Ovar, Feira e Oliveira de Azeméis são muito
importantes. O material é considerado de primeira ordem. Além dos
explorados pela fábrica de porcelana da Vista Alegre, e que formam o
Couto Mineiro dessa denominação (produção em 1932: 1282 toneladas), a
fábrica de louça de Sacavém é concessionária duma mina de caulino na
freguesia de Souto, denominada da Espinheira (produção 40 toneladas).
A 7 km, em Feiral do Souto, estrada municipal à
esquerda para (4,6 km. Norte) Vila da Feira. – 8 km Agoncida,
lugar da freguesia de Mosteirô, onde se encontra um dos maiores e mais
importantes afloramentos de granito do concelho da Feira (ver voI. IV).
É um granito gneissico com concentrações extensas de mica
biotítica castanho-escura que atingem frequentemente 7 cm de comprimento
por 2 cm de espessura (Sousa Brandão) e cujas pedreiras fornecem
importante material de construção para várias povoações do distrito.
De ora em diante atravessa-se de Noroeste a Sudeste o
território outrora ocupado pelo couto do velho convento de Cucujães
(pág. 586), correndo na vertente Oeste do declivoso monte antigamente
chamado de Castro Recarei (altura máxima em St.º Estêvão, 257
metros), cujo nome viria de Ricardo ou Recaredo, rei dos
Visigodos, e que forma como que a espinha dorsal do território, cobrindo
cerca de metade da superfície da freguesia de Cucujães. Esta elevação,
que se mantêm sempre acima da curva de nível de 200 metros, começa ao
Sul, no Crasto do Troncal, a Este da freguesia de São Martinho de Gandra
(concelho de Azeméis), passando pelo alto de Rebordões (252 m de
altitude), Vila Nova, Fogo, Fermil, Casal Novo e Casaldelo, este já no
concelho de S. João da Madeira, vindo a acabar ao Norte, na freguesia de
Arrifana, num cabeço coroado pela ermida de St.º Estêvão. Neste há uns
três cabeços cónicos onde existiram outrora mamoas. Destas alturas
medianas, a vista estende-se, a Oeste sobre uma enorme área coberta de
pinheirais e de culturas e com grande número de povoações até o mar, e,
a Norte sobre S. João da Madeira e os povoados situados nos seus cortes
e nos vales do Monte Pereiro. Há a tradição local que o sopé do Monte
Recarei e a planície que dali se estende para poente, e onde ficam os
sítios de Porto Couto, Porto Carro, Porto da Igreja, foram outrora
ocupados pelo mar, o que é talvez ingenuamente sugerido pelo nome de
porto.
Passamos sucessivamente pelos seguintes pontos de Couto
de Cucujães: 9,4 km Fermil do Couto: à esquerda, os montes de
Santo Estêvão (257 metros), com a sua ermida, cuja primeira
construção dataria de 1366, e de Casaldelo (247 metros), também
coroado de capela.
– 10 km, Fogo do Couto. – 10,5 km. Vila Nova do
Couto: à esquerda, o ramal da E.N. n.º 10-1.ª que leva a (3,1 km
Nordeste) S. João da Madeira (pág. 586), por Casal Novo, Casaldelo,
Escarigo e Fontainhas. Logo adiante, à direita, estrada municipal para
Cucujães (seguindo-a, poder-se-ia contemplar, logo diante da povoação, o
belo panorama da esplanada de St.ª Luzia, e romando em Venda Nova a
estrada do Troncal, a vista ainda mais bela e mais vasta do monte de
Rebordões; – 11,2 km, Picoto do Couto (225 metros) – 11,7 km.,
Costa do Couto, onde se transpõe um afluente da ribeira de Escarigo,
tributária do Antuã. – 12,6 km, igreja do Couto, donde se
destaca, à direita, uma curta estrada que conduz ao antigo convento
beneditino, hoje Colégio das Missões Ultramarinas (pág. 586). – 13 km,
Feirral do Couto: à esquerda, uma estrada que, depois de passar,
a pequena distância, pela estação do caminho de ferro do Vale do Vouga
de Couto de Cucujães, vai ligar com a E.N. n.º 10-1ª próximo da ponte
de Margonça; à direita, despega pouco depois outra estrada para (2
km. Sul) S. Tiago de Riba-Ul. Em seguida a esta última bifurcação,
passa-se o Antuã ou UI na Ponte do Feirral
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ou de Estar, a montante da qual vai desaguar a ribeira de
Escarigo. À esquerda, vêem-se os lugares de Moinhos e Gandarinho,
dominados pela capela de S. Sebastião e pela casa da família Brandão, de
Gandarinho, com o seu torreão. Após a passagem de nível sobre a linha
férrea do Vale do Vouga, desemboca-se na E.N. n.º 10-1.ª, de Lisboa ao
Porto, a 15,3 km de Ovar, próximo da ponte de Cavaleiros, lançada
sobre a ribeira de Carcavelos, afluente do UI. Transposta a ponte,
segue-se para o Sul, pela E.N. n.º 10-1ª, até (14,6 km) Oliveira de
Azeméis (p. 587).
[De Ovar a Oliveira de Azeméis poder-se-ia tomar também a
estrada que sai à esquerda da E.N. n.º 28-2.ª em S. Miguel de Ovar, a
800 metros da vila, passando a (6,6 km. Este) S. Vicente de Pereira,
importante freguesia que teve foral de D. Manuel I, em 1514: com o nome
de Pereira Jessano. Teve pelourinho. A velha casa da Câmara foi
adaptada a escola do sexo feminino. Num local denominado Mesquita,
talvez reminiscência de algum templo árabe, há uma fonte chamada dos
Mouros. Em escavações feitas no sítio do Paço, encontram-se sepulturas
de tijolo com ânforas. Também nesta região foram encontradas mamoas
celtas. Merece esta aldeia é ainda referência especial pelas barreiras
de caulino que a fábrica da Vista Alegre ali explora para o fabrico da
sua porcelana (pág. 536).
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(1)
– Por EGAS MONIZ e RAUL PROENÇA.
(2)
– No original lê-se «São Martinho das Gardanas», que não existe. Deverá
ser São Martinho da Gândara. (Observação de Rui Teixeira)
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