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BOLETIM
CULTURAL E RECREATIVO - SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO - AVEIRO |
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Água nossa de cada dia... |
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Na sequência da
seca que se fez sentir no verão passado, estivemos na iminência de
termos, mais ano menos ano, de vir a racionar o consumo de água.
Os alunos da turma
B do 7º ano, no âmbito da Área de Projecto, motivados para saber mais
sobre a água, e mais concretamente sobre a água que abastece Aveiro,
foram à procura da origem da que é utilizada nas suas casas e em locais
públicos, do modo como é usada, das quantidades que cada um consome e do
destino que lhe é dado depois de a usarmos e a termos deitado fora.
Nos Serviços
Municipalizados, aprenderam que a água que abastece Aveiro é captada em
17 locais, espalhados pelo concelho e por concelhos limítrofes. Nesses
lugares, encontram-se formações rochosas impregnadas de água – os
aquíferos. Algumas dessas rochas situam-se apenas a alguns metros abaixo
da superfície, enquanto outras se situam a cerca de trezentos metros de
profundidade. Em cada uma dessas formações rochosas, a água é captada,
analisada e, se necessário, tratada.
Também foram ao
Vale das Maias (perto de Vale de Ílhavo) e viram onde e como é obtida a
água que abastece o centro de Aveiro. Aí visitaram a Estação de
Tratamento de Água (ETA), onde a que foi extraída do aquífero é tratada
com cal, para equilibrar a acidez, e com cloro, se houver vestígios de
microrganismos. Quando a produção é maior do que o consumo, essa água
fica armazenada em três depósitos da Rua Mário Sacramento. Em certos
casos, é necessário recorrer a outras substâncias químicas para tornar a
água potável. |
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Sobre o
consumo nas nossas casas e na nossa cidade, descobriram que, se
tomarem um banho de imersão, podem gastar entre 180 a 300 litros de
água. Se tomarem um duche de cinco minutos, podem gastar apenas 60
litros, se desligarem a torneira enquanto se ensaboam. Descobriram
também que a máquina da roupa gasta até 90 litros por lavagem e a da
louça até 60. Em cada descarga do autoclismo, gastam-se de 6 a 10
litros. E podem economizar 10 a 30 litros se tiverem o cuidado de
fechar a torneira enquanto lavam os dentes e fazem a barba. Só na
Escola Secundária José Estêvão, gasta-se uma média de 1500 litros
por dia!
Os alunos
recolheram ainda dados sobre a quantidade de água gasta numa piscina
pública por cada utente, num hospital por cada cama, ao regar um
metro quadrado de jardim, a apagar um incêndio... Tudo somado, são
muitos milhares de litros! |
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E depois? O que é
que acontece quando a água sai das nossas casas?
Ela não é
devolvida directamente aos aquíferos, mas recolhida em condutas que a
levam à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cacia. Por
isso, foram ver e assistir aos processos de tratamento por que passam os
milhares de metros cúbicos de água suja que lá chega diariamente. Viram
como é possível obter água límpida que, por não ser potável, é
transportada para o mar, ao largo de S. Jacinto, a cerca de 3
quilómetros da costa. As lamas que se extraem da água suja podem ser
usadas para fertilizar as terras de cultivo.
Finalmente,
partilharam os conhecimentos adquiridos com toda a comunidade escolar.
Para isso, no dia da escola, realizaram uma exposição com os painéis
contendo as informações recolhidas. Também nesse dia, procederam a um
inquérito na escola com o objectivo de sensibilizar para a reflexão
sobre os gastos dentro de cada agregado familiar.
Esperamos ter dado
desta forma um contributo para podermos continuar a usufruir deste bem
que é fonte e suporte de toda a VIDA. |
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Nota
— Fica aqui expresso o nosso agradecimento aos Serviços Municipalizados,
desde Aveiro à SIMRIA e à empresa MOVEAVEIRO, pelas facilidades
concedidas.
As Professoras da
Área de Projecto,
Dulce Gil e Ercília Gomes |
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1 - Editorial
2 -
Contos tradicionais portugueses
3
-
Água nossa de cada dia...
4 - Assim vai o ensino em Portugal
5
- Os cais da cidade
6 -
Do Amor
7 - Acerca da poesia de Mário Beirão
8
- Clube de cidadãos
9 - Colóquio Percursos do acanto
10 - A Senhora Colette
11
- Hora do Recreio |
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