O
Lago
Límpido e
transparente, calmo e sereno, brotou do chão, da terra, das
pedras, por magia, por encanto. O Sol brilha, trespassando
folhas e ramos. Toca-o suavemente. Aquece-o. Acaricia-o.
Pequenos barcos flutuam sobre ele. Nenúfares, folhas, flores,
fadas como passageiras. Serve-lhes de espelho, onde se penteiam
e se embelezam.
O Sol está
mais fraco. A tarde já caiu... No céu, um raiar púrpura. As
fadas recolheram-se. Está só, silencioso, misterioso. A noite
envolve-o. Os seus cantares não tardarão a enchê-lo com sons
estranhos, imperfeitos, descompassados. Grilos, mochos, rãs,
aliviam-lhe a solidão. E é a noite quem tapa e aconchega e lhe
diz: - Boa noite!
(Apresentado
pela primeira vez sob a forma de poema, no concurso que a escola
efectuou no Dia de Árvore, foi escrito na aula por Carla Rosas,
do 8º E.)
Uma
vela por Timor
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Uma
vela, mais outra vela acesa.
Para que não cessem as raízes da liberdade...
Para Timor ser vida
para os pais e para os filhos
não amados;
para os presos calados,
cujos gritos estão esgotados.
Sinto a esperança que nos une
na hora do terror.
... ...
... ...
... ...
...
Onde estão os defensores
dos tão proclamados
direitos humanos?
Afinal, neste mundo,
vale mais um barril de petróleo
do que uma vida humana?!..
Catarina e Susana – 8º C
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Mar
Imenso
Ao
ver tua alma ondular
Quem dera poder mergulhar
Ó mar azul
Nessa quantidade de mar
Quem dera lá estar
Ó
mar azul
Quem dera poder mergulhar
Nessa quantidade de mar
Ó
mar azul
Quem dera poder lá estar
Ao ver tua alma ondular
Ó
mar azul
Nessa quantidade de mar
Quem dera poder mergulhar
Ó
mar azul
Quem dera lá estar
Ao ver tua alma ondular
Ó
mar azul
Armando Duarte – 9º C
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DEDICATÓRIA
I
País de
inúmeras beldades,
e lindo como uma flor,
só se resume nesta frase:
- Timor, meu querido Timor.
II
Como antes
eras belo!
Ainda me lembro de ti,
hoje deixas-me tristezas,
como eu por ti senti.
III
Agora está
tudo acabado,
e esses teus lindos jardins,
não passam de cemitérios,
cobertos de murchos jasmins.
IV
Só espero
voltar a encontrar-te,
longe deste pesadelo,
tu pertences a Portugal,
não tenhas vergonha em sê-lo.
Carolina Juliana da Costa Pereira Pinto
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