Um dos utensílios, se assim lhe podemos chamar, de maior uso na região e
intimamente relacionado com a agricultura é o arado. Embora,
ultimamente, já alguns campos sejam lavrados com tractores, ainda são
muito utilizados os tradicionais arados, todos de madeira, tirados por
uma junta de bois e do tipo ilustrado na figura 4.
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Fig. 4
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O arado e seus elementos constituintes. |
Formado por uma peça central, tem na metade anterior o dente (2), ao
qual se encontra pregado um grosso ferro (4) que tem por finalidade
rasgar a terra e impedir o desgaste da madeira; a metade superior, a
arrabiça (1), serve para segurar e orientar o arado. Puxado por uma
junta de bois, a ela se encontra atrelado mediante uma longa haste, o
apo do arado (6), preso por meio de uma cunha (9), igualmente de
madeira, um pouco acima da parte posterior do dente. Para maior
segurança, («a sigureza do arado está no atiró»), o apo encontra-se fixo
ao dente por meio do àtiró (7), firme por meio de uma cunha (8). De cada
lado do dente existe uma travessa, a abéca (3), formando um ângulo
agudo, e firme por meio de uma cavilha de madeira (5). Para o sulco ser
mais profundo, «abre-se o arado», isto é, aumenta-se o ângulo entre o
apo e o dente. Desejando-se o contrário, «sarra-se o arado»,
diminuindo-se para isso o já citado ângulo.
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