USF Moliceiro - Jornal N.º 12

Cuidados a ter com os brinquedos

O Natal é tempo de muita magia e de muitos presentes para os pequenotes. São muitos brinquedos novos para explorar e fazer o olhar das crianças brilhar. Mas atenção!! Apesar das boas intenções de quem oferece um brinquedo, é dever dos pais verificar se este é adequado e seguro para a criança.

O maior motivo de mortalidade e morbilidade infantil são os acidentes domésticos.

Na escolha do brinquedo, esteja atento às recomendações relacionadas com a idade e a segurança. Escolha brinquedos apropriados à idade, à habilidade e ao nível de agilidade da criança. Os brinquedos que não são apropriados à faixa etária de uma criança podem ser perigosos para a criança!

Não compre brinquedos com peças pequenas e facilmente separáveis para crianças com menos de 3 anos – estas crianças tendem a colocar os brinquedos na boca e podem sufocar com peças pequenas.

Depois de comprar um brinquedo, siga com muita atenção o manual de instruções. Esteja atento às crianças enquanto brincam – certifique-se de que todos os brinquedos são utilizados corretamente e são adequados à idade e capacidade da criança. Com certos brinquedos, como trotinetas, patins e bicicletas, as crianças devem usar sempre capacete e outros equipamentos de segurança.

Verifique regularmente o estado dos brinquedos – os brinquedos partidos ou usados podem magoar a criança e colocar em risco a sua segurança. Elimine os brinquedos partidos de imediato. Certifique-se de que as crianças não brincam com embalagens de plástico porque pode existir um risco de asfixia. Ensine os seus filhos a guardar os brinquedos para evitar acidentes. Se o brinquedo não for adequado para a idade da criança guarde-o até que a criança tenha a idade certa.

Lembre-se, a crianças não têm capacidade para avaliar os riscos que um brinquedo desapropriado pode trazer. Somos nós, os adultos, quem tem a responsabilidade em dar segurança e prevenir os acidentes nas crianças.

Enf. Elisabeth Godinho
Enfermeira de Família

Porque deve parar de tomar benzodiazepinas?

As benzodiazepinas (“calmantes”) são fármacos us, principalmente, para o tratamento de ansiedade, insónia (dificuldade em adormecer), pânico e convulsões. As mais usadas são: alprazolam (Xanax®, Unilam®); lorazepam (Ansilor®, Lorenin®); bromazepam (Lexotan®, Bromalex®); diazepam (Valium®, Unisedil®); zolpidem (Stillnox®, Cymerion®); mexazolam (Sedoxil®, Melex®); clonazepam (Rivotril®).

A duração máxima recomendada de tratamento com benzodiazepinas são 4 semanas, se o fármaco for usado para tratar a insónia, ou 12 semanas, para tratar a ansiedade. Em certas situações, segundo indicações médicas, pode prolongar-se o período máximo de utilização.

Não deve tomar estes medicamentos mais tempo do que o recomendado pelo seu médico, pois tomas prolongadas podem provocar problemas na saúde, como por exemplo:

▪ Perder eficácia;

▪ Provocar dependência;

▪ Causar sonolência e alterações motoras (e originar quedas, fraturas ósseas ou acidentes de viação);

▪ Causar deterioração cognitiva: podem causar aparecimento de “esquecimentos” e confusão mental.

É recomendado não consumir estes medicamentos juntamente com substâncias psicoativas, como o álcool, pois potenciam a gravidade e extensão dos seus efeitos adversos.

Quando se suspende estes fármacos abruptamente, podem surgir sintomas desagradáveis, que podem ser ligeiros como tremor, náuseas, vómitos, dores de cabeça, agitação, irritabilidade, confusão mental ou graves como convulsões e alucinações. Assim, a suspensão do fármaco deve ser realizada de forma gradual, ao longo de semanas a meses; por isso, se pretender parar de tomar, fale com o seu médico!

Dr.ª Cláudia Álvares
Interna de Medicina Geral e Familiar

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