N.º 21 –
Dezembro de 2001
Neste último mês do
ano, muito se disse e escreveu sobre as eleições autárquicas. Antes do
dia 16 foram as promessas de melhoria das condições de vida da
populações e simultaneamente o apontar dos erros do adversário político
e, sobretudo, da gestão anterior. Posteriormente foram as surpresas, os
comentários dos analistas, e as posições (algumas engraçadas) dos
líderes partidários.
Em todas estas
situações/posições, a gente da política procura/julga descobrir os
interesses do Povo (uns seriamente outros não tanto), nas nada parece
dar certo nem para uns nem para outros, nem antes nem depois. Lá de cima
o soberano Povo, com o seu voto, dita a lei: ora premeia ora castiga,
seguindo não se sabe que misterioso critério, acabando sempre esse poder
por se transformar em “auto-flagelação”.
Quanto a
nós, mais uma vez, como tantos outros, procuramos entender estas
perversões da democracia, mas recordando sem querer aquela frase sobre a
qual nunca é demais meditar: “Nesta parte do mundo encontramos um
estranho Povo que nem se governa nem se deixa governar”... |