N.º 20 –
Setembro de 2001
Ao longo dos muitos
anos de existência dos Congressos sobre o Alentejo (naturalmente por
incómodo a quem nada faz pela região e muito quer aparentar fazer)
algumas vozes se têm levantado falando de
conotações/compadrios/tendências, sem qualquer rebuço ou pensamento mais
assente.
Ultimamente essas
vozes parecem ser sempre as mesmas, o que, sem qualquer sombra de
dúvida, é bom, pois significa que alguém foi visto de traseiro ao
relento, isto é, está ficando sem cobertura, mesmo dos seus mais
próximos.
Para nós o Congresso
não é isso, mas sim o mais aberto fórum de discussão sobre a região, e
mais seria, se os Alentejanos, todos, assim o entendessem.
Ninguém tem dúvidas
da necessidade de, agora mais que nunca, discutirmos o nosso futuro,
pois o Governo Central, pensem bem, não tem estado/nunca esteve
minimamente preocupado connosco ou com os projectos
–
sem conta
–
por nós apresentados
nos vários Congressos, ou fora deles.
Esperamos, convictos,
que assim será, que neste Congresso, com um lema tão forte (25 anos de
Poder Local Democrático no Alentejo – participação, desenvolvimento,
qualidade de vida), se volte a abordar a questão da
descentralização/regionalização, obviando assim boa parte da dependência
absurda desse mesmo Poder Central e seus nomeados/representantes.
Daqui,
com a nossa voz possível, apelamos para que os Alentejanos interiorizem
que o futuro só será nosso se o conquistarmos. |