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Revista Alentejana (2ª série) in memoriam. Um texto para memória, o Estatuto Editorial e 26 editoriais. Lisboa, 2011, 36 páginas.


Missão árdua mas aliciante

N.º 7 – Dezembro de 1997

Penso ser oportuno falar sobre a necessidade de os Alentejanos estudarem e discutirem com alguma profundidade a problemática da comunicação adentro do seu território.

Penso e acredito, cada vez mais, que não só é oportuno como urgente fazê-lo.

Em cada canto nasce uma folha, ou da paróquia ou de um grupo voluntarioso de amigos, que poucas semelhanças tem com um jornal.

As Câmaras Municipais editam cada uma o seu boletim informativo, que boa parte das vezes, se calhar inconscientemente, ultrapassam o fim a que se destinam transformando-se em péssimos jornais/revistas e deixando de ser bons boletins, salvaguardando-se as honrosas excepções.

Por outro lado, proliferam um pouco por toda a região estações de rádio difundindo pacotes de informação standardizada, e música de mau gosto e péssima qualidade.

Todavia, paralelamente, produzem-se bons órgãos de comunicação social no Alentejo, dos quais todos nós nos podemos, e devemos, orgulhar.

No tocante à Revista Alentejana no seu papel de entre-cá-e-lá, insisto, pretendemos vir a ter um lugar destacado em todo este panorama, pois manter de algum modo ligados 250/300 mil Alentejanos residentes na área da Grande-Lisboa a cerca de 550 mil que vivem no Alentejo é, indiscutivelmente, missão árdua e importante, mas também aliciante.

Por tudo isto a Revista Alentejana estuda a possibilidade de levar à prática um conjunto de conversas/debates sobre este assunto –de que oportunamente daremos noticias- às quais gostaríamos de ver associados todos aqueles, que de uma forma ou outra, no Alentejo, se interessam por estas coisas.

 

 
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