N.º 7 – Dezembro de 1997
Penso ser
oportuno falar sobre a necessidade de os Alentejanos estudarem e
discutirem com alguma profundidade a problemática da comunicação adentro
do seu território.
Penso e
acredito, cada vez mais, que não só é oportuno como urgente fazê-lo.
Em cada
canto nasce uma folha, ou da paróquia ou de um grupo voluntarioso de
amigos, que poucas semelhanças tem com um jornal.
As
Câmaras Municipais editam cada uma o seu boletim informativo, que boa
parte das vezes, se calhar inconscientemente, ultrapassam o fim a que se
destinam transformando-se em péssimos jornais/revistas e deixando de ser
bons boletins, salvaguardando-se as honrosas excepções.
Por outro
lado, proliferam um pouco por toda a região estações de rádio difundindo
pacotes de informação standardizada, e música de mau gosto e péssima
qualidade.
Todavia,
paralelamente, produzem-se bons órgãos de comunicação social no
Alentejo, dos quais todos nós nos podemos, e devemos, orgulhar.
No
tocante à Revista Alentejana no seu papel de entre-cá-e-lá, insisto,
pretendemos vir a ter um lugar destacado em todo este panorama, pois
manter de algum modo ligados 250/300 mil Alentejanos residentes na área
da Grande-Lisboa a cerca de 550 mil que vivem no Alentejo é,
indiscutivelmente, missão árdua e importante, mas também aliciante.
Por tudo
isto a Revista Alentejana estuda a possibilidade de levar à prática um
conjunto de conversas/debates sobre este assunto –de que oportunamente
daremos noticias- às quais gostaríamos de ver associados todos aqueles,
que de uma forma ou outra, no Alentejo, se interessam por estas coisas. |