N.º 6 – Agosto de 1997
Esta rara
maneira de estar nas coisas simples do dia-a-dia com verticalidade, a
mesma verticalidade que usa nas situações transcendentes da vida, fazem
com que o povo Alentejano seja forçosamente diferente e admirado.
Mas
também fazem com que aqueles que incapazes de o igualar, interiormente,
talvez de forma inconsciente, o invejem e procurem apoucar.
Ao longo
dos imensos anos de sacrifício e de marginalização constante (umas vezes
declarada outras com roupagens alindadas), “pegando” de frente a vida, o
Alentejano partiu sempre disposto a ser dono do futuro.
Árdua e
orgulhosamente o Alentejano impõe-se por onde passa. Como exemplo pode
ver-se a sua capacidade de organização colectiva nas áreas de emigração
fazendo parte de associações da mais variada ordem, sempre com posições
motoras e de defesa da sua origem e cultura.
Esta rara
maneira de, numa sociedade amorfoseante se erguer, sempre, impondo-se a
quem o procura diminuir por tudo ou por nada, farão sempre dele, apesar
do anedotário e do insulto implícito, um povo de excepção. |