1610-02-20 — Foi passada carta de apresentação da capela
curada do Espírito Santo, da vila de Aveiro, ao Padre Pedro Ferreira
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 287) – A.
1610-08-06 — Foi passado um alvará aos oficiais da Câmara da
vila de Aveiro para poderem dar 12.000 réis anuais ao boticário André
Coelho (Torre do Tombo, Filipe II, Ofícios, livro 20, fl. 255) – A.
1611-04-17 — Foi passada carta de apresentação da vigararia
da igreja da Vera-Cruz, da vila de Aveiro, ao Padre Gaspar de Couros
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 317v) – A.
1611-06-26 — Na igreja de S. Domingos, em Lisboa, recebeu a
ordenação episcopal o bispo de Cabo Verde, D. Frei Sebastião da
Ascensão, que, embora natural da freguesia de Pinheiro da Bemposta,
professara no Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, em
Aveiro; presidiu à cerimónia litúrgica D. Miguel de Castro, arcebispo de
Lisboa (Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Livro III,
Tomo II, pg. 974; Jorge Cardoso, Agiológio Lusitano, II, pg. 151. Rangel
de Quadros, em Aveirenses Notáveis, I, fl. 136, diz que a cerimónia se
realizou na sé de Lisboa) – J.
1611-11-11 — Foi passada ao Padre Pedro Vaz carta de
apresentação de benefício curado na igreja matriz de S. Miguel, de
Aveiro (Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 339)
– A.
1612-02-17 — Foi passada a Belchior da Madre de Deus provisão
de ermitão da ermida de S. Gregório, anexa à matriz da vila de Aveiro
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 10, fl. 341) – A.
1613-01-08 — O Padre Frei Tomé dos Reis, prior do Convento
Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, organizou um livro de toda
a Fazenda que o convento possuía em Canelas, Fermelainha e Angeja –
manuscrito que se guarda no arquivo da Direcção de Finanças do Distrito
de Aveiro (Arquivo, IV, pg. 107) – A.
1613-04-26 — Foi passado alvará aos oficiais da Câmara de
Aveiro para darem a Pedro de Araújo, mestre-de-obras, o ordenado anual
de 19.000 réis, por ser «muito grande oficial de abellidade e arquiteto»,
para ter cuidado de todas as obras de igrejas, pontes, fontes, calçadas
e todas as mais pertencentes ao bem comum (Torre do Tombo, Filipe II,
Ofícios, livro 31, fl. 56v; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, II,
fls. 95-96) – A.
1613-06-20 — El-Rei D. Filipe II de Portugal mandou que, em
virtude de alguns abusos – «inconvenientes, desordens e conluios» – nas
arrematações de obras das igrejas, fontes e calçadas da vila de Aveiro,
nas quais se aplicava a imposição dos vinhos dela, não se procedesse a
tais arrematações sem estar presente o provedor da Comarca de Esgueira
(Colectânea, II. pgs. 57-58) – J.
1613-07-22 — Foi concedida licença aos carmelitas descalços
para edificarem um convento em Aveiro, tendo-se para isso reunido nos
Paços do Concelho, além da Câmara, os nobres e os «homens bons» da vila.
Só dois anos mais tarde, em 16 de Julho de 1615, é que se obteve a
licença régia (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I,
fls. 81 e ss.) – A.
1613-10-12 — O bispo de Coimbra, D. Afonso de Castelo Branco,
e o duque de Aveiro, D. Álvaro de Lencastre, deram autorização aos
frades carmelitas descalços para fundarem um convento na vila de Aveiro
(Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 105) – A.
1613-11-08 — Faleceu em Esgueira, onde nasceu e viveu, Pedro
Vaz de Eça que, sendo filho bastardo de Pedro de Eça, ilustre militar
que serviu altos cargos e tomou parte em várias campanhas, e de Isabel
Vaz, recolhida no Convento de Lorvão, fundou o ramo ilegítimo dos Eças,
desta vila (Epitáfio tumular à entrada de uma capela lateral na igreja
de Esgueira; Arquivo, X, pgs. 65-70) – J.
1614-03-18 — Faleceu em Cabo Verde o bispo D. Frei Sebastião
da Ascensão que, tendo nascido na freguesia de Pinheiro da Bemposta,
professara no Convento Dominicano de Aveiro (Jorge Cardoso, Agiológio
Lusitano, tomo II, pg. 151; Fortunato de Almeida, História da Igreja em
Portugal, Tomo III, Parte II, pg. 974; Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, I, fl. 137, diz que faleceu em 12 do mesmo mês e ano) – J.
1614-04-14 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples na matriz da vila de Aveiro ao Padre Aires Correia Baharem
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro I, fl. 433v) – A.
1614-07-31 — O emérito aveirense Cónego D. Vasco de Sousa,
que cultivou com brilho a oratória sacra e viria a ser reitor da
Universidade de Coimbra, pregou na igreja de S. Lourenço, da cidade do
Porto, um famoso sermão na festa de Santo Inácio de Loiola, o qual seria
impresso em Coimbra, na tipografia de Diogo Gomes Loureiro (Rangel de
Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 20) – J.
1614-11-27 — Por escritura desta data, lavrada no cartório do
tabelião Belchior Correia de Vasconcelos, a Santa Casa da Misericórdia
deu ao Padre Sebastião de Matos, mediante o pagamento do foro de 5.000
reis, a capela de Santo Ildefonso (Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg.
131) – A.
1615-01-15 — Foi despachado cónego magistral da Sé de Coimbra
o insigne aveirense Doutor D. Vasco de Sousa, mais tarde reitor da velha
Universidade (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I. n.º 19) – A.
1615-03-26 — Ficou aprovado para provedor do Santo Ofício
Frei Diogo Ferreira, natural de Vila Franca, na ocasião morador no seu
Convento de Abrantes, mas que fora prior do Convento Dominicano de Nossa
Senhora da Misericórdia, de Aveiro, em 1607 (Arquivo, XXIX, pg. 47) – J.
1615-07-16 — Por uma provisão deste dia, D. Filipe II de
Portugal, atendendo ao que lhe fora representado pela Câmara e pela
Nobreza de Aveiro, concedeu licença para a fundação do Convento do Carmo
(Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V, fls. 84) – A.
1615-08-13 — El-Rei D. Filipe II de Portugal acrescentou
vinte capítulos ao compromisso especial da Santa Casa da Misericórdia de
Aveiro (Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 132) – A.
1616-03-18 — Foi passada carta de apresentação de benefício
simples, na igreja de S. Miguel, matriz da vila de Aveiro, a Francisco
da Silva (Torre do Tombo. Chancelaria da Ordem de Avis, livro II, fl.
49v) – A.
1616-10-26 — El-Rei D. Filipe II de Portugal mandou lançar
finta para a construção de «duas pontes na estrada que vai ter à Ponte
Pedrinha, aonde chamam a pontinha de Segadães e a pontinha de Almenara»;
Jorge Afonso, mestre de pedraria, morador em Aveiro, que trabalhou na
Misericórdia e na igreja de Esgueira, adjudicou as obras por 385.000
reis (Arquivo, XXV, pg. 53. A pontinha de Almenara é no sítio que hoje
se chama da «Rata») – J.
1617-02-02 — Pedro Anes Pericão, o novo, um dos primeiros
deste apelido que se conhecem em Aveiro, faleceu na sua casa da Rua da
Agostinha ou Rua de Santa Cruz, sendo sepultado no Convento de Santo
António (Arquivo, XI, pg. 102) – A.
1617-02-16 — D. Beatriz de Lara e Meneses tomou de aforamento
a Lopo Cabral da Silveira, então administrador do vínculo de que foi
instituidor Afonso Domingues de Aveiro, dezassete pequenas casas, com os
respectivos quintais, nele incorporadas. As casas existiam no terreno
que, mais tarde, constituiu a cerca e dependências do Convento das
Carmelitas, no local onde até fins do século XV, segundo a tradição,
existiu uma judiaria (Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 77) – A.
1617-06-16 — Um alvará régio ordenou a finta de 990.000 réis,
além de uma outra suplementar de 50.000 ou 70.000 réis, para a
construção da nova igreja de Santo André de Esgueira; fora naquela
importância o lanço do mestre-de-obras Jorge Afonso, morador em Aveiro,
que também deixaria o nome ligado à igreja da Misericórdia, aos pontões
de Segadães e de Almear e ao tapamento de umas quebradas do rio Vouga,
em Eixo (A. Nogueira Gonçalves, Inventário Artístico de Portugal,
Aveiro-Sul, pgs. 104 e 167) – J.
1617-07-10 — Foi passado um alvará para a Câmara de Aveiro
dar 12.000 réis anuais ao boticário André de Carvalho (Torre do Tombo,
Chancelaria de D. Filipe II, livro 31, fl. 287) – A.
1617-07-19 — No claustro que se realizou nesta data, em
Coimbra, o insigne aveirense D. Vasco de Sousa foi um dos três
escolhidos e propostos para o cargo de reitor da Universidade. El-Rei D.
Filipe II de Portugal viria a nomeá-lo para essas elevadas funções
(Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 20) – J.
1617-08-29 — Por carta de Sua Majestade, subscrita por
Cristóvão Soares, foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra o
ilustre aveirense Doutor D. Vasco de Sousa, determinando-se que se
passassem e levassem a assinar os despachos necessários (Torre do Tombo,
Mesa da Consciência e Ordens, Livro 20, fls. 208-208v) – A.
1617-11-20 — Foi dada informação para carta de familiar sobre
Manuel da Silva, natural da vila de Eixo e morador em Lisboa, filho de
Sebastião da Silva e de Maria Pais (Arquivo, XL, pg. 299) – J.
1618-01-13 — Por uma provisão de El-Rei D. Filipe II de
Portugal, foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra o insigne
aveirense Doutor D. Vasco de Sousa, um dos três escolhidos e propostos
em claustro de 19 de Julho de 1617 (Francisco de Moraes, Reitores da
Universidade de Coimbra, pg. 25) – A.
1618-02-14 — A Mesa da Consciência e Ordens emitiu o parecer
de que merecia ser atendida a petição do ilustre aveirense Doutor D.
Vasco de Sousa, reitor da Universidade de Coimbra, no sentido de poder
renunciar em pessoa apta e suficiente o cargo de cónego doutoral da Sé
de Coimbra (Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, livro 25, fls.
271v-272) – A.
1618-03-18 — Os frades carmelitas descalços começaram a
habitar o paço de D. Beatriz de Lara e Meneses, no Terreiro, onde
estiveram até à conclusão, em 1620, do convento, na antiga Rua de S.
Paulo, mais tarde denominada Rua do Carmo (Rangel de Quadros, Aveiro –
Apontamentos Históricos, V, fl. 86) – A.
1618-03-23 — Prestou juramento e tomou posse do cargo de
reitor da Universidade de Coimbra o insigne aveirense Doutor D. Vasco de
Sousa (Arquivo da Universidade de Coimbra, Livro 17 dos Conselhos,
1617-1618; Francisco de Moraes, Reitores da Universidade de Coimbra, pg.
25) – A.
1618-04-30 — Foi passada carta de apresentação de tesoureiro
da igreja matriz de S. Miguel, da vila de Aveiro, a João de Abreu (Torre
do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro 11, fl. 62v) – A.
1618-06-23 — Com pouco mais de 33 anos de idade, faleceu em
Coimbra o insigne aveirense Doutor D. Vasco de Sousa, que exercia o
elevado cargo de reitor da Universidade (Rangel de Quadros, Aveirenses
Notáveis, I, fl. 20) – J.
1618-07-08 — Atendendo a um desejo da Universidade de
Coimbra, a Mesa da Consciência e Ordens foi de parecer que Sua Majestade
devia ser servido mandar escrever ao bispo-conde, ordenando que houvesse
sermão nas exéquias por alma do ilustre aveirense Doutor D. Vasco de
Sousa (Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, livro 25, fl. 301v)
– A.
1618-09-13 — D. Álvaro de Lencastre, terceiro duque de
Aveiro, escreveu ao juiz de fora, aos vereadores e ao procurador da vila
de Aveiro, recomendando-lhes que dessem o seu favor e ajuda a João de
Sampe, cônsul francês em Portugal, o qual, tendo vindo a Aveiro, não
fora aqui reconhecido como tal por faltar «ordem e licença» do duque
(Colectânea, II, pgs. 66-67) – J.
1619-03-02 — Foi passada carta de apresentação de tesoureiro
da igreja de S. Miguel, matriz da vila de Aveiro, a Francisco de Abreu
(Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Avis, livro II, fl. 75v) – A.
1619-03-12 — Pedro da Silveira, natural de Molelos e então
residente em Aveiro, foi julgado pelo Santo Ofício habilitado para
escrivão visitador das naus do Reino (Arquivo, XLII, pg. 221) – J.
1619-05-11 — Faleceu no Mosteiro de Jesus a Madre D. Inês de
Noronha, que no ano de 1600 mandara fazer a cerca do convento, como
constava de uma grande lápide cravada nos seus muros (Arquivo, XIV, pg.
213; A. Nogueira Gonçalves, Inventário Artístico de Portugal, VI, pgs.
114 e 123) – A.
1619-08-30 — Um importante registo, com referência ao alvará desta data
(Cf. Provisões e Capítulos de Cortes, fasc. I, pg. 43), menciona a
petição da Câmara de Coimbra, para também ser obrigada a contribuir na
imposição da carne e do vinho, entre outras, a vila de Esgueira; e a
provisão e o despacho do Desembargo do Paço, respectivamente de 10 e 17
de Outubro, que assim o determinaram, desprezando os embargos da vila de
Esgueira para ficar isenta da dita contribuição (Câmara Municipal de
Coimbra, Indices e Summarios, 2.ª parte, fasc. II, pg. 110) – A. |