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        NA 
        nomenclatura das famílias de Aveiro surgem apelidos um tanto estranhos, 
        por certo vindos de  alcunhas; e assim temos os Getas, como os Bonichos, 
        os Pericões, os Lançarotes, os Roulões, os Picados e
        outros. 
        
        Virá a alcunha de geta do espanhol «jeta» beiços grossos
        e caídos? Não sei. 
        
        Lembro-me de ouvir em 
        Coimbra, há muitos anos já, quando se aludia a um indivíduo indeciso ou 
        anónimo, chamar-lhe o Geta da ponte... 
        
        I − João Fernandes Geta, foi natural de Penela e casou
        com Catarina Dias. Foi seu filho: 
        
        II − Jorge Fernandes Geta, que o capitão-mor 
        de Aveiro, LUÍS DA GAMA, diz no seu nobiliário que foi cavaleiro fidalgo com 
        1$000 réis de moradia por alvará de 16-6-1576 e que era
        natural de Vale de Infesta, termo de Penela, de onde se retirou para 
        Aveiro «por crimes como dizem». Casou com Isabel de Oliveira Barreto, 
        irmã de Roque de Oliveira Barreto, e filhos ambos de Simão Pires, 
        morador na quinta da Varziela, freguesia de Préstimo, termo de Aveiro, 
        e de sua mulher Leonor de Oliveira Barreto. 
        
        Filhos: 
        
        − Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta,
        que segue. 
        
        − Manuel Oliveira Barreto Geta, 
        que segue em XIX. 
        
        − Maria de Oliveira Barreto, sem geração. 
        
         
        III − Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta, foi natural de Aveiro e baptizado na igreja de S. Miguel a 25-9-1582 e morreu a 29-5-1666. Foi 
        proprietário do ofício de escrivão da provedoria de Esgueira e casou em 
        Aveiro a 14-11-.... com Ana Ribeiro que faleceu a 8-9-1661, filha de 
        Gaspar Dias 
        /
        18 /
        Ribeiro e de sua mulher e prima Antónia Ribeiro. Ana Ribeiro foi 
        baptizada a 17-2-1590 e o pai era natural de Aveiro, onde faleceu a 
        10-9-1616, e a mulher, Antónia Ribeiro, faleceu a 12-11-1628; esta foi a 
        segunda mulher de Gaspar Dias Ribeiro e filha de Pedro Ribeiro, que 
        morou em Aveiro na freguesia de S. Miguel e na rua da Fonte-da-Cal, e de 
        sua mulher Isabel Francisco, da mesma freguesia. Estes Ribeiros de 
        Aveiro eram de prosápia e vinham, segundo o citado capitão-mor de Aveiro, 
        LUÍS DA GAMA, dos senhores de Figueiró e Pedrógão. Tiveram larga geração 
        e em Aveiro ligaram-se às principais famílias da região. 
        
        Filhos: 
        
        − Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta,
        segue. 
        
        − Pedro Ribeiro de Oliveira Barreto, segue
        em XVII. 
        
        − Francisco de Oliveira Ribeiro, que foi abade de S. João Baptista de 
        Figueira, junto a Lamego, e «foi por engano morto com um tiro à porta 
        da Sé de Lamego em Setembro de 1654», equívoco este que, francamente, 
        não deveria ter caído como sopa no mel para o pobre abade... 
        
        − Fr. João Ribeiro, 
        baptizado a 11-5-1626, foi monge da ordem de S. Bernardo no convento de Sandelgas. 
        
        − D. Maria de Oliveira Barreto, 
        baptizada a 17-9-1633 e que morreu a 
        20-1-1664; foi a segunda mulher de João da Maia da Gama, sem geração. 
        
        − D. Antónia Ribeiro, morreu menina em 1641. 
        
         
        IV − Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta, nasceu em Aveiro e foi 
        baptizado em S. Miguel a 16-I10-1619 e morreu de um acidente a 5-12-1683, 
        sendo sepultado em S. Miguel. Foi, como seu pai, proprietário do lugar 
        de escrivão da provedoria de Esgueira. Casou com Maria da Silveira 
        Cardoso Bacelar, filha de João Garcia Bacelar e de sua mulher Maria da 
        Silveira Cardoso de Albergaria, ele da Galiza e ela filha de Sebastião 
        Cerveira e de Antónia dos Santos Cardoso,
        filha esta de Miguel dos Santos, primeiro marido de Maria
        Cardoso de Albergaria, filha esta por sua vez de Gaspar Dias Cardoso de 
        Carvalho e de sua mulher Antónia Cardoso de
        Albergaria e, por sua vez, esta filha de Mecia Nunes de Albergaria, que de 
        Avis foi para Aveiro e lá casou com Fernão Pires Cardoso 
        «homem nobre e dos principais da terra aonde assistiu e foi muitas vezes 
        vereador», e, para maior honra ainda... meus décimos avós pela linha e 
        anzol dos Soeiros
        de Albergaria, como tudo se deduz no meu livro Mouras 
        
        / 
        
        19 / 
        Coutinhos de Esgueira, voI. III e título dos Soeiros de Albergaria. 
        
        Fllhos: 
        
        − Clara Ribeiro da Silveira Bacelar, segue em XV. 
        
        − Maria Garcia Bacelar, 
        baptizada a 27-9-1651, que
        foi segunda mulher de Francisco de Leão Lobo. 
        
        − Manuel de Sousa Ribeiro de Silveira, segue. 
        
        − João Ribeiro da Silveira, 
        baptizado a 24-6-1654 e morreu sem geração. 
        
        − D. Mateus de S. Tiago, 
        baptizado a 10-5-1656,
        cónego regrante de St.º Agostinho e prior de Santa Cruz de Coimbra. 
        
        − Eusébio Ribeiro da Silveira 
        Barreto, segue em XlII. 
        
        − Ana Ribeiro da Silveira, segue em XVI. 
        
        − Teresa Ribeiro da Silveira, 
        baptizada a 18-7-1660, e morreu solteira. 
        
        − Francisca Ribeiro da Silveira, 
        baptizada a 30-5-1662; (ai segunda mulher de André da Costa Bombarda. 
        
        − Joana da Silveira Ribeiro, 
        baptizada a 19-10-1663 e
        morreu solteira. 
        
        − Teodora, baptizada a 1-4-1666, que parece, 
        morreu solteira. 
        
        − Dominica, baptizada a 13-7-1667, idem, idem. 
        
        V − Manuel de Sousa 
        Ribeiro da Silveira, nasceu em
        Aveiro e foi baptizado em S, Miguel a 22-12-1652; foi também proprietário do ofício de escrivão da provedoria, mas parece que em 
        Aveiro e não em Esgueira. Casou com Maria de Oliveira da Fonseca, natural de Alqueidão (Ílhavo), filha
        herdeira do capitão Domingos André e de sua mulher Luísa de Oliveira; 
        neta paterna de Manuel André, morador na Ermida ou Alqueidão, e de sua 
        mulher Bárbara Nunes e neta materna  do capitão Luís António de Almeida, 
        de Eixo, e de sua mulher Sebastiana de Oliveira. 
        
        Filhos: 
        
        − Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira, segue. 
        
        − Angélica do Paraíso, 
        baptizada a 17-5-1687, que foi
        prioresa do convento de Jesus em Aveiro. 
        
        − Fr. Nicolau de Sousa, 
        baptizado a 15-12-1688, frade 'bernardo. 
        
        − Caetana de St.ª Teresa, 
        baptizada a 28-6-1691, freira em Jesus de Aveiro. 
        
        − Luísa Teresa, baptizada a 14-12-1693, freira em Sá. 
        
        − Isabel Clara, baptizada a 14-3-1694, também freira 
        no convento de Sá em Aveiro. 
        
        /
        20 / 
        
        - João de Sousa Ribeiro, 
        baptizado a 31-,-169" Morreu menino. 
        
        − Fr. Luís de Sousa, 
        baptizado a 8-11-1696, monge de S. Jerónimo. 
        
        − João de Sousa Ribeiro da Silveira, segue em IX. 
        
        − Fr. Francisco de S. José e Sousa, 
        baptizado
        a 3-2-1701, monge de S. Bento e era geral da sua religião em 1759. 
        
        − Francisca Micaela, 
        baptizada a 5-8-1702, freira em
        Jesus. 
        
        − Fr. Alexandre de Sóusa, 
        monge de S. Jerónimo
        e morador no convento da Costa em Guimarães, onde
        teve amores com uma senhora e daí nasceu um filho bastardo chamado Luís José de Faria de Salazar e Sousa que 
        em 1797 vivia casado em Aveiro e tinha um filho que
        estudava na Universidade. 
        
         
        VI − Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira, baptizado
        na igreja da vila de Ílhavo pelo prior Bento de Almeida
        a 18-5-1686, morrendo a 23-3-1758. Serviu algum tempo
        como juiz da Alfândega de Aveiro e foi escrivão da provedoria da mesma cidade. 
        Casou duas vezes: a primeira no
        Porto, na igreja de S. Nicolau, com D. Teresa Vicência
        Maria Brandão, natural do Porto, filha de Luís Freire de Sá,
        fidalgo da Casa Real, natural de Vila do Conde, e de sua
        mulher D. Lourença Brandão, do Porto; casou segunda vez
        com sua sobrinha D. Joana Marcela da Silveira, filha de seu
        primo Jerónimo de Magalhães Coutinho Cardoso da Mota,
        cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Ferreira e procurador às cortes. por Viseu no 
        juramento de D. João V
        em 1699, e de sua mulher D. Maria Jerónima da Silveira,
        sem geração desta. 
        
        Filhos do 1.º casamento: 
        
        − Luís Manuel de Sousa 
        Brandão Ribeiro da Silveira, que segue. 
        
        − Alexandre de Sousa 
        Ribeiro, morreu moço. 
        
        − D. António da Encarnação, cónego de 
        St.º Agostinho. Morreu no convento de Santa Cruz de Coimbra em 1796. 
        
        − D. Ana Margarida de Sousa Brandão, que vivia
        em 1797 relIgiosa no convento de Sá em Aveiro. 
        
         
        VII − Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira, baptizado na igreja de S. Nicolau, no 
        Porto, morreu
        em Aveiro a 6-9-1779. Foi familiar do Santo Ofício, capitão-mor e governador da barra de Aveiro, proprietário do
        ofício de escrivão da provedoria da mesma cidade e administrador 
        
        /
        21 / do morgado de Avelans, 
        instituído por seu tio Francisco 
        Leitão da Silveira Alfena (XVI). 
        
        Casou em Aveiroa 1-12-1742 com D. Jacinta Joana de 
        Albuquerque de 
         
        Brito e Pina, que morreu a 18-7-1774. filha  herdeira de Francisco 
        de Albuquerque de Brito e Pina,  senhor da casa do Carril, e de sua 
        mulher D. Francisca de Almeida Figueiredo (Pinas da Guarda). Este Francisco de 
        Albuquerque foi baptizado a 21-10-1669 e a sua mulher  D. Francisca 
        foi filha de Sebastião de Almeida de Carvalho e de sua mulher D. 
        Maria da Cunha da Silveira, de Esgueira. Ele, Francisco de Albuquerque, era filho de Álvaro de Albuquerque e 
        Brito, natural de Nespereira, que casou em
        27-XI-1668 em Aveiro com D. Luísa Pacheco Varela, filha de  Sebastião 
        Pacheco Varela e de sua mulher D. Isabel Cardoso de Gouveia, natural de 
        Lisboa(1). Neto paterno 
        − Francisco de Albuquerque − de António de 
        Albuquerque de Pina, que  casou em Aveiro com D. Luísa de Brito, filha de
        António Álvares Botelho, guarda-mor do sal em Aveiro e
        natural de Lisboa, e de sua mulher Francisca de Seixas de Brito, filha 
        esta de Mateus Couceiro de Brito, guarda-mor do sal e no seu tempo uma 
        das principais pessoas de Aveiro, e de sua mulher Custódia Henriques. O 
        dito António
        Álvares Botelho foi também cavaleiro fidalgo e era filho de Miguel 
        Fernandes Botelho e de sua mulher Francisca Fernandes, que viveram em 
        Lisboa onde instituíram morgado  de umas casas que possuíam na rua dos 
        Douradores, em 1581. 
        
        Filhos: 
        
        − D. Ana Teresa Margarida de Albuquerque de
        Brito e Pina, baptizada a 28-1-1744. Morreu donzela
        a 25-1- 1763. 
        
        − D. Luísa, baptizada a 13-4-1745. Morreu menina. 
        
        − Pedro de Sousa; que segue. 
        VIII - Pedro de Sousa Brandão de Albuquerque
        Ribeiro da Silveira, baptizado a 26-2-1749. Foi senhor do morgado de Avelans e da casa do Carril em Aveiro, onde 
        residiu, foi também proprietário do ofício de escrivão da
        provedoria, assim como capitão-mor de Ílhavo, de cujo lugar
        desistiu mas o rei conservou-lhe as honras. 
        
        A seu respeito escreveu o capitão-mor 
        de Aveiro, LUÍS
        DA GAMA: «é subjeito summamente Político, e revestido de
        todas as qualidades honradas proprias do seu nascimento». 
        
        /
        22 / 
        
        − Em 1797, com 48 anos, ainda estava solteira e eu 
        não sei
        agora se casou e se teve geração. 
        
        IX − João de Sousa Ribeiro da Silveira, filho de Manuel de Sousa 
        Ribeiro e mulher Maria de Oliveira da Fonseca (V) foi baptizado a 
         
        3-10-1699 e morreu repentinamente a 15-XI-1772.
        Foi cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Ílhavo e
        proprietário do ofício de juiz da alfândega de Aveiro, do qual o rei 
        lhe fez mercê «pelo grande serviço que fez a esta terra de lhe abrir a 
        barra à sua custa»; foi também senhor do morgado e casa de Alqueidão, em 
        Ílhavo, que litigou por muito tempo com seu sobrinho Luís Manuel de Sousa 
        Brandão
        Ribeiro da Silveira (VII), o qual depois do seu falecimento e passados 
        alguns anos foi julgado em última instância a seu filho João de Sousa 
        Ribeiro da Silveira Magalhães, que segue
        abaixo. Casou com sua sobrinha D. Brites Joana Teresa da
        Silveira Magalhães, que morreu a 28-1-1793, filha de Jerónimo
        de Magalhães Coutinho Cardoso da Mota, cavaleiro da Ordem de Cristo, 
        capitão-mor de Ferreira e procuradar às cortes por Viseu, no juramento, em 1699, de D. João 
        V, e de sua mulher
        D. Maria Jerónima da Silveira. 
        
        Filhos: 
        
        − João de Sousa Ribeira da Silveira Magalhães, nasceu em 
        Aveiro a 
        8-6-1744, Senhor de toda a casa de seus pais, familiar do Santo Ofício 
        por carta de 20-10-1772. Assentou praça de soldado no regimento de 
        dragões de Aveiro a  31-7-1755, onde foi cadete por provar a sua nobreza, 
        conforme o alvará de 16-3-1757. Passou do dito regimento a servir em 
        outro de Lisboa e deste passou, no posto de capitão de cavalos, ao 
        regimento de Bragança por patente 
        de 5-8-1762 em atenção a ter posto uma companhia à sua custa nas revoluções que houve no 
        mesmo
        ano, e neste regimento serviu até 29 de Agosto do ano seguinte de 
        1763; e nesse dia foi transferido para o regimento de cavalaria de 
        Chaves, onde prestou serviço no posto de capitão de cavalos até 1785, 
        no qual teve a patente
        de sargento-mor e em 1797 a de tenente-coronel. Em 1801 foi nomeado governador da praça de Chaves com a patente de coronel e foi 
        reformado em brigadeiro. Morreu na sua casa de Alqueidão a 2-11-1814 e 
        jaz na capela da mesma sua casa. 
        
        − D. Joana Peregrina e D. Margarida, freiras em
        Jesus de Aveiro. 
        
        − D. Maria Clara da 
        Sacramento e Sousa, freira no mesmo convento. 
        
        − Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira Magalhães,
        por morte de seu pai foi capitão-mor de Ílhavo; e depois, 
        
        /
        23 /
        por morte de seu primo Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira 
        (VIl). passou para Capitão-mor de Aveiro. Sucedeu a seu pai na 
        propriedade de juiz da Alfândega de Aveiro e casou com a sua segunda 
        prima
        D. Josefa Ribeiro da Silveira Nogueira, filha herdeira de seu tio 
        Eusébio Ribeiro da Silveira Nogueira (XIV) e de sua mulher, e parece 
        que não teve sucessão por viver muitos anos separado de sua mulher e 
        ela, já em 1797, estar velha. Morreu ele em 26-9-1803 em Fermelã, onde 
        jaz, e foi a sua morte apressada pelo efeito de um vomitório que em 
        breves horas o levou desta para melhor. 
        
        − D. Rosa Cândida da Silveira Magalhães, solteira, e   
        
        − D, Rita, freira 
        em Jesus de Aveiro. 
        
        − D. Inês José, que se segue. 
        
        X − D. Inês José de Sousa da Silveira Magalhães, nasceu a 30-9-1759 e 
        morreu a 12-6-1801. Casou a 8-4-1793 com Sebastião José de Quevedo de 
        Sousa Pizarro, nascido a 11-5-1762 e falecido a 28-2-1828, fidalgo 
        cavaleiro (alvará
        de 24-7-1877), cavaleiro professo da Ordem de Cristo, capitão de 
        cavalaria, juiz da alfândega de Aveiro, filho de José de Sousa Cardoso Plzarro, fidalgo cavaleiro (alvará de 14-5-1777), cavaleiro professo da 
        Ordem de Cristo, capitão do regimento de cavalaria de Chaves, nascido 
        em 1730 e falecido a 1-1-1780, tendo casado, em 1758, com D. Henriqueta 
        Juliana Gabriela de Quevedo Eça, filha de Manuel Corrêa de Quevedo, 
        porteiro da câmara da rainha D. Maria Ana Vitória, e de sua mulher D. 
        Francisca Xavier de Andrade Eça, dona da câmara da mesma rainha (vide 
        Bóbeda na Resenha das Famílias
        Titulares, de BAÊNA, voI. I). 
        
        Filhos: 
        
        − D. Maria Benedita, segue. 
        
        − João, nasceu a 5-8-1799 e morreu a 24-0-1828 no
        combate da Cruz dos Morouços, sendo capitão de caçadores n.º 1, 
        cavaleiro da Ordem militar de S. Bento de Avis, sem  geração. 
        
         
        XI − D. Maria Benedita de Sousa Quevedo Pizarro,
        nasceu a 21-10-1794 e morreu em Aveiro a 13-5-1861, primeira baronesa e 
        primeira viscondessa de Almeidinha pelo seu casamento, a 30-4-1821, com 
        José Osório do Amaral Sarmento de Vasconcelos, 1.º barão de Almeidinha, 
        senhor do morgado do Espírito-Santo (casa de Almeidinha), coronel de 
        cavalaria que morreu a 21-1-1844, tendo nascido a 25-7-1786.  
        
        Filho único: 
        
        − João Carlos, segue.  
        
        /
        24 / 
        
        XII − João Carlos do Amaral Osório de Sousa Pizarro, 1.º visconde e 2.º 
        barão do mesmo título, par do reino, grã-cruz de Isabel a Católica de 
        Espanha, senhor do vínculo do
        Espírito Santo de Almeidinha e de outros vínculos. Nasceu a 13-3-1822 
        e casou a 25-2-1838 com D. Maria Henriqueta
        de Sousa Botelho Pizarro, sua prima, que nasceu a  23-7-1816, filha de 
        Baltasar de Sousa Botelho e Vasconcelos, fidalgo-cavaleiro, etc., etc. 
        
        A genealogia da casa da Almeidinha é bastante conhecida: veja-se, por 
        exemplo, este título na Resenha do Visconde de SANCHES DE BAÊNA, no volume 1.º 
        
        XIII − Eusébio Ribeiro da Silveira Barreto, filho de Manuel Ribeiro de 
        Oliveira Barreto Geta (IV) e de sua mulher Maria Silveira Cardoso 
        Bacelar, foi baptizado a 30-3-1658 e
        morreu a 28-9-1708. Foi cavaleiro-professo da Ordem de Cristo
        e casou com D. Luísa Maria Nogueira de Pinho, natural de
        Fermelã, filha de António Nogueira, também de Fermelã, e
        de sua mulher Antónia de Pinho, de S. Martinho de Salreu. 
        
        Filhos: 
        
        − D. Hipólito de Santa Teresa, baptizado a 27-8-1696.
        Frade crúzio. 
        
        − Eusébio Ribeiro da Silveira e Nogueira, 
        segue. 
        
        − António da  Silveira Ribeiro, que casou com sua
        sobrinha D. Joana Engrácia Mafalda de Barros da Silveira Bacelar, filha 
        de Fradique de Barros de Figueiredo
        Cardoso, capitão-mor 'de Pena Verde, cavaleiro da Ordem
        de Cristo, e de sua mulher D. Joana Engrácia da Silveira
        Bacelar (XV), e morreu viúvo e sem  geração deixando
        grande parte dos seus bens a sua sobrinha D. Josefa Ribeiro da Silveira, 
        filha de seu irmão Eusébio. 
        
        − O Padre Lúcio Ribeiro da Silveira, clérigo, que 
        se deixou vencer pelo 3.º pecado mortal do que resultou um filho 
        bastardo, Manuel Ribeiro da Silveira, que casou
        em Fermelã, de onde era natural, e deixou geração. 
        
        − Aleixo Ribeiro da Silveira, que casou com D. Maria Luísa Pereira 
        Romano, filha de Martim Pereira Romano e de sua mulher D. Antónia Luísa 
        Barreto Feio, sem geração. Morreu viúvo. 
        
        − João da Silveira Ribeiro, passou ao Brasil,  onde
        casou com uma viúva rica, e lá o mataram. Sem geração. 
        
        − D. Arcângela Sofia da Silveira e D. Luísa, que
        morreram freiras no convento de Celas. 
        
        XIV − Eusébio Ribeiro da Silveira Nogueira, casou
        em Ílhavo com D. Joana de Sá, filha de Remígio Ferreira, 
        
        /
        25 / escrivão dos órfãos de 
        Ílhavo, e de sua, mulher Rosa de  Sá. 
        
        Filhos: 
        
        − Tomé Sérgio Ribeiro da Silveira, formado pela Universidade de Coimbra. 
        Morreu ainda moço, sem geração. 
        
        − D. N ... que morreu donzela, «julgo que de uma
        queixa». 
        
        − D. Josefa Ribeiro da Silveira Nogueira, que ficou herdeira da casa de 
        seu pai e da do seu tio António da Silveira Ribeiro. Casou com seu primo 
        segundo Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira Magalhães (IX), filho de seu 
        tio João de Sousa Ribeiro da Silveira e de sua mulher D. Brites Joana 
        da Silveira Magalhães. Morreu a 19-10-1808, sem geração. 
  
        
        XV − Clara Ribeiro da Silveira Bacelar, filha de
        Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Maria da 
        Silveira Cardoso Bacelar (IV), foi baptizada
        a 17-8-1650. 
        
        Casou com Tomé Ribeiro Leitão, filho de Manuel Ribeiro Leitão Torres e 
        de sua mulher Maria Migueis; neto paterno de Pedro de Oliveira, de 
        Oliveira do Bairro, e de sua mulher
        Ângela Leitão, de Avelans do Caminho. Manuel Ribeiro Leitão era capitão 
        de infantaria e morava em Aveiro, freguesia de N.ª 
        S.ª da Apresentação, e foi familiar do Santo Ofício. Maria Migueis era 
        filha de João de Torres e de Maria Migueis, naturais de Aveiro; neta 
        paterna de Pedro Afonso e de Catarina Vaz, de Torres Novas, freguesia de 
        S. Pedro, e neta materna de Domingos Rodrigues e Filipa Migueis, de 
        Aveiro. Ângela Leitão era irmã de António
        Leitão casado com Maria Pinto, dos Pintos de Águeda, meus
        oitavos avós, ambos (a Ângela e o António) filhos de António Leitão e 
        Catarina Martins, ambos de Avelans do Caminho(2). O dito  Manuel 
        Ribeiro Leitão era irmão de Maria Ribeiro Leitão que casou em Aveiro com Pantaleão Afonso
        Alfena e foram pais do capitão Francisco Leitão Alfena e de
        Pantaleão Afonso Alfena, licenciado, reitor de Fermelã e comissário do 
        Santo Ofício. O capitão Alfena casou com Ana Ribeiro da Silveira e 
        Oliveira (filha de Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto e de sua mulher 
        Maria da Silveira Cardoso 
        
        /
        26 / (IV) e foi seu filho Francisco Leitão da Silveira Alfena,
        baptizado em Novembro de 1685 e falecido em 29-8-1751, sem geração, 
        ficando herdeiro o seu sobrinho Luís Manuel de Sousa Ribeiro Leitão. 
        
        Filhos: 
        
        − Arcângela Maria da Silveira, baptizada a 24-6-1681 e que foi prioresa 
        do convento de Jesus em Aveiro
        de 1741 a 1747. 
        
        − D. Maria Jerónima da Silveira Bacelar, baptizada
        a 30-8-1682, que casou com o seu parente Jerónimo de
        Magalhães Coutinho Cardoso da Mota, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e 
        capitão-mor de Ferreira de Aves, com 
        geração. 
        
        − D. Joana Engrácia da Silveira Bacelar, baptizada
        a 29-10-1684, que casou com o seu parente Fradique de
        Barros Cardoso de Figueiredo, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e 
        capitão-mor de Pena Verde, com geração. 
        
        − Josefa Inácia da Silveira, baptizada a 14-11-1691.
        Freira no convento de Sá, em Aveiro. 
        
        XVI − Ana Ribeiro da Silveira, filha de Manuel Ribeiro
        de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Maria da Silveira Cardoso 
        Bacelar (IV), foi baptizada a  14-6-1659 e casou, como
        digo no § anterior, com o capitão Francisco Leitão Alfema,
        de Aveiro, filho de Pantaleão Afonso Alfena, natural de
        Matosinhos (Leça), e de sua mulher Maria Ribeiro Leitão.
        O dito Pantaleão foi filho de António Afonso Alfena e de sua mulher 
        Catarina Pires de Matos, ambos moradores em Leça. O resto ficou atrás 
        esboçado: 
        
        Filho: 
        
        − Francisco Leitão da Silveira Alfena, baptizado em Novembro de 1685 
        morrendo a 29-8-1751, sem geração. Deixou vinculados todos os seus bens 
        da Bairrada com
        encargos de missas a seu segundo sobrinho Luís Manuel
        de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira (VII), a quem também deixou todos os 
        seus bens que possuía tanto em Aveiro como nas vizinhanças, livres e 
        sem encargo algum, como consta do seu testamento. 
        
         
        XVII − Pedro Ribeiro de Oliveira Barreto, filho de
        Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Ana Ribeiro 
        (III), foi baptizado em S. Miguel a 21-12-1623 e faleceu a 3-1-1702. Foi 
        familiar do Santo Ofício por carta
        de 18-1-1677 e serviu de juiz da Alfândega de Aveiro. Casou
        a 6-6-1661 com D. Luísa da Gama de Andrade e Abreu, que 
        
        /
        27 /
        morreu, de 75 anos a 8-7-1716 e jaz no convento do Carmo, em Aveiro, 
        filha de António da Maia de Araújo e de sua mulher D. Maria de Andrade 
        da Gama Rangel, de Leiria, e cuja ascendência menciono em esquema, 
        para aligeirar: 
        
        
        Filhos: 
        
        − Luís da Maia Ribeiro da Gama, baptizado a 6-12-1662, arcipreste da 
        colegiada de Guimarães; morreu em Aveiro a 29-1-1731 e sepultou-se por 
        depósito na igreja de S. Miguel em sepultura própria, enquanto se não 
        decidia o pleito que seu sobrinho Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros 
        trazia com os padres do Carmo para trasladarem os seus ossos, à custa 
        dos mesmos padres, para uma das duas capelas que estão no dito convento, 
        as quais ambas lhe pertenceram, como descendentes dos Maias, o qual 
        pleito se resolveu a favor do dito seu sobrinho. 
        
        − Carlos Ribeiro da Maia da Gama, segue. 
        
        − D. Josefa da Gama, 
        baptizada a 19-3-1666, a qual
        foi prioresa em Jesus, de Aveiro. 
        
        − D. Inês da Gama, baptizada 
        a 24-4-1667, morreu donzela. 
        
        − António da Gama de Andrade, baptizado a 26-2-1669,
        morreu estudante e ainda novo. 
        
        − João da Maia da Gama, baptizado a 19-12-1671, «que foi militar e 
        serviu com grande aceitação, honra e desinteresse nas ocupações de 
        governador de Paraíba, que governou por nove anos, e na de governador e capitão-general do Maranhão, que ocupou oito anos,
        e foi do conselho de D. João V por mercê de 6-3-1722. 
        
        /
        28 /
        Morreu solteiro e quando esperava maiores empregos,
        a 11-11-1731». Sepultou-se em Lisboa, na igreja dos Paulistas, abaixo do altar de 
        St.ª Ana; fez testamento em que
        mandou se lhe fizesse um mausoléu na Capela de N.ª S.ª
        do Rosário da igreja do convento de S. Domingos de Aveiro, para onde 
        queria se trasladassem os seus ossos, o que não teve efeito. Morreu sem deixar geração. 
        
        − D. Margarida da Gama, baptizada a 3-6-1673; foi
        freira em Jesus de Aveiro. 
        
        − Fr. Miguel da Gama, 
        baptizado a 10-10-1674, freire
        da Ordem de Cristo. 
        
        − D Ana de S. Joaquim, baptizada a 4-2-1676, freira em 
        Jesus de Aveiro. 
        
        − D. Matias da Glória, baptizado a 9-3-1677, cónego de Santa Cruz de Coimbra. Morreu em Paraíba. 
        
        − Fr. Félix da Gama, baptizado a 30-5-1678, freire
        da Ordem de Cristo e vinte anos previdente geral do real convento de Tomar. 
        
        − Fr. Francisco da Gama; frade domínico. Morreu
        na Índia. 
        
        − D. Maria. Morreu menina. 
        
        − D. Benta Micaela da Gama, baptizada a 28-3-1682.
        Casou em Torre de Moncorvo com Matias de Vasconcelos Cabral e deste não tenho agora outras notícias. 
        
        Filhos: 
        
        − Bento Luís da Gama de Vasconcelos, que passou a Paraíba onde casou em 1746 com 
        uma filha de Francisco Pinto Corrêa, senhor de engenhos. 
        
        − D. N ... freira no Couto. 
        
         
        XVIII − Carlos Ribeiro da Maia da Gama, baptizado em 26-2-1664, em S. Miguel de Aveiro. Morreu a 17-3-1722 e
        jaz na sua capela de Santo Cristo do convento do Carmo,
        jazigo da sua casa. Foi familiar do Santo Ofício por carta
        de 13-7-1696, capitão de infantaria da ordenança e juiz proprietário da Alfândega de Aveiro. 
        
        Casou a 27-12-1690 com D. Catarina Corrêa Rangel
        .de Quadros, que morreu, já viúva, a 24-5-1744, filha de António Rangel de Quadros e Veiga e de sua mulher D. Ana
        da Veiga Cardoso. D. Catarina, depois de viúva de Carlos
        Ribeiro, tornou a casar com Diogo de Oliveira Rangel Perestrelo, e era novamente viúva quando morreu. 
        
        António Rangel de Quadros e Veiga era filho de Miguel Correia de Quadros 
        e Veiga e de sua mulher D. Luísa de
        Almeida Costa; neto paterno de António Rangel e de D. Maria
        Correia da Veiga e Quadros, e neto materno de Manuel Jorge da Costa, cavaleiro da Ordem de Santiago e de D. Jerónima 
        
        /
        29 /
        da Costa e Almeida, que tinha ligação, pelos seus ascendentes, com os 
        Almeidas meus antepassados. 
        
        D. Ana da Veiga Cardoso de Albergaria era filha do Dr. Manuel Saraiva 
        Cardoso de Albergaria e de D. Antónia da Veiga Cardoso de Albergaria de 
        Carvalho; neta paterna do Dr. Sebastião de Oliveira e Costa e de sua 
        mulher D. Jerónima Soeiro Cardoso. Esta D. Jerónima foi baptizada em Aveiro
        a  3-11-1564 (nota do copista: tenho dúvida se é 1564 ou 1569)
        e era filha de  Maria Cardoso de Albergaria e do seu segundo marido 
        Pedro Gonçalves, juiz dos órfãos em Aveiro, e Maria Cardoso de 
        Albergaria foi filha de Antónia Cardoso de Albergaria e de Gaspar Dias 
        Cardoso de Carvalho e neta materna de Mecia Nunes de Albergaria e de 
        Fernão Pires Cardoso, dos Cardosos e Soeiros de Albergaria de quem eu 
        também
        descendo e de quem trato no volume III do meu genealógio Mouras 
        Coutinhos, de Esgueira. 
        
        Filhos: 
        
        − Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros, baptizado em Aveiro a 
        20-12-1691 por seu tio Fr. Feliciano de Abreu, D. Prior geral do 
        convento de Tomar, e falecido em 1762. Foi cavaleiro professo da Ordem 
        de Cristo
        por provisão de 25-11- 1707; familiar do Santo Ofício
        por carta de 23-2-1717; fidalgo da Casa Real por carta de 30-4-1733; capitão-mor e governador da barra de Aveiro por patente de 2-12-1719; 
        juiz da Alfândega da mesma cidade por carta de propriedade de 17-1-1723; 
        superintendente das caudelarias da repartição da mesma cidade por carta 
        de 5-1-1736; e por fim, sendo  consultado, em 20-4- 1808 (?) para uma 
        alcaidaria-mor e uma comenda da Ordem de Cristo pelos serviços de seu 
        tio João da Maia da Gama, lhe foi feita a mercê por D. João V por 
        consulta de 20-3-1722 e por outra de 16-9-1732, o que não teve efeito. 
        O que mais admira é que com todas estas ocupações e uma boa casa herdada, foi tal o seu desinteresse 
        ou desmazelo que veio a morrer pobre, de forma que os móveis da casa 
        lhe foram vendidos em almoeda(3), não só para pagamento de dívidas, mas 
        também para sufrágios da alma, funeral e enterro! Foi enterrado na 
        igreja do Carmo em uma das duas capelas que são da família dos
        Maias, e lhe pertenciam por sua avó D. Luísa da Gama de Andrade. Não 
        casou, mas teve duas filhas bastardas, que foram D. Luísa da Gama Rangel 
        de Quadros, que 
        
        / 30 / morreu sem geração, e D. Antónia Luísa da Gama 
        Rangel de Quadros, que foi secular no convento de Celas
        em Coimbra e que ainda vivia em 1797. Este Luís da Gama foi o autor de alguns volumes de genealogias 
        que
        especialmente interessam à região aveirense, de muito valor e interesse, continuados por José de Vasconcelos
        Barreto Ferraz, aos quais muito me tenho arrimado para
        coligir estas nótulas. Estes códices pertencem hoje ao
        Senhor José Gomes da Silva e Matos, de Braga, que possui uma rica livraria. 
        
        − D. Luísa Jerónima da Gama Quadros da Veiga,
        baptizada a 25-2-1693, que casou com o seu parente João
        Pedro da Costa e Távora, filho de Manuel Jorge da Costa
        e Almeida e de sua mulher D. Joana de Távora de Azevedo Monteiro. Morreu 
        viúva e sem geração. 
        
         
        XIX − Manuel de Oliveira Barreto Geta, filho segundo de Jorge Fernandes Geta e de sua mulher Isabel de Oliveira
        Barreto (II), foi baptizado em S. Miguel de Aveiro a 31-5-1586. Casou a 6-10-1619 com Maria Vieira da Costa, 
        irmã de Cecília Vieira da Costa, e ambas filhas de Manuel Vieira  da Costa  e de sua 
        mulher Leonor da Costa; netas paternas de Pedro  Vieira e de sua mulher 
        Maria da Costa. 
        
        Filhos: 
        
        − Manuel de Oliveira Barreto Geta, segue 
        
        − Luís de Oliveira Barreto Geta, baptizado a 24-8-1621; 
        casou com D. Antónia Pacheco de Sousa, Irmã do reitor
        das Abitureiras, e filhos, ambos, de António Pacheco
        de Sousa e de sua mulher Madalena Gomes. Foram seus filhos: Manuel de 
        Oliveira Barreto Geta, que foi capitão em África e morreu sem geração, e 
        Francisco Pacheco
        de Sousa que também morreu sem geração. Foram também suas filhas mais cinco senhoras que morreram sem
        geração. Enfim, um cemitério completo... sem geração. 
        
         
        XX − Manuel de Oliveira Barreto Geta, baptizado a 19-8-1620, foi capitão-mor dos coutos de Mogofores, fidalgo
        de cota de armas por carta de brasão passada a 26-3-1639 (escudo quartelado, Barretos, Oliveiras, Vieiras e Costas). 
        Casou a 24-10-1639 com Maria Pinto Leitão, senhora do prazo
        de Mogofores por nomeação que dele lhe fez seu pai, a qual
        era filha de António Leitão, senhor do dito prazo, pertencente
        à mitra de Coimbra, e de sua mulher Maria Pinto, de Águeda. Este António Leitão (que era de Avelans do Caminho 
        − Sangalhos) e Maria Pinto foram meus oitavos avós, como tudo
        vem exposto e descrito no meu livro manuscrito sobre os Pintos. 
        
        /
        31 / 
        
        Filho único: 
        
        − Vicente de Oliveira Barreto Geta, segue. 
        
         
        XXI − Vicente de Oliveira Barreto Geta, filho único, herdeiro da 
        casa e senhor do prazo de Mogofores. Casou em Aveiro a 31-5-1662 com D. 
        Isabel Corim, filha de João Corim − que morreu a 19-1-1672, em Aveiro, fez testamento e jaz em S. 
        Domingos − e de sua mulher Maria da Cruz; neta paterna de Geraldo Corim, 
        flamengo, e de sua mulher Isabel Fernandes. O dito Geraldo Corim era 
        filho de Corim Cabeça, também flamengo. 
        
        − D. Vicência Maria, segue. 
        
         
        XXII − D. Vicência Maria de Oliveira Barreto, herdeira, senhora do prazo 
        de Mogofores. Casou no Porto com Miguel Pereira de Melo e Mota, fidalgo 
        da Casa Real (CANAES, a pág. 146 dos seus Costados, chama-lhe Manuel Pereira de Melo 
        Coelho), filho de Miguel Pereira de Melo, ou Miguel Coelho Pereira de 
        Melo, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua 
        mulher D. Luísa Pereira de Barros. Entre outros filhos tiveram um 
        chamado Manuel e 
        
        − Luís de Melo Pereira Coelho, que segue. 
         
        XXIII − Luís de Melo Pereira Coelho, fidalgo da Casa
        Real, senhor do prazo de Mogofores. De Francisca Rodrigues (filha de 
        Pedro Francisco e de Antónia Rodrigues) teve bastarda, que legitimou: 
        
        − D. Úrsula Inês, que segue. 
        
         
        XXIV − D. Úrsula Inês de Melo Pereira, que herdou o prazo de Mogofores e 
        casou com o seu parente Bento Luís  de Melo Correia da Silva, 
        alcaide-mor dos coutos de Alcobaça, cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo-cavaleiro (aIvará de 25-4-1716), natural da vila de Pombal, 
        filho de Luís de  Melo e Silva, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. 
        Margarida Teresa Correia Guedes Carneiro (filha de Bento Correia 
        Barroso, cavaleiro da Ordem de Cristo e ouvidor em Braga, e de sua mulher D. Luísa Correia Ravasco) e neto  paterno de 
        Lázaro de Melo e Silva, fidalgo da Casa Real,  e de sua mulher D. Maria 
        de Azevedo Feio. 
        
        FIlho: 
        
        − José de Melo, segue.    
        
        /
        32 / 
        
         
        XXV − José de Melo Pereira Coelho Correia, senhor do prazo de Mogofores, 
        alcaide-mor dos coutos de Alcobaça,
        fidalgo da Casa Real, residente no Porto, na rua Chã, em casa
        apalaçada com brasão de armas. Casou com D. Josefa Engrácia de Noronha Manuel de Vilhena, filha dos 12.os senhores
        de Felgueiras e Vieira e 14.os de Fermedo, Gonçalo Peixoto
        Coelho Pinto Pereira da Silva e de sua mulher D. Ana
        Maria Benedita Pereira Pinto de Vilhena, herdeira dos morgados de Calvilhe, Cedros e Penedono. 
        
        José de Melo nasceu a 21-5-1756 e faleceu a 28-3-1833,
        tendo casado a 15-8-1794; e a sua mulher foi baptizada
        a 9-2-1766 e morreu a 29-3-1849. 
        
        Filhos: 
        
        − José de Melo Peixoto 
        Coelho, sucessor, 1.º visconde de Mogofores (graça de D. Miguel l). moço fidalgo
        da Casa Real, coronel dos Voluntários Realistas do Porto
        (patente de 17-11-1828). Nasceu a 9-11-1781 e faleceu,
        solteiro, a 21-4-1853. 
        
        − Luís de Melo, morreu menino. 
        
        − D. Maria,  idem. 
        
        − Bento Luís, idem. 
        
        − D. Maria Iluminata, nasceu a 20-10-1788 e morreu solteira a 6-1-1840. 
        
        − Luís, morreu menino. 
        
        − D. Ana Benedita, nasceu a 2-4-1793 e faleceu
        a 28-5-1862, solteira. 
        
        − Gonçalo de Melo Peixoto, cadete, nasceu
        a 21-11-1795 e morreu a 9-1-1818. 
        
        − D. Maria Ana, nasceu a 21-7-1802 e morreu a 17-2-1814. 
        
        − D. Joana, nasceu a 18-10-1804 e faleceu a 7-2-1814. 
        
        − Francisco, segue. 
        
         
        XXIV − Francisco de Melo Peixoto Coelho, herdeiro de seu irmão José, 
        capitão de caçadores, ajudante de campo
        do comandante da 4.ª divisão militar, governador de Abrantes 
        (decreto de 1-12-1833), nasceu a 17-9-1808 e faleceu a 2-11-1887.
        Casou, em 1858, com D. Sofia Augusta de Meireles Leite
        Pereira − nascIda a 4-8-1842 e falecida a 9-8-1921 −, filha
        de Francisco de Meireles Leite Pereira, senhor da casa
        da Ramada, em Cabeceiras de Basto, e de sua mulher D. Francisca Estrela 
        Leite Pereira de Abreu e Sousa, senhora da casa
        do Arrabalde, no mesmo concelho. 
        
        Filhos: 
        
        − Francisco, morreu menino. 
        
        − Gonçalo de Melo Peixoto Coelho, nasceu 
        a 2-11-1861 e morreu a 15-7-1881.  
        
        
        /
        33 / 
        [Vol. Xl - 
        N.º 41 - 1945] 
        
        − D. Sofia Iluminata de Melo Peixoto Coelho, nasceu a 9-10-1862 e 
        casou a 20-4-1922 com seu primo e
        cunhado Artur Pinheiro de Aragão. 
        
        − Adriano, morreu menino. 
        
        − D. Maria Filomena de Melo Peixoto Coelho,
        nasceu a 15-2-1865 e faleceu a 22-4-1914, tendo casado a 27-11-1884 com seu primo Artur Pinheiro de Aragão. 
        
        ____________ 
        
        Artur Pinheiro de Aragão, filho de 
        Bernardo Pinheiro de Aragão, 
        senhor da casa do Campo em Lamego, e de sua segunda mulher D. Maria 
        Antónia de Meireles Leite de Abreu e Sousa. 
        
        Os Pinheiros de Aragão descendem de Brás Cardoso Coutinho, senhor da casa de Almedina em Lamego, filho 
        segundo de Diogo de Moura Coutinho; de Brás Cardoso Coutinho foi filha D. Guiomar de Moura Continho, senhora da 
        Quinta da Torre em Alvelos (Douro), que casou com Jerónimo Rebelo Cardoso, senhor da quinta do Fontão, escrivão dos coutos em Lamego, e destes foi neta D. Maria de Meneses, que casou com Francisco de Sousa Pinheiro Aragão,
        senhor do morgado de Paçô de Sever e senhor, em Lamego,
        da casa do Campo, onde hoje está instalado o liceu daquela cidade. Destes descendem os Pinheiros de Aragão. 
        
        FRANCISCO DE MOURA COUTINHO 
        
        (Publicação póstuma)  |