F. de Moura Coutinho, Os Getas, de Aveiro, Vol. XI, pp. 17-33.

OS GETAS, DE AVEIRO

NA nomenclatura das famílias de Aveiro surgem apelidos um tanto estranhos, por certo vindos de alcunhas; e assim temos os Getas, como os Bonichos, os Pericões, os Lançarotes, os Roulões, os Picados e outros.

Virá a alcunha de geta do espanhol «jeta» beiços grossos e caídos? Não sei.

Lembro-me de ouvir em Coimbra, há muitos anos já, quando se aludia a um indivíduo indeciso ou anónimo, chamar-lhe o Geta da ponte...

I − João Fernandes Geta, foi natural de Penela e casou com Catarina Dias. Foi seu filho:

II − Jorge Fernandes Geta, que o capitão-mor de Aveiro, LUÍS DA GAMA, diz no seu nobiliário que foi cavaleiro fidalgo com 1$000 réis de moradia por alvará de 16-6-1576 e que era natural de Vale de Infesta, termo de Penela, de onde se retirou para Aveiro «por crimes como dizem». Casou com Isabel de Oliveira Barreto, irmã de Roque de Oliveira Barreto, e filhos ambos de Simão Pires, morador na quinta da Varziela, freguesia de Préstimo, termo de Aveiro, e de sua mulher Leonor de Oliveira Barreto.

Filhos:

Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta, que segue.

Manuel Oliveira Barreto Geta, que segue em XIX.

− Maria de Oliveira Barreto, sem geração.


III − Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta, foi natural de Aveiro e baptizado na igreja de S. Miguel a 25-9-1582 e morreu a 29-5-1666. Foi proprietário do ofício de escrivão da provedoria de Esgueira e casou em Aveiro a 14-11-.... com Ana Ribeiro que faleceu a 8-9-1661, filha de Gaspar Dias
/ 18 / Ribeiro e de sua mulher e prima Antónia Ribeiro. Ana Ribeiro foi baptizada a 17-2-1590 e o pai era natural de Aveiro, onde faleceu a 10-9-1616, e a mulher, Antónia Ribeiro, faleceu a 12-11-1628; esta foi a segunda mulher de Gaspar Dias Ribeiro e filha de Pedro Ribeiro, que morou em Aveiro na freguesia de S. Miguel e na rua da Fonte-da-Cal, e de sua mulher Isabel Francisco, da mesma freguesia. Estes Ribeiros de Aveiro eram de prosápia e vinham, segundo o citado capitão-mor de Aveiro, LUÍS DA GAMA, dos senhores de Figueiró e Pedrógão. Tiveram larga geração e em Aveiro ligaram-se às principais famílias da região.

Filhos:

Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta, segue.

Pedro Ribeiro de Oliveira Barreto, segue em XVII.

Francisco de Oliveira Ribeiro, que foi abade de S. João Baptista de Figueira, junto a Lamego, e «foi por engano morto com um tiro à porta da Sé de Lamego em Setembro de 1654», equívoco este que, francamente, não deveria ter caído como sopa no mel para o pobre abade...

− Fr. João Ribeiro, baptizado a 11-5-1626, foi monge da ordem de S. Bernardo no convento de Sandelgas.

− D. Maria de Oliveira Barreto, baptizada a 17-9-1633 e que morreu a 20-1-1664; foi a segunda mulher de João da Maia da Gama, sem geração.

− D. Antónia Ribeiro, morreu menina em 1641.


IV − Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta, nasceu em Aveiro e foi baptizado em S. Miguel a 16-I10-1619 e morreu de um acidente a 5-12-1683, sendo sepultado em S. Miguel. Foi, como seu pai, proprietário do lugar de escrivão da provedoria de Esgueira. Casou com Maria da Silveira Cardoso Bacelar, filha de João Garcia Bacelar e de sua mulher Maria da Silveira Cardoso de Albergaria, ele da Galiza e ela filha de Sebastião Cerveira e de Antónia dos Santos Cardoso, filha esta de Miguel dos Santos, primeiro marido de Maria Cardoso de Albergaria, filha esta por sua vez de Gaspar Dias Cardoso de Carvalho e de sua mulher Antónia Cardoso de Albergaria e, por sua vez, esta filha de Mecia Nunes de Albergaria, que de Avis foi para Aveiro e lá casou com Fernão Pires Cardoso «homem nobre e dos principais da terra aonde assistiu e foi muitas vezes vereador», e, para maior honra ainda... meus décimos avós pela linha e anzol dos Soeiros de Albergaria, como tudo se deduz no meu livro Mouras
/ 19 / Coutinhos de Esgueira, voI. III e título dos Soeiros de Albergaria.

Fllhos:

Clara Ribeiro da Silveira Bacelar, segue em XV.

− Maria Garcia Bacelar, baptizada a 27-9-1651, que foi segunda mulher de Francisco de Leão Lobo.

Manuel de Sousa Ribeiro de Silveira, segue.

− João Ribeiro da Silveira, baptizado a 24-6-1654 e morreu sem geração.

− D. Mateus de S. Tiago, baptizado a 10-5-1656, cónego regrante de St.º Agostinho e prior de Santa Cruz de Coimbra.

Eusébio Ribeiro da Silveira Barreto, segue em XlII.

Ana Ribeiro da Silveira, segue em XVI.

− Teresa Ribeiro da Silveira, baptizada a 18-7-1660, e morreu solteira.

− Francisca Ribeiro da Silveira, baptizada a 30-5-1662; (ai segunda mulher de André da Costa Bombarda.

− Joana da Silveira Ribeiro, baptizada a 19-10-1663 e morreu solteira.

− Teodora, baptizada a 1-4-1666, que parece, morreu solteira.

− Dominica, baptizada a 13-7-1667, idem, idem.

V − Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira, nasceu em Aveiro e foi baptizado em S, Miguel a 22-12-1652; foi também proprietário do ofício de escrivão da provedoria, mas parece que em Aveiro e não em Esgueira. Casou com Maria de Oliveira da Fonseca, natural de Alqueidão (Ílhavo), filha herdeira do capitão Domingos André e de sua mulher Luísa de Oliveira; neta paterna de Manuel André, morador na Ermida ou Alqueidão, e de sua mulher Bárbara Nunes e neta materna do capitão Luís António de Almeida, de Eixo, e de sua mulher Sebastiana de Oliveira.

Filhos:

Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira, segue.

− Angélica do Paraíso, baptizada a 17-5-1687, que foi prioresa do convento de Jesus em Aveiro.

− Fr. Nicolau de Sousa, baptizado a 15-12-1688, frade 'bernardo.

− Caetana de St.ª Teresa, baptizada a 28-6-1691, freira em Jesus de Aveiro.

− Luísa Teresa, baptizada a 14-12-1693, freira em Sá.

− Isabel Clara, baptizada a 14-3-1694, também freira no convento de Sá em Aveiro. / 20 /

- João de Sousa Ribeiro, baptizado a 31-,-169" Morreu menino.

− Fr. Luís de Sousa, baptizado a 8-11-1696, monge de S. Jerónimo.

João de Sousa Ribeiro da Silveira, segue em IX.

− Fr. Francisco de S. José e Sousa, baptizado a 3-2-1701, monge de S. Bento e era geral da sua religião em 1759.

− Francisca Micaela, baptizada a 5-8-1702, freira em Jesus.

− Fr. Alexandre de Sóusa, monge de S. Jerónimo e morador no convento da Costa em Guimarães, onde teve amores com uma senhora e daí nasceu um filho bastardo chamado Luís José de Faria de Salazar e Sousa que em 1797 vivia casado em Aveiro e tinha um filho que estudava na Universidade.


VI − Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira, baptizado na igreja da vila de Ílhavo pelo prior Bento de Almeida a 18-5-1686, morrendo a 23-3-1758. Serviu algum tempo como juiz da Alfândega de Aveiro e foi escrivão da provedoria da mesma cidade. Casou duas vezes: a primeira no Porto, na igreja de S. Nicolau, com D. Teresa Vicência Maria Brandão, natural do Porto, filha de Luís Freire de Sá, fidalgo da Casa Real, natural de Vila do Conde, e de sua mulher D. Lourença Brandão, do Porto; casou segunda vez com sua sobrinha D. Joana Marcela da Silveira, filha de seu primo Jerónimo de Magalhães Coutinho Cardoso da Mota, cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Ferreira e procurador às cortes. por Viseu no juramento de D. João V em 1699, e de sua mulher D. Maria Jerónima da Silveira, sem geração desta.

Filhos do 1.º casamento:

Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira, que segue.

− Alexandre de Sousa Ribeiro, morreu moço.

− D. António da Encarnação, cónego de St.º Agostinho. Morreu no convento de Santa Cruz de Coimbra em 1796.

− D. Ana Margarida de Sousa Brandão, que vivia em 1797 relIgiosa no convento de Sá em Aveiro.


VII − Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira, baptizado na igreja de S. Nicolau, no Porto, morreu em Aveiro a 6-9-1779. Foi familiar do Santo Ofício, capitão-mor e governador da barra de Aveiro, proprietário do ofício de escrivão da provedoria da mesma cidade e administrador
/ 21 / do morgado de Avelans, instituído por seu tio Francisco Leitão da Silveira Alfena (XVI).

Casou em Aveiroa 1-12-1742 com D. Jacinta Joana de Albuquerque de Brito e Pina, que morreu a 18-7-1774. filha herdeira de Francisco de Albuquerque de Brito e Pina, senhor da casa do Carril, e de sua mulher D. Francisca de Almeida Figueiredo (Pinas da Guarda). Este Francisco de Albuquerque foi baptizado a 21-10-1669 e a sua mulher D. Francisca foi filha de Sebastião de Almeida de Carvalho e de sua mulher D. Maria da Cunha da Silveira, de Esgueira. Ele, Francisco de Albuquerque, era filho de Álvaro de Albuquerque e Brito, natural de Nespereira, que casou em 27-XI-1668 em Aveiro com D. Luísa Pacheco Varela, filha de Sebastião Pacheco Varela e de sua mulher D. Isabel Cardoso de Gouveia, natural de Lisboa(1). Neto paterno − Francisco de Albuquerque − de António de Albuquerque de Pina, que casou em Aveiro com D. Luísa de Brito, filha de António Álvares Botelho, guarda-mor do sal em Aveiro e natural de Lisboa, e de sua mulher Francisca de Seixas de Brito, filha esta de Mateus Couceiro de Brito, guarda-mor do sal e no seu tempo uma das principais pessoas de Aveiro, e de sua mulher Custódia Henriques. O dito António Álvares Botelho foi também cavaleiro fidalgo e era filho de Miguel Fernandes Botelho e de sua mulher Francisca Fernandes, que viveram em Lisboa onde instituíram morgado de umas casas que possuíam na rua dos Douradores, em 1581.

Filhos:

− D. Ana Teresa Margarida de Albuquerque de Brito e Pina, baptizada a 28-1-1744. Morreu donzela a 25-1- 1763.

− D. Luísa, baptizada a 13-4-1745. Morreu menina.

− Pedro de Sousa; que segue.
VIII - Pedro de Sousa Brandão de Albuquerque Ribeiro da Silveira, baptizado a 26-2-1749. Foi senhor do morgado de Avelans e da casa do Carril em Aveiro, onde residiu, foi também proprietário do ofício de escrivão da provedoria, assim como capitão-mor de Ílhavo, de cujo lugar desistiu mas o rei conservou-lhe as honras.

A seu respeito escreveu o capitão-mor de Aveiro, LUÍS DA GAMA: «é subjeito summamente Político, e revestido de todas as qualidades honradas proprias do seu nascimento». / 22 /

− Em 1797, com 48 anos, ainda estava solteira e eu não sei agora se casou e se teve geração.

IX − João de Sousa Ribeiro da Silveira, filho de Manuel de Sousa Ribeiro e mulher Maria de Oliveira da Fonseca (V) foi baptizado a 3-10-1699 e morreu repentinamente a 15-XI-1772. Foi cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Ílhavo e proprietário do ofício de juiz da alfândega de Aveiro, do qual o rei lhe fez mercê «pelo grande serviço que fez a esta terra de lhe abrir a barra à sua custa»; foi também senhor do morgado e casa de Alqueidão, em Ílhavo, que litigou por muito tempo com seu sobrinho Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira (VII), o qual depois do seu falecimento e passados alguns anos foi julgado em última instância a seu filho João de Sousa Ribeiro da Silveira Magalhães, que segue abaixo. Casou com sua sobrinha D. Brites Joana Teresa da Silveira Magalhães, que morreu a 28-1-1793, filha de Jerónimo de Magalhães Coutinho Cardoso da Mota, cavaleiro da Ordem de Cristo, capitão-mor de Ferreira e procuradar às cortes por Viseu, no juramento, em 1699, de D. João V, e de sua mulher D. Maria Jerónima da Silveira.

Filhos:

− João de Sousa Ribeira da Silveira Magalhães, nasceu em Aveiro a 8-6-1744, Senhor de toda a casa de seus pais, familiar do Santo Ofício por carta de 20-10-1772. Assentou praça de soldado no regimento de dragões de Aveiro a 31-7-1755, onde foi cadete por provar a sua nobreza, conforme o alvará de 16-3-1757. Passou do dito regimento a servir em outro de Lisboa e deste passou, no posto de capitão de cavalos, ao regimento de Bragança por patente de 5-8-1762 em atenção a ter posto uma companhia à sua custa nas revoluções que houve no mesmo ano, e neste regimento serviu até 29 de Agosto do ano seguinte de 1763; e nesse dia foi transferido para o regimento de cavalaria de Chaves, onde prestou serviço no posto de capitão de cavalos até 1785, no qual teve a patente de sargento-mor e em 1797 a de tenente-coronel. Em 1801 foi nomeado governador da praça de Chaves com a patente de coronel e foi reformado em brigadeiro. Morreu na sua casa de Alqueidão a 2-11-1814 e jaz na capela da mesma sua casa.

− D. Joana Peregrina e D. Margarida, freiras em Jesus de Aveiro.

− D. Maria Clara da Sacramento e Sousa, freira no mesmo convento.

− Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira Magalhães, por morte de seu pai foi capitão-mor de Ílhavo; e depois, / 23 / por morte de seu primo Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira (VIl). passou para Capitão-mor de Aveiro. Sucedeu a seu pai na propriedade de juiz da Alfândega de Aveiro e casou com a sua segunda prima D. Josefa Ribeiro da Silveira Nogueira, filha herdeira de seu tio Eusébio Ribeiro da Silveira Nogueira (XIV) e de sua mulher, e parece que não teve sucessão por viver muitos anos separado de sua mulher e ela, já em 1797, estar velha. Morreu ele em 26-9-1803 em Fermelã, onde jaz, e foi a sua morte apressada pelo efeito de um vomitório que em breves horas o levou desta para melhor.

− D. Rosa Cândida da Silveira Magalhães, solteira, e

− D, Rita, freira em Jesus de Aveiro.

− D. Inês José, que se segue.

X − D. Inês José de Sousa da Silveira Magalhães, nasceu a 30-9-1759 e morreu a 12-6-1801. Casou a 8-4-1793 com Sebastião José de Quevedo de Sousa Pizarro, nascido a 11-5-1762 e falecido a 28-2-1828, fidalgo cavaleiro (alvará de 24-7-1877), cavaleiro professo da Ordem de Cristo, capitão de cavalaria, juiz da alfândega de Aveiro, filho de José de Sousa Cardoso Plzarro, fidalgo cavaleiro (alvará de 14-5-1777), cavaleiro professo da Ordem de Cristo, capitão do regimento de cavalaria de Chaves, nascido em 1730 e falecido a 1-1-1780, tendo casado, em 1758, com D. Henriqueta Juliana Gabriela de Quevedo Eça, filha de Manuel Corrêa de Quevedo, porteiro da câmara da rainha D. Maria Ana Vitória, e de sua mulher D. Francisca Xavier de Andrade Eça, dona da câmara da mesma rainha (vide Bóbeda na Resenha das Famílias Titulares, de BAÊNA, voI. I).

Filhos:

− D. Maria Benedita, segue.

− João, nasceu a 5-8-1799 e morreu a 24-0-1828 no combate da Cruz dos Morouços, sendo capitão de caçadores n.º 1, cavaleiro da Ordem militar de S. Bento de Avis, sem geração.


XI − D. Maria Benedita de Sousa Quevedo Pizarro, nasceu a 21-10-1794 e morreu em Aveiro a 13-5-1861, primeira baronesa e primeira viscondessa de Almeidinha pelo seu casamento, a 30-4-1821, com José Osório do Amaral Sarmento de Vasconcelos, 1.º barão de Almeidinha, senhor do morgado do Espírito-Santo (casa de Almeidinha), coronel de cavalaria que morreu a 21-1-1844, tendo nascido a 25-7-1786.

Filho único:

João Carlos, segue.  / 24 /

XII − João Carlos do Amaral Osório de Sousa Pizarro, 1.º visconde e 2.º barão do mesmo título, par do reino, grã-cruz de Isabel a Católica de Espanha, senhor do vínculo do Espírito Santo de Almeidinha e de outros vínculos. Nasceu a 13-3-1822 e casou a 25-2-1838 com D. Maria Henriqueta de Sousa Botelho Pizarro, sua prima, que nasceu a 23-7-1816, filha de Baltasar de Sousa Botelho e Vasconcelos, fidalgo-cavaleiro, etc., etc.

A genealogia da casa da Almeidinha é bastante conhecida: veja-se, por exemplo, este título na Resenha do Visconde de SANCHES DE BAÊNA, no volume 1.º

XIII − Eusébio Ribeiro da Silveira Barreto, filho de Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta (IV) e de sua mulher Maria Silveira Cardoso Bacelar, foi baptizado a 30-3-1658 e morreu a 28-9-1708. Foi cavaleiro-professo da Ordem de Cristo e casou com D. Luísa Maria Nogueira de Pinho, natural de Fermelã, filha de António Nogueira, também de Fermelã, e de sua mulher Antónia de Pinho, de S. Martinho de Salreu.

Filhos:

− D. Hipólito de Santa Teresa, baptizado a 27-8-1696. Frade crúzio.

Eusébio Ribeiro da Silveira e Nogueira, segue.

− António da Silveira Ribeiro, que casou com sua sobrinha D. Joana Engrácia Mafalda de Barros da Silveira Bacelar, filha de Fradique de Barros de Figueiredo Cardoso, capitão-mor 'de Pena Verde, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Joana Engrácia da Silveira Bacelar (XV), e morreu viúvo e sem geração deixando grande parte dos seus bens a sua sobrinha D. Josefa Ribeiro da Silveira, filha de seu irmão Eusébio.

− O Padre Lúcio Ribeiro da Silveira, clérigo, que se deixou vencer pelo 3.º pecado mortal do que resultou um filho bastardo, Manuel Ribeiro da Silveira, que casou em Fermelã, de onde era natural, e deixou geração.

− Aleixo Ribeiro da Silveira, que casou com D. Maria Luísa Pereira Romano, filha de Martim Pereira Romano e de sua mulher D. Antónia Luísa Barreto Feio, sem geração. Morreu viúvo.

− João da Silveira Ribeiro, passou ao Brasil, onde casou com uma viúva rica, e lá o mataram. Sem geração.

− D. Arcângela Sofia da Silveira e D. Luísa, que morreram freiras no convento de Celas.

XIV − Eusébio Ribeiro da Silveira Nogueira, casou em Ílhavo com D. Joana de Sá, filha de Remígio Ferreira, / 25 / escrivão dos órfãos de Ílhavo, e de sua, mulher Rosa de Sá.

Filhos:

− Tomé Sérgio Ribeiro da Silveira, formado pela Universidade de Coimbra. Morreu ainda moço, sem geração.

− D. N ... que morreu donzela, «julgo que de uma queixa».

− D. Josefa Ribeiro da Silveira Nogueira, que ficou herdeira da casa de seu pai e da do seu tio António da Silveira Ribeiro. Casou com seu primo segundo Manuel de Sousa Ribeiro da Silveira Magalhães (IX), filho de seu tio João de Sousa Ribeiro da Silveira e de sua mulher D. Brites Joana da Silveira Magalhães. Morreu a 19-10-1808, sem geração.
 

XV − Clara Ribeiro da Silveira Bacelar, filha de Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Maria da Silveira Cardoso Bacelar (IV), foi baptizada a 17-8-1650.

Casou com Tomé Ribeiro Leitão, filho de Manuel Ribeiro Leitão Torres e de sua mulher Maria Migueis; neto paterno de Pedro de Oliveira, de Oliveira do Bairro, e de sua mulher Ângela Leitão, de Avelans do Caminho. Manuel Ribeiro Leitão era capitão de infantaria e morava em Aveiro, freguesia de N.ª S.ª da Apresentação, e foi familiar do Santo Ofício. Maria Migueis era filha de João de Torres e de Maria Migueis, naturais de Aveiro; neta paterna de Pedro Afonso e de Catarina Vaz, de Torres Novas, freguesia de S. Pedro, e neta materna de Domingos Rodrigues e Filipa Migueis, de Aveiro. Ângela Leitão era irmã de António Leitão casado com Maria Pinto, dos Pintos de Águeda, meus oitavos avós, ambos (a Ângela e o António) filhos de António Leitão e Catarina Martins, ambos de Avelans do Caminho(2). O dito Manuel Ribeiro Leitão era irmão de Maria Ribeiro Leitão que casou em Aveiro com Pantaleão Afonso Alfena e foram pais do capitão Francisco Leitão Alfena e de Pantaleão Afonso Alfena, licenciado, reitor de Fermelã e comissário do Santo Ofício. O capitão Alfena casou com Ana Ribeiro da Silveira e Oliveira (filha de Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto e de sua mulher Maria da Silveira Cardoso / 26 / (IV) e foi seu filho Francisco Leitão da Silveira Alfena, baptizado em Novembro de 1685 e falecido em 29-8-1751, sem geração, ficando herdeiro o seu sobrinho Luís Manuel de Sousa Ribeiro Leitão.

Filhos:

− Arcângela Maria da Silveira, baptizada a 24-6-1681 e que foi prioresa do convento de Jesus em Aveiro de 1741 a 1747.

− D. Maria Jerónima da Silveira Bacelar, baptizada a 30-8-1682, que casou com o seu parente Jerónimo de Magalhães Coutinho Cardoso da Mota, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e capitão-mor de Ferreira de Aves, com geração.

− D. Joana Engrácia da Silveira Bacelar, baptizada a 29-10-1684, que casou com o seu parente Fradique de Barros Cardoso de Figueiredo, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e capitão-mor de Pena Verde, com geração.

− Josefa Inácia da Silveira, baptizada a 14-11-1691. Freira no convento de Sá, em Aveiro.

XVI − Ana Ribeiro da Silveira, filha de Manuel Ribeiro de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Maria da Silveira Cardoso Bacelar (IV), foi baptizada a 14-6-1659 e casou, como digo no § anterior, com o capitão Francisco Leitão Alfema, de Aveiro, filho de Pantaleão Afonso Alfena, natural de Matosinhos (Leça), e de sua mulher Maria Ribeiro Leitão. O dito Pantaleão foi filho de António Afonso Alfena e de sua mulher Catarina Pires de Matos, ambos moradores em Leça. O resto ficou atrás esboçado:

Filho:

− Francisco Leitão da Silveira Alfena, baptizado em Novembro de 1685 morrendo a 29-8-1751, sem geração. Deixou vinculados todos os seus bens da Bairrada com encargos de missas a seu segundo sobrinho Luís Manuel de Sousa Brandão Ribeiro da Silveira (VII), a quem também deixou todos os seus bens que possuía tanto em Aveiro como nas vizinhanças, livres e sem encargo algum, como consta do seu testamento.


XVII − Pedro Ribeiro de Oliveira Barreto, filho de Mateus Fernandes de Oliveira Barreto Geta e de sua mulher Ana Ribeiro (III), foi baptizado em S. Miguel a 21-12-1623 e faleceu a 3-1-1702. Foi familiar do Santo Ofício por carta de 18-1-1677 e serviu de juiz da Alfândega de Aveiro. Casou a 6-6-1661 com D. Luísa da Gama de Andrade e Abreu, que
/ 27 / morreu, de 75 anos a 8-7-1716 e jaz no convento do Carmo, em Aveiro, filha de António da Maia de Araújo e de sua mulher D. Maria de Andrade da Gama Rangel, de Leiria, e cuja ascendência menciono em esquema, para aligeirar:

Filhos:

− Luís da Maia Ribeiro da Gama, baptizado a 6-12-1662, arcipreste da colegiada de Guimarães; morreu em Aveiro a 29-1-1731 e sepultou-se por depósito na igreja de S. Miguel em sepultura própria, enquanto se não decidia o pleito que seu sobrinho Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros trazia com os padres do Carmo para trasladarem os seus ossos, à custa dos mesmos padres, para uma das duas capelas que estão no dito convento, as quais ambas lhe pertenceram, como descendentes dos Maias, o qual pleito se resolveu a favor do dito seu sobrinho.

Carlos Ribeiro da Maia da Gama, segue.

− D. Josefa da Gama, baptizada a 19-3-1666, a qual foi prioresa em Jesus, de Aveiro.

− D. Inês da Gama, baptizada a 24-4-1667, morreu donzela.

− António da Gama de Andrade, baptizado a 26-2-1669, morreu estudante e ainda novo.

− João da Maia da Gama, baptizado a 19-12-1671, «que foi militar e serviu com grande aceitação, honra e desinteresse nas ocupações de governador de Paraíba, que governou por nove anos, e na de governador e capitão-general do Maranhão, que ocupou oito anos, e foi do conselho de D. João V por mercê de 6-3-1722. / 28 / Morreu solteiro e quando esperava maiores empregos, a 11-11-1731». Sepultou-se em Lisboa, na igreja dos Paulistas, abaixo do altar de St.ª Ana; fez testamento em que mandou se lhe fizesse um mausoléu na Capela de N.ª S.ª do Rosário da igreja do convento de S. Domingos de Aveiro, para onde queria se trasladassem os seus ossos, o que não teve efeito. Morreu sem deixar geração.

− D. Margarida da Gama, baptizada a 3-6-1673; foi freira em Jesus de Aveiro.

− Fr. Miguel da Gama, baptizado a 10-10-1674, freire da Ordem de Cristo.

− D Ana de S. Joaquim, baptizada a 4-2-1676, freira em Jesus de Aveiro.

− D. Matias da Glória, baptizado a 9-3-1677, cónego de Santa Cruz de Coimbra. Morreu em Paraíba.

− Fr. Félix da Gama, baptizado a 30-5-1678, freire da Ordem de Cristo e vinte anos previdente geral do real convento de Tomar.

− Fr. Francisco da Gama; frade domínico. Morreu na Índia.

− D. Maria. Morreu menina.

D. Benta Micaela da Gama, baptizada a 28-3-1682. Casou em Torre de Moncorvo com Matias de Vasconcelos Cabral e deste não tenho agora outras notícias.

Filhos:

− Bento Luís da Gama de Vasconcelos, que passou a Paraíba onde casou em 1746 com uma filha de Francisco Pinto Corrêa, senhor de engenhos.

− D. N ... freira no Couto.


XVIII − Carlos Ribeiro da Maia da Gama, baptizado em 26-2-1664, em S. Miguel de Aveiro. Morreu a 17-3-1722 e jaz na sua capela de Santo Cristo do convento do Carmo, jazigo da sua casa. Foi familiar do Santo Ofício por carta de 13-7-1696, capitão de infantaria da ordenança e juiz proprietário da Alfândega de Aveiro.

Casou a 27-12-1690 com D. Catarina Corrêa Rangel .de Quadros, que morreu, já viúva, a 24-5-1744, filha de António Rangel de Quadros e Veiga e de sua mulher D. Ana da Veiga Cardoso. D. Catarina, depois de viúva de Carlos Ribeiro, tornou a casar com Diogo de Oliveira Rangel Perestrelo, e era novamente viúva quando morreu.

António Rangel de Quadros e Veiga era filho de Miguel Correia de Quadros e Veiga e de sua mulher D. Luísa de Almeida Costa; neto paterno de António Rangel e de D. Maria Correia da Veiga e Quadros, e neto materno de Manuel Jorge da Costa, cavaleiro da Ordem de Santiago e de D. Jerónima / 29 / da Costa e Almeida, que tinha ligação, pelos seus ascendentes, com os Almeidas meus antepassados.

D. Ana da Veiga Cardoso de Albergaria era filha do Dr. Manuel Saraiva Cardoso de Albergaria e de D. Antónia da Veiga Cardoso de Albergaria de Carvalho; neta paterna do Dr. Sebastião de Oliveira e Costa e de sua mulher D. Jerónima Soeiro Cardoso. Esta D. Jerónima foi baptizada em Aveiro a 3-11-1564 (nota do copista: tenho dúvida se é 1564 ou 1569) e era filha de Maria Cardoso de Albergaria e do seu segundo marido Pedro Gonçalves, juiz dos órfãos em Aveiro, e Maria Cardoso de Albergaria foi filha de Antónia Cardoso de Albergaria e de Gaspar Dias Cardoso de Carvalho e neta materna de Mecia Nunes de Albergaria e de Fernão Pires Cardoso, dos Cardosos e Soeiros de Albergaria de quem eu também descendo e de quem trato no volume III do meu genealógio Mouras Coutinhos, de Esgueira.

Filhos:

− Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros, baptizado em Aveiro a 20-12-1691 por seu tio Fr. Feliciano de Abreu, D. Prior geral do convento de Tomar, e falecido em 1762. Foi cavaleiro professo da Ordem de Cristo por provisão de 25-11- 1707; familiar do Santo Ofício por carta de 23-2-1717; fidalgo da Casa Real por carta de 30-4-1733; capitão-mor e governador da barra de Aveiro por patente de 2-12-1719; juiz da Alfândega da mesma cidade por carta de propriedade de 17-1-1723; superintendente das caudelarias da repartição da mesma cidade por carta de 5-1-1736; e por fim, sendo consultado, em 20-4- 1808 (?) para uma alcaidaria-mor e uma comenda da Ordem de Cristo pelos serviços de seu tio João da Maia da Gama, lhe foi feita a mercê por D. João V por consulta de 20-3-1722 e por outra de 16-9-1732, o que não teve efeito. O que mais admira é que com todas estas ocupações e uma boa casa herdada, foi tal o seu desinteresse ou desmazelo que veio a morrer pobre, de forma que os móveis da casa lhe foram vendidos em almoeda(3), não só para pagamento de dívidas, mas também para sufrágios da alma, funeral e enterro! Foi enterrado na igreja do Carmo em uma das duas capelas que são da família dos Maias, e lhe pertenciam por sua avó D. Luísa da Gama de Andrade. Não casou, mas teve duas filhas bastardas, que foram D. Luísa da Gama Rangel de Quadros, que / 30 / morreu sem geração, e D. Antónia Luísa da Gama Rangel de Quadros, que foi secular no convento de Celas em Coimbra e que ainda vivia em 1797. Este Luís da Gama foi o autor de alguns volumes de genealogias que especialmente interessam à região aveirense, de muito valor e interesse, continuados por José de Vasconcelos Barreto Ferraz, aos quais muito me tenho arrimado para coligir estas nótulas. Estes códices pertencem hoje ao Senhor José Gomes da Silva e Matos, de Braga, que possui uma rica livraria.

− D. Luísa Jerónima da Gama Quadros da Veiga, baptizada a 25-2-1693, que casou com o seu parente João Pedro da Costa e Távora, filho de Manuel Jorge da Costa e Almeida e de sua mulher D. Joana de Távora de Azevedo Monteiro. Morreu viúva e sem geração.


XIX − Manuel de Oliveira Barreto Geta, filho segundo de Jorge Fernandes Geta e de sua mulher Isabel de Oliveira Barreto (II), foi baptizado em S. Miguel de Aveiro a 31-5-1586. Casou a 6-10-1619 com Maria Vieira da Costa, irmã de Cecília Vieira da Costa, e ambas filhas de Manuel Vieira da Costa e de sua mulher Leonor da Costa; netas paternas de Pedro Vieira e de sua mulher Maria da Costa.

Filhos:

Manuel de Oliveira Barreto Geta, segue

− Luís de Oliveira Barreto Geta, baptizado a 24-8-1621; casou com D. Antónia Pacheco de Sousa, Irmã do reitor das Abitureiras, e filhos, ambos, de António Pacheco de Sousa e de sua mulher Madalena Gomes. Foram seus filhos: Manuel de Oliveira Barreto Geta, que foi capitão em África e morreu sem geração, e Francisco Pacheco de Sousa que também morreu sem geração. Foram também suas filhas mais cinco senhoras que morreram sem geração. Enfim, um cemitério completo... sem geração.


XX − Manuel de Oliveira Barreto Geta, baptizado a 19-8-1620, foi capitão-mor dos coutos de Mogofores, fidalgo de cota de armas por carta de brasão passada a 26-3-1639 (escudo quartelado, Barretos, Oliveiras, Vieiras e Costas). Casou a 24-10-1639 com Maria Pinto Leitão, senhora do prazo de Mogofores por nomeação que dele lhe fez seu pai, a qual era filha de António Leitão, senhor do dito prazo, pertencente à mitra de Coimbra, e de sua mulher Maria Pinto, de Águeda. Este António Leitão (que era de Avelans do Caminho − Sangalhos) e Maria Pinto foram meus oitavos avós, como tudo vem exposto e descrito no meu livro manuscrito sobre os Pintos.
/ 31 /

Filho único:

Vicente de Oliveira Barreto Geta, segue.


XXI − Vicente de Oliveira Barreto Geta, filho único, herdeiro da casa e senhor do prazo de Mogofores. Casou em Aveiro a 31-5-1662 com D. Isabel Corim, filha de João Corim − que morreu a 19-1-1672, em Aveiro, fez testamento e jaz em S. Domingos − e de sua mulher Maria da Cruz; neta paterna de Geraldo Corim, flamengo, e de sua mulher Isabel Fernandes. O dito Geraldo Corim era filho de Corim Cabeça, também flamengo.

D. Vicência Maria, segue.


XXII − D. Vicência Maria de Oliveira Barreto, herdeira, senhora do prazo de Mogofores. Casou no Porto com Miguel Pereira de Melo e Mota, fidalgo da Casa Real (CANAES, a pág. 146 dos seus Costados, chama-lhe Manuel Pereira de Melo Coelho), filho de Miguel Pereira de Melo, ou Miguel Coelho Pereira de Melo, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Luísa Pereira de Barros. Entre outros filhos tiveram um chamado Manuel e

Luís de Melo Pereira Coelho, que segue.

XXIII − Luís de Melo Pereira Coelho, fidalgo da Casa Real, senhor do prazo de Mogofores. De Francisca Rodrigues (filha de Pedro Francisco e de Antónia Rodrigues) teve bastarda, que legitimou:

D. Úrsula Inês, que segue.


XXIV − D. Úrsula Inês de Melo Pereira, que herdou o prazo de Mogofores e casou com o seu parente Bento Luís de Melo Correia da Silva, alcaide-mor dos coutos de Alcobaça, cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo-cavaleiro (aIvará de 25-4-1716), natural da vila de Pombal, filho de Luís de Melo e Silva, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Margarida Teresa Correia Guedes Carneiro (filha de Bento Correia Barroso, cavaleiro da Ordem de Cristo e ouvidor em Braga, e de sua mulher D. Luísa Correia Ravasco) e neto paterno de Lázaro de Melo e Silva, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Maria de Azevedo Feio.

FIlho:

José de Melo, segue.    / 32 /


XXV − José de Melo Pereira Coelho Correia, senhor do prazo de Mogofores, alcaide-mor dos coutos de Alcobaça, fidalgo da Casa Real, residente no Porto, na rua Chã, em casa apalaçada com brasão de armas. Casou com D. Josefa Engrácia de Noronha Manuel de Vilhena, filha dos 12.os senhores de Felgueiras e Vieira e 14.os de Fermedo, Gonçalo Peixoto Coelho Pinto Pereira da Silva e de sua mulher D. Ana Maria Benedita Pereira Pinto de Vilhena, herdeira dos morgados de Calvilhe, Cedros e Penedono.

José de Melo nasceu a 21-5-1756 e faleceu a 28-3-1833, tendo casado a 15-8-1794; e a sua mulher foi baptizada a 9-2-1766 e morreu a 29-3-1849.

Filhos:

− José de Melo Peixoto Coelho, sucessor, 1.º visconde de Mogofores (graça de D. Miguel l). moço fidalgo da Casa Real, coronel dos Voluntários Realistas do Porto (patente de 17-11-1828). Nasceu a 9-11-1781 e faleceu, solteiro, a 21-4-1853.

− Luís de Melo, morreu menino.

− D. Maria, idem.

− Bento Luís, idem.

− D. Maria Iluminata, nasceu a 20-10-1788 e morreu solteira a 6-1-1840.

− Luís, morreu menino.

− D. Ana Benedita, nasceu a 2-4-1793 e faleceu a 28-5-1862, solteira.

− Gonçalo de Melo Peixoto, cadete, nasceu a 21-11-1795 e morreu a 9-1-1818.

− D. Maria Ana, nasceu a 21-7-1802 e morreu a 17-2-1814.

− D. Joana, nasceu a 18-10-1804 e faleceu a 7-2-1814.

Francisco, segue.


XXIV − Francisco de Melo Peixoto Coelho, herdeiro de seu irmão José, capitão de caçadores, ajudante de campo do comandante da 4.ª divisão militar, governador de Abrantes
(decreto de 1-12-1833), nasceu a 17-9-1808 e faleceu a 2-11-1887. Casou, em 1858, com D. Sofia Augusta de Meireles Leite Pereira − nascIda a 4-8-1842 e falecida a 9-8-1921 −, filha de Francisco de Meireles Leite Pereira, senhor da casa da Ramada, em Cabeceiras de Basto, e de sua mulher D. Francisca Estrela Leite Pereira de Abreu e Sousa, senhora da casa do Arrabalde, no mesmo concelho.

Filhos:

− Francisco, morreu menino.

− Gonçalo de Melo Peixoto Coelho, nasceu a 2-11-1861 e morreu a 15-7-1881.

/ 33 / [Vol. Xl - N.º 41 - 1945]

− D. Sofia Iluminata de Melo Peixoto Coelho, nasceu a 9-10-1862 e casou a 20-4-1922 com seu primo e cunhado Artur Pinheiro de Aragão.

− Adriano, morreu menino.

− D. Maria Filomena de Melo Peixoto Coelho, nasceu a 15-2-1865 e faleceu a 22-4-1914, tendo casado a 27-11-1884 com seu primo Artur Pinheiro de Aragão.

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Artur Pinheiro de Aragão, filho de Bernardo Pinheiro de Aragão, senhor da casa do Campo em Lamego, e de sua segunda mulher D. Maria Antónia de Meireles Leite de Abreu e Sousa.

Os Pinheiros de Aragão descendem de Brás Cardoso Coutinho, senhor da casa de Almedina em Lamego, filho segundo de Diogo de Moura Coutinho; de Brás Cardoso Coutinho foi filha D. Guiomar de Moura Continho, senhora da Quinta da Torre em Alvelos (Douro), que casou com Jerónimo Rebelo Cardoso, senhor da quinta do Fontão, escrivão dos coutos em Lamego, e destes foi neta D. Maria de Meneses, que casou com Francisco de Sousa Pinheiro Aragão, senhor do morgado de Paçô de Sever e senhor, em Lamego, da casa do Campo, onde hoje está instalado o liceu daquela cidade. Destes descendem os Pinheiros de Aragão.

FRANCISCO DE MOURA COUTINHO

(Publicação póstuma)

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(1)(1) Vide o opúsculo Pachecos e Cardosos da região aveirense, segundo desta série, pág. 9.

(2) Vide o meu livro Subsídios genealógicos para o estudo da família Pinto, onde vem tudo explicado. (Se o espaço de que dispomos nos permitir, tencionamos, mais tarde, publicar a parte deste livro que se refere aos Pintos de Águeda. É um estudo muito pormenorizado). (N. do Arquivo do Distrito de Aveiro). 

(3) − Acerca da administração da casa de Luís da Gama veja-se no Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. 10.º, o artigo do Sr. P.e JOÃO VIEIRA RESENDE intitulado As marinhas de sal de Aveiro, que confirma e exemplifica documentalmente o que acima se diz. (Nota de ROCHA MADAHIL).

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