O ARQVIVO DO DISTRITO DE
AVEIRO dará sempre notícia das obras à sua Redacção enviadas quer por
autores quer por editores.
De harmonia com a prática
seguida pelas publicações suas congéneres, fará também algum comentário
crítico aos livros de que receba dois exemplares.
DR. RICARDO NOGUEIRA SOUTO
Angeja e a região do Baixo
Vouga − Aveiro. MCMXXXVII.
Interessante colectânea de
notas regionais, nas quais o autor mostra o seu muito interesse por
Angeja, sua terra natal. O volume tem 148 páginas, e nestas se trata
sumariamente da origem e história da antiga vila de Angeja, e das suas
principais famílias.
Certas reservas merecem
algumas afirmações sobre o passado geológico da região, marinhas de sal
nos campos de Alquerubim, origem e etimologia de Angeja, etc.
A obra abre por um prefácio
do Sr. Dr. AUGUSTO DE CASTRO, que tendo nascido na cidade do Porto,
passou a sua infância nas terras do Vouga, e delas nos dá algumas
impressões.
F.N.
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DR. ANTÓNIO FERREIRA PINTO
João Pedro Ribeiro,
professor e cónego doutoral é o título dum substancioso estudo que o
nosso ilustre colaborador, DR. ANTÓNI0 FERREIRA PINTO, venerando Reitor
do Seminário Episcopal do Porto e distinto investigador, recentemente
publicou a propósito do fundador dos estudos de Diplomática em Portugal.
Quem esta nota escreve vive
diariamente na admiração do trabalho indefesso de JOÃO PEDRO RIBEIRO, e
nesse convívio tem colhido os maiores ensinamentos; é que se contam por
muitos milhares, os diplomas do antigo cartório da Fazenda da
Universidade que o grande investigador pacientemente sumariou;
incorporações subsequentes têm trazido também ao Arquivo espécies
doutras proveniências, em que a letra inconfundível do nosso maior
diplomatista, registando no verso o sumário do seu conteúdo, documenta
igualmente a leitura atenta e o cuidadoso exame a que sujeitou-os papéis
de quase todos os cartórios portugueses.
É no Arquivo da Universidade
de Coimbra, talvez, onde melhor se pode apreciar o método de trabalho e
a extensão das investigações de JOÃO PEDRO RIBEIRO; um dia tentaremos
mostrá-Io − jubente Deo − e alguma coisa de inédito se
acrescentará então para mais prestigiar o patriarca dos arquivos
portugueses, o investigador que lia, colhia apontamentos, sumariava, mas
não desmanchava cartórios nem desmembrava arbitrariamente colecções como
fazia HERCULANO, que converteu os cartórios em armazéns de destroços
para retinir em Lisboa, comodamente, quanto a seus estudos podia
interessar. JOÃO PEDRO RIBEIRO era um arquivista e um paleógrafo;
HERCULANO, não.
Vem isto a propósito apenas
para justificar o grande interesse que todos
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os estudos sobre JOÃO PEDRO RIBEIRO nos merecem; conhecemos o grande
investigador pelas obras que legou ao Público estudioso, mas
conhecemo-lo ainda mais pelo muito, inédito, que do seu honrado labor se
conserva no arquivo em que servimos.
Lemos, portanto, com a mais
justificada curiosidade e grande proveito o trabalho bem ordenado do Sr.
Dr. FERREIRA PINTO, que não estuda unicamente a sua vida de professor e
cónego doutoral, mas faz um inteligente resumo biográfico do grande
mestre de quantos à investigação histórica se dedicam.
Na bibliografia Ribeiriana,
o interessante opúsculo avulta pelo escrúpulo da investigação e pela
curiosidade dos elementos biográficos que reúne, de indispensável
consulta a quem se queira documentar sobre JOÃO PEDRO RIBEIRO, mestre de
diplomatistas e arquivistas em Portugal.
R. M.
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Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira
Prossegue, com a
regularidade a que nos habituámos e que constitui um dos elementos do
sucesso desta publicação, a Grande Enciclopédia Portuguesa e
Brasileira.
Iniciou a letra B, contando
com esse fascículo um triunfo mais; através da colaboração literária e
da colaboração gráfica, descortina-se uma orientação segura e confiante
que certamente levará a termo a grandiosa obra que empreendeu, pois
constitui plena garantia, para o Público, da cuidadosa selecção que deve
presidir a publicações deste género.
A Grande Enciclopédia é já
hoje um repositório de informações não igualado entre nós, e será,
quando concluída, um instrumento de trabalho que nenhum estudioso
português poderá dispensar.
Recomendamos vivamente a sua
assinatura.
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Edições do Ministério da
Agricultura (folhetos)
O escaravelho americano.
Rizoctónia negra.
A traça da batata.
Pé negro e apodrecimento do tubérculo.
Os vírus infiltráveis.
Fenecimento fungóide da batateira.
DR. FAUSTO LANDEIRO − A botica do Antunes, 1937.
DR.ª MATILDE BENSAÚDE − O aguado das laranjeiras e limoeiros,
1937.
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Álbum Figueirense −
Figueira da Foz. N.os 11-12 do ano III, e 1-2 do ano
IV.
Boletim da Casa das Beiras − Lisboa. N.º 5, Ano III, série lI.
Boletim de Trabalhos Históricos − Arquivo Municipal de Guimarães
n.os 3 e 4. Vol. lI.
Clínica, Higiene e Hidrologia − Revista médica. Lisboa. N.º 1.
Ano IV.
Estudos − Revista de cultura e formação católica. Coimbra. N.º
162.
Labor − Revista de Ensino Liceal. Aveiro. N.º 90.
Portucale − Revista de cultura. Porto. N.º 61.
Revista de Guimarães − Guimarães. N.os 3 e 4.
Volume XLVIII.
A União − Revista de documentação, e órgão oficial do Centro
Católico Português. Lisboa. N.º 318.
Revista de Portugal, de literatura e crítica. N.º 2.
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